O TSH, cujo nome oficial é “hormônio estimulante da tireoide”, é uma substância cuja principal função é regular a produção dos hormônios tireoidianos que são produzidos pela glândula tireoide.
No senso comum, existe uma confusão conceitual de que o TSH (a origem da sigla vem do seu nome em inglês, “thyroid-stimulating hormone”) é um hormônio também produzido na tireoide. Na verdade, sua origem é na glândula pituitária, localizada na base do cérebro.
O TSH atua basicamente assim: quando os níveis de hormônios tireoidianos (T3 e T4) estão baixos no sangue, a glândula pituitária aumenta a produção de TSH para avisar e estimular a tireoide a produzir mais hormônios.
Por outro lado, quando os níveis de hormônios tireoidianos estão altos, a produção de TSH é reduzida, ajudando a manter o equilíbrio hormonal.
De forma indireta, o TSH mede a função da tireoide, já que sua concentração no sangue reflete a necessidade do corpo por hormônios tireoidianos.
“Quando esses hormônios [T3 e T4] atingem o nível adequado, eles vão lá na pituitária e suprimem a produção do TSH. E aí fica nesse ciclo que tem que ser muito preciso. O nosso corpo regula ele de uma maneira muito magistral. Se aumenta um pouquinho ou diminui um pouquinho, o negócio desanda”, explica Luís Antônio Soares Pires Filho, médico da família e comunidade da Alice.
TSH no exame de sangue
O exame de sangue que detecta o TSH é frequentemente usado como parte da avaliação inicial de distúrbios da tireoide, como hipotireoidismo (baixa função da tireoide e alta produção de TSH), hipertireoidismo (alta função da tireoide e baixo nível de TSH) ou até outros tipos de alterações, incluindo câncer na glândula.
Além disso, ele também serve para fazer o monitoramento em pacientes já diagnosticados para ajustar a medicação.
Quando os resultados do exame de TSH estão alterados, a leitura inicial do profissional de saúde é a de que existe uma disfunção na tireoide, pois é muito mais comum ter um problema na tireoide do que na pituitária, embora não seja impossível de acontecer.
Se o exame do TSH estiver fora da faixa considerada normal (geralmente, 0,5 a 4,5 µUI/mL, a depender do laboratório e se for uma pessoa gestante, idosa ou portadora de doenças subjacentes), é importante consultar um médico para avaliação adicional e diagnóstico adequado.
O profissional poderá solicitar outros exames de função tireoidiana, como a medição do T3 e do T4, além de avaliar os sintomas clínicos do paciente, para determinar a causa da alteração e iniciar o tratamento adequado, se necessário.
Como saber se há alteração na tireoide?
Além da dosagem dos hormônios TSH, T3 e T4, o diagnóstico de alterações no funcionamento da tireoide é feito juntamente com a avaliação de sintomas clínicos relatados ou observados na pessoa, como:
- Fadiga e fraqueza: sentir-se constantemente cansado, sem energia, mesmo após períodos de descanso adequado;
- Taquicardia ou agitação;
- Insônia;
- Ganho ou perda de peso inexplicável: mudanças significativas no peso corporal sem alterações na dieta ou no volume de atividade física;
- Sensibilidade ao frio;
- Intolerância ao calor;
- Alterações na pele e no cabelo: pele seca, áspera ou escamosa, unhas frágeis e quebradiças, perda de cabelo excessiva ou alterações na textura do cabelo;
- Alterações no humor: irritabilidade, ansiedade, depressão ou dificuldade de concentração;
- Distúrbios menstruais: alterações no ciclo, como menstruação irregular, menstruação abundante ou ausência de menstruação;
- Inchaço no pescoço: pode indicar um aumento da glândula tireoide.
Outros exames de função tireoidiana, como anticorpos tireoidianos, ultrassonografia da tireoide ou cintilografia tireoidiana, podem ser realizados para confirmar o diagnóstico e determinar a causa subjacente da disfunção.
Lembrando que a tireoide é essencial para o funcionamento das nossas mais vitais funções.
“A tireoide produz os hormônios mais importantes do nosso corpo, os dois maiores exemplos são o T4 e o T3. O T4 especificamente é extremamente importante, pois ele participa de praticamente tudo no nosso organismo, ativando funções neurológicas, endócrinas, musculares, cardíacas, renais, entre outras”, conclui Pires Filho.
Como tratar essas alterações?
O tratamento das alterações no funcionamento da tireoide depende do diagnóstico específico e da gravidade da condição. Mas, geralmente, para casos de:
- Hipotireoidismo: reposição hormonal com levotiroxina (T4 sintético), administrada diariamente por via oral. A dose é ajustada individualmente com base nos níveis de TSH e na resposta do paciente ao tratamento.
- Hipertireoidismo: pode incluir medicamentos antitireoidianos, como metimazol ou propiltiouracil, para suprimir a produção de hormônios tireoidianos.
Em ambos os casos, o tratamento deve ser acompanhado por um médico especialista para monitorar os níveis hormonais, ajustar a medicação conforme necessário e garantir uma resposta adequada ao tratamento.
Existe prevenção para o hipertireoidismo e o hipotireoidismo?
Não, ambas as condições surgem de forma idiopática, explica o médico da Alice. Ou seja, elas acometem os pacientes de forma quase espontânea e a partir de causas semiobscuras.
Fatores genéticos possuem influência no desenvolvimento do hipertireoidismo e do hipotireiodismo, porém não há evidências que indiquem medidas de prevenção.
“A gente não tem ainda um método ou algum tratamento, alguma forma de impedir que a pessoa desenvolva o hipo ou o hipertireoidismo. Hábitos saudáveis são ótimos e têm que ser mantidos sempre, mas, para a questão da tireoide em específico, se a pessoa vai ter hipotireoidismo, ela vai ter hipotireoidismo, não tem nada que a gente faça que possa impedir”, conclui Luís Filho.
Alice tem o plano de saúde certo para a sua empresa
A Alice é um plano de saúde com um Time de Saúde que está preparado para ajudar seus colaboradores a resolverem qualquer queixa de saúde, com atendimento feito por médicos e enfermeiros 24 horas por dia, 7 dias por semana.
Nossa cobertura é nacional, com uma rede credenciada de excelência, incluindo os melhores hospitais e laboratórios, e especialistas escolhidos a dedo.
E olha só que prático: todas as informações que os nossos membros precisam para cuidar da sua saúde estão no app: encaminhamento e agendamento de consultas e exames, receitas, resultados integrados, histórico… A nossa coordenação de cuidado amarra todas essas pontas para que a gente acompanhe a jornada de cada pessoa e possa oferecer o melhor cuidado, de forma eficiente e resolutiva.
O resultado são colaboradores mais saudáveis e que amam a experiência de ter Alice.
Tudo isso com uma experiência incrível para o RH, com contratação rápida, sem burocracia, e com controle de custo.
Bora oferecer mais saúde para a sua equipe?