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Testosterona baixa: quando fazer a reposição hormonal?

Reposição é indicada para casos específicos e a testosterona não deve ser usada como solução anti-aging.

Amanda Milléo
| Atualizado em
7 min. de leitura
Testosterona baixa: quando fazer a reposição hormonal?

Testosterona baixa: quando fazer a reposição hormonal?

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A partir dos 50 anos, é normal que algumas coisas na vida mudem {alô, crise de meia idade}. Uma delas é a produção hormonal, com destaque para a testosterona, hormônio responsável pelas características masculinas e pela saúde sexual. 

Sim, a testosterona dá uma caidinha conforme os anos vão passando, mas isso não significa que a reposição deste hormônio seja uma regra do envelhecimento – bem pelo contrário. De acordo com Sidney Glina, médico urologista da Alice e membro do Alice Medical Founding Team, cerca de 20% dos homens depois dessa idade vão precisar receber testosterona extra, enquanto 80% não. 

“Alguns homens depois dos 50 anos têm uma baixa na produção da testosterona, que pode desencadear sintomas [veja abaixo]. A reposição é indicada quando houver esses dois cenários: produção abaixo do limite da normalidade e sintomas. A idade, sozinha, não é uma indicação”, explica o médico.

Este caso citado por Glina é conhecido entre os profissionais da saúde como hipogonadismo de início tardio {ou hipogonadismo do idoso ou, ainda, testosterona baixa, em um termo mais popular}, e é um dos motivos mais comuns para a reposição hormonal – mas não o único. 

Pessoas jovens que sofreram um trauma nos dois testículos{órgão que produz o hormônio} ou que passaram pela caxumba ou que tenham doenças genéticas que afetem o trabalho dos dois testículos podem receber a indicação. “Toda vez que falta o hormônio, é preciso repor”, explica Glina.   

Quais são os sintomas da testosterona baixa?

Os sintomas mais comuns quando há uma redução na produção da testosterona são, de acordo com Henry Porta, médico geriatra e líder médico assistencial da Alice

“Mas esses são sintomas inespecíficos. Por isso que, antes de prescrever a reposição, é preciso fazer a dosagem do nível do hormônio, para confirmar se a pessoa precisa, ou não. Alguém com problemas de saúde mental, como depressão, por exemplo, pode ter os mesmos sintomas, mas o tratamento será outro”, lembra Glina. 

Valor de referência da testosterona baixa

Mas quando a testosterona está alta ou baixa? De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), quando o resultado da dosagem da testosterona total vier com valores acima de 350 ng/dL, o diagnóstico de um hipogonadismo de início tardio é improvável. 

Se vier abaixo deste valor, há dois cenários que devem ser investigados:

Testosterona entre 250 a 350 ng/dL {considerada limítrofe}: neste caso, os profissionais de saúde provavelmente vão solicitar outros exames, como o valor da testosterona livre, além da dosagem de SHBG {ou globulina ligadora de hormônios sexuais}, albumina {proteína}, LH {hormônio luteinizante} e FSH {hormônio folículo-estimulante, responsável pela produção dos espermatozoides}. Dependendo do resultado, pode ser testosterona baixa, ou não. 

Testosterona total menor que 250 ng/dL {ou testosterona baixa}: mesmo com esse resultado, é provável que outros exames sejam solicitados para confirmar o diagnóstico, como a dosagem de LH, FSH e da prolactina.  

“Mas a dosagem da testosterona não é um exame solicitado de rotina. Se a pessoa envelhece, tem redução do hormônio, mas não tem sintoma algum, não tem por que pedir”, reforça Porta. 

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Testosterona injetável, adesivo ou gel: qual escolher?

Tendo a indicação de reposição, há diferentes opções de administração do hormônio, desde injeções a versões em gel e até mesmo adesivo. No Brasil, porém, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou apenas duas modalidades: injeção e gel.

Segundo Glina, a injeção é intramuscular e há duas opções: a cada 15 dias ou a cada três meses. “A injeção que precisa ser aplicada a cada 15 dias tem a desvantagem que gera um pico muito alto de testosterona no início e, ao longo do tempo, vai caindo. Mas é uma opção mais barata em relação à injeção aplicada a cada três meses, que dura mais, mas é mais cara”, explica o urologista. 

Com relação ao gel, deve ser aplicado todos os dias e exige um cuidado a mais no contato com outras pessoas logo após passar, pois pode transferir o hormônio. “O gel leva alguns minutos para absorver, então a pessoa precisa cuidar para não abraçar ninguém ou esperar um instante antes de colocar a roupa”, lembra Porta. 

Vale destacar que uma vez indicada a reposição da testosterona, ela ocorrerá pelo resto da vida – mas não é preciso ficar refém de uma só forma de administração do hormônio. Quem quiser trocar o gel pela injeção, por exemplo, pode, segundo Glina. “Sempre pergunto: você quer passar o gel de manhã todos os dias? Há quem prefira a injeção”, diz. 

Contraindicação e riscos da reposição de testosterona

Pessoas diagnosticadas com câncer de próstata não têm indicação de reposição da testosterona, assim como quadros de insuficiência cardíaca ou quem tiver taxas de hemoglobina altas. 

“Se a pessoa estiver com a hemoglobina alta, a reposição da testosterona vai aumentar ainda mais, o que afeta a viscosidade do sangue e gera o risco de eventos trombóticos {formação de coágulos que podem prejudicar a passagem do sangue}”, explica Porta. 

Exercícios ajudam a aumentar a testosterona de forma natural?

Manter uma vida fisicamente ativa tem muitos benefícios para a saúde – e deve ser incentivada sempre. 

No caso da produção da testosterona, pessoas com um estilo de vida não muito saudável podem ter os níveis melhorados se optarem por hábitos mais saudáveis, segundo Porta. 

“Algumas condições estão relacionadas a níveis mais baixos de testosterona, como a obesidade, o sedentarismo e o prejuízo no sono. É comum que pessoas com níveis baixos de testosterona e com hábitos de vida não muito saudáveis apresentem melhora nos resultados depois de adotar uma vida mais saudável”, explica. 

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Cuidado com o discurso anti-aging na reposição hormonal

A gente explicou no início deste texto que a idade não significa, sozinha, a indicação de reposição hormonal.

Envelhecer é natural, faz parte da vida e não será a dose extra de testosterona que vai voltar os ponteiros do relógio {ou retardar a chegada do próximo aniversário}. Inclusive há riscos associados à reposição sem necessidade, como lembra Glina. 

“É preciso cuidado com a venda do hormônio como um tratamento anti-aging. Não é um hormônio que só tem benefícios, mas há malefícios, quando tomado sem indicação. A testosterona, por exemplo, gera um bloqueio na produção do espermatozoide e, se a pessoa estiver tentando engravidar, pode não conseguir”, explica. 

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