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O que são as cólicas e como aliviar?

Dores que aumentam e diminuem, as cólicas não são, na maioria das vezes, doenças, mas é preciso atenção aos sinais.

Amanda Milléo
| Atualizado em
9 min. de leitura
O que são as cólicas e como aliviar?

O que são as cólicas e como aliviar?

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Quem acha que só a menstruação gera cólicas nunca se contorceu pelos movimentos do intestino ou sentiu as pedras saindo do rim ou da vesícula biliar. Essas dores também são consideradas cólicas e, em geral, não significam nada de ruim {mas é preciso ficar atento aos sinais de alerta!}.

As cólicas só existem porque os músculos dos órgãos {normalmente aqueles ocos} contraem – seja por um motivo fisiológico, como no caso do intestino, ou por uma condição incomum, como as pedras nos rins. Isso gera uma dor que, em geral, é progressiva. 

“É uma dor que começa em uma intensidade baixa e cresce até o pico, depois tende a diminuir. A gente não consegue caracterizar como uma pontada, facada ou queimação. É uma dor em que a pessoa se contorce”, descreve Thiago Santos, médico de família e comunidade da Alice.

Tradicionalmente, a cólica acontece na região do abdome e os tipos mais comuns são: 

“O intestino é um órgão oco, e por dentro tem ar e conteúdo. Não é uma massa igual ao fígado, por exemplo. Na cólica renal, normalmente não é o rim que gera a dor, mas os ureteres que contraem para expelir as pedras, e o mesmo acontece na vesícula. Já o útero é um órgão com cavidade”, explica Santos.   

Sinais de alerta para as cólicas

Nem toda cólica significa que há uma doença. Para perceber quando é algo mais grave, alguns sinais dão o alerta, como: 

  • Dores fora do padrão: Se a cólica menstrual é sempre de um jeito e, em um determinado mês está diferente, vale acender o alerta. Outro caso é a cólica repetitiva, que acontece todo dia depois das refeições.
  • Sintomas associados: náusea, vômito, febre, mal estar e calafrio, por exemplo.

“Se é só uma dor abdominal, não precisa ficar preocupado. É melhor esperar e observar se surgem outros sintomas. Às vezes a pessoa come algo que faz com que o intestino precise de uma contração mais vigorosa para trabalhar, e isso pode gerar a cólica. Deve chamar a atenção se for uma dor de forte intensidade associada a febre, calafrio, náusea e vômito”, detalha Santos. 

Características de cada tipo de cólica

O que pode estar por trás da cólica {em casos que fogem do comum ou que carregam outros sintomas} varia conforme a localização e as características da dor. Segundo Santos, as duas que mais geram preocupação dos profissionais de saúde são a renal e a biliar. 

Confira os detalhes de cada uma: 

Como é a dor da cólica renal?

As culpadas pela cólica renal são as pedras que se formam nos rins {também chamadas de cálculos renais} pela alta concentração de cristais na urina. Quem não toma água suficiente ou se alimenta com muito sal pode desenvolvê-las. 

Quando essas pedras tentam sair dos rins em direção à bexiga, precisam passar pelos ureteres {que são aquelas estruturas finas em formato de tubo}. É lá que, entaladas, obrigam os ureteres a empurrá-las, o que gera a dor. 

Geralmente, o incômodo começa na região lateral da coluna e irradia a outras partes do corpo, segundo Santos. “É uma dor que começa devagar e rapidamente atinge forte intensidade. Nos homens, pode irradiar para a frente da barriga, até os testículos. Na mulher, até a região dos grandes lábios”, explica. 

Segundo o médico, em geral há outros sintomas associados, como náusea, vômito e febre. A pessoa pode apresentar também alterações na urina, com a presença de sangue. 

“Dizem que é uma das piores dores porque, além da contração do ureter para expulsar a pedra, ela não é lisa. Por onde ela passa, arranha. Imagine uma pedra arranhando uma estrutura tubular na barriga?”, descreve Santos.

À medida que a pedra “caminha”, o ureter segue contraindo, e a dor tende a mudar de lugar também {o que pode ajudar a identificar a posição da pedra!}. “Uma pedra mais alta gera uma dor na região do flanco (regiões laterais do meio da barriga). Conforme desce, dói na região mais baixa da barriga, até chegar nos grandes lábios ou testículos”, segundo o médico. 

Como é a dor da cólica da vesícula biliar?

A lógica da cólica biliar é a mesma da renal, mas as características da dor são diferentes. 

Antes, vale retomar as aulas de biologia: a vesícula biliar é um órgão semelhante a uma balão de festa infantil, que está localizado embaixo do fígado. A sua principal função é armazenar a bile, substância produzida pelo fígado e responsável por quebrar as moléculas de gordura, facilitando a digestão.  

“A bile é como um detergente. Toda vez que comemos algo gorduroso, a vesícula contrai e libera a bile para o intestino. Isso não gera a dor, mas o problema surge porque um dos componentes da bile é o colesterol e, em algumas pessoas, formam-se pedras”, afirma Santos. 

Essas pedras formadas pelo acúmulo do colesterol não têm por onde sair a não ser pelo canal que liga a vesícula ao intestino e ali empacam. “A vesícula continua fazendo força para expulsar a bile, mas as pedras impedem. É essa contração que gera a cólica”, explica o médico. 

Os profissionais de saúde suspeitam de pedra na vesícula quando a pessoa sente cólica sempre depois de comer alimentos gordurosos. “É uma dor sustentada e não é algo que vai embora logo. Ela fica por mais de 20 minutos e é bem localizada na região embaixo das costelas, do lado direito”, diz Santos.

A sensação, segundo o médico, é de que a cólica “aperta” ou “amarra” a região e pode vir acompanhada de vômito e náusea.

Apendicite versus cólica

Falar em dor na região abdominal pode gerar o alerta de quem já teve apendicite – mas uma coisa não tem nada a ver com a outra, segundo Mariana Marconsin, enfermeira de saúde da família e da Health Excellence da Alice

“A pessoa pode até confundir, mas o profissional de saúde não. A apendicite é uma inflamação do apêndice e gera uma dor parecida com a cólica, mas é bem localizada”, explica a enfermeira. 

Segundo Marconsin, há um teste manual que os profissionais de saúde fazem para tirar a dúvida e, conforme a resposta da pessoa, não há como se enganar. “Se apertamos a barriga, no lado direito, e a pessoa só sente a dor quando soltamos a mão, é apendicite”, afirma. 

E a cólica dos recém-nascidos?

Segundo Santos, a campeã das cólicas que mais causa dúvida e temor é a dos bebês. Mas, na grande maioria das vezes, não há com o que se preocupar {fácil falar depois que os pais passam semanas ou até meses acordados e agoniados com o choro, né?}.

Segundo o médico de família, o trato gastrointestinal dos recém-nascidos não sabe, ainda, que precisa contrair de uma maneira sincronizada, e daí surgem as cólicas. 

“O intestino contrai de um lado enquanto o outro relaxa e, assim, joga o material para frente. Na criança, não tem essa lógica ainda. Mas não é um sinal de alarme na maioria das vezes e há manobras que podem ser feitas no dia a dia”, explica. 

Das manobras, Santos sugere uma massagem na barriga do bebê, no sentido anti-horário, juntamente com o movimento de bicicletinha das pernas. “Isso ajuda a soltar algum pum que está ‘agarrado’ e diminui a cólica.”

Como aliviar a cólica?

As medidas que ajudam vão depender do tipo de cólica. Menstrual? Compressas de água quente e manter um estilo de vida saudável são os melhores aliados {temos um conteúdo completo sobre a cólica menstrual aqui}. Intestinal? Que tal uma caminhada depois das refeições e, melhor ainda, manter uma alimentação balanceada, com muita hidratação, para evitar gases? 

“As caminhadas são um recurso importante para regrar o funcionamento do abdome como um todo. É como se ajudasse a regular a peristalse {movimento do intestino}”, explica Marconsin. 

No caso da cólica intestinal, a enfermeira sugere também algumas manobras. “Para algumas pessoas, deitar e abraçar as pernas pode ajudar bastante na remoção dos gases. Outra massagem que alivia é passar a mão por cima do umbigo, do lado direito para o esquerdo, que é o movimento do intestino”, afirma.

Quem preferir usar medicamentos pode consultar os profissionais de saúde. De forma geral, são indicados analgésicos e, em alguns casos, remédios antiespasmódicos, que diminuem a contração do intestino e a percepção de dor. 

Mas se a pessoa apresentar qualquer sinal de alerta não é indicado o uso de nenhum remédio, segundo explica o médico de família e comunidade Thiago Santos. “Precisamos ver, nesses casos, o que está por trás da cólica, e o remédio pode atrapalhar essa investigação”, destaca.

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