Para quem procura por um esporte aquático radical, que mistura características do surf com a possibilidade de “voar”, que tal considerar o kitesurf?
Com as mãos segurando uma barra de controle {que, por meio de linhas, se conecta ao kite ou a asa inflável}, e os pés cuidando dos movimentos da prancha, o kitesurfista segue a energia do vento sobre as águas.
É esse elemento da natureza que empurra o kite, gerando uma força de tração que faz a prancha deslizar pela água – e, às vezes, bem acima dela {para quem não tem medo de altura}.
Ao fazer movimentos verticais, o praticante consegue “voar” até 15 metros acima da água para as manobras no ar, de acordo com dados de um estudo sobre o esporte.
Como tudo que sobe também desce, a volta à água pode ocorrer até 30 metros distante do ponto de partida {uau}.
Kitesurf: como praticar o esporte?
Quem deseja começar o esporte precisa exercitar pernas, abdome e costas – áreas do corpo que são bem exigidas na prática. Das habilidades, vale reforçar o equilíbrio e a força, para conseguir segurar e controlar o equipamento de forma adequada.
Os aparelhos necessários para o kitesurf são:
- Kite: espécie de asa inflável, feita de material sintético e resistente, que se conecta, por meio de linhas, a uma barra de controle – que o praticante segura com as mãos. O kite também pode estar conectado ao praticante por meio de um cinto.
- Barra de controle e linhas: vão garantir a conexão, controle e manobras do kite pelo praticante.
- Trapézio: tipo de cinto, posicionado entre o quadril e a região lombar, que liga a pessoa ao kite.
- Prancha: o tamanho ideal vai depender do tamanho e nível de habilidade do praticante.
- Colete salva-vidas.
Como o praticante fica muito exposto ao sol, é sempre importante reforçar a proteção solar, ok? De acordo com Gabriel Forte, preparador físico da Alice, os principais cuidados com o vestuário são:
- Priorizar roupas leves e confortáveis, que permitam fazer manobras sem impedimentos;
- Peças de neoprene são recomendadas em locais de águas mais frias {apesar de o kitesurfista passar mais tempo fora do que dentro da água};
- Roupas com proteção UV e de secagem rápida.
“O praticante da modalidade deve sempre primar pelo cuidado e pela segurança do esporte. Praticar o autorresgate, que é o acionamento do sistema que ejeta o chicken loop (prendedor que conecta o praticante ao kite) com certa regularidade é um procedimento de segurança de extrema importância para, em uma eventualidade, a pessoa conseguir pousar sem pressão sobre a água”, alerta Forte.
Kitesurf: pré-requisitos
Não existe uma idade mínima para a prática do kitesurf, segundo Forte, mas há alguns pré-requisitos para quem tem o desejo de começar esse esporte.
“Antes de iniciar, é fundamental participar de aulas fora da água que visem a segurança da modalidade. Saber nadar e conseguir se equilibrar em uma base instável são condições que promovem mais segurança ao praticante”, explica.
Outros cuidados essenciais são:
- Manter uma boa alimentação e hidratação para o rendimento esportivo;
- Não ingerir bebidas alcoólicas ou drogas antes de entrar na água;
- Cuidado redobrado com banhistas, caso treine no mar {o ideal é ficar cerca de 100 metros da linha onde as ondas arrebentam — chamada de arrebentação};
- Atenção às condições climáticas e à velocidade do vento, principalmente se há nuvens carregadas;
- Nunca executar pousos e decolagens próximo a postes, fios de eletricidade, árvores ou embarcações.
Prancha de kitesurf: como escolher?
Para quem está começando no esporte, em geral são indicadas pranchas maiores e mais estáveis. Se a pessoa já tiver um pouco mais de prática, o tamanho dos aparelhos diminui, o que favorece o ganho de velocidade {afinal, é um esporte radical}.
Entre as pessoas mais avançadas no esporte, além do tamanho menor, as pranchas também são mais específicas às diferentes categorias e competições.
Modalidades do kitesurf
As principais, de acordo com informações da Associação Internacional de Kiteboarding {IKA, na sigla em inglês}, são:
Course Racing
Os praticantes completam, o mais rápido possível, trajetos pré-definidos. Ganha quem chegar primeiro. Este tipo de competição exige velocidade e tática.
Expression/Freestyle
Para quem gosta de “voar” no kitesurf, essa é a modalidade certa. Manobras, pulos e giros no ar são incentivados nesta competição.Ganha quem fizer os movimentos mais difíceis. Na versão “park”, obstáculos podem ser incluídos na prova.
Expression/Wave
Essa modalidade combina o kitesurf com o surf tradicional, já que exige que o praticante surfe as ondas com a ajuda do kite.
Slalom
O foco dessa modalidade é a velocidade e o controle dos equipamentos. Em geral, é uma modalidade usada para quem está começando a competir no esporte.
Speed
Speed, em português, significa velocidade. Ou seja, ganha quem chegar primeiro.
Onde praticar o kitesurf?
Assim como o Stand up Paddle {ou SUP}, o kitesurf pode ser praticado em todos os ambientes aquáticos, desde que tenha uma quantidade imensa de água, a presença do vento e não haja nenhuma obstrução no caminho, como morros ou fios elétricos. Os lugares mais comuns são lagoas, rios e o mar.
No Brasil, o estado do Ceará é um refúgio dos praticantes por causa de seus ventos fortes (especialmente entre agosto e novembro) e da estrutura já montada para o esporte – muitos hotéis já têm armários para os hóspedes guardarem seus equipamentos, por exemplo.
Em 2022, durante o evento Winds for Future, festival de inovação e sustentabilidade realizado na praia do Cumbuco, na Grande Fortaleza, cerca de 884 kitesurfistas coloriram o mar com suas pranchas e kites.
A reunião dos praticantes {chamada de kiteparade} fez com que o evento entrasse para o Guinness, o livro dos recordes, pela segunda vez consecutiva – eles já tinham quebrado o recorde de kitesurfistas no evento anterior, em 2019.
Outro estado no Nordeste que tem atraído mais e mais kitesurfistas é o Piauí. No Sul, Santa Catarina oferece não só praias para a prática, como também a Lagoa da Conceição, que fica em Florianópolis.
Em São Paulo, Ilhabela, no litoral norte, é uma alternativa mais próxima para quem mora na capital paulista.
Com o aumento na oferta de vagas de trabalho remoto desde a pandemia, os adeptos do esporte buscam essas cidades para passar temporadas e conciliar o kitesurfing com o home office. Inclusive, manter uma rotina de exercícios físicos ajuda no bem-estar no trabalho também, sabia?
Kitesurfing e os benefícios para a saúde
O contato direto com a natureza já seria um bom motivo para começar a praticar o kitesurf, mas há outros benefícios para a saúde, sabia?
- Melhor condicionamento físico: com a prática, o praticante fortalece os músculos e aumenta a resistência.
- Redução do estresse: estar em meio à natureza é um redutor de estresse natural, sabia? Em uma análise de 31 estudos, com cerca de 1,8 mil participantes, pesquisadores da China perceberam que quanto mais exposto à natureza, menores eram as taxas de cortisol e a pressão arterial, bem como os relatos de estresse e ansiedade. Ou seja, ele atua, inclusive, na saúde mental.
- Equilíbrio: se ainda não ficou claro, o esporte exige muito equilíbrio e coordenação motora para conseguir fazer as manobras e manter o aparelho deslizando {ou sobrevoando} as águas.
“Além da saúde mental e diminuição do stress, por se tratar de um esporte com contato direto com a natureza, o kitesurf promove melhora do equilíbrio, da agilidade, do condicionamento físico e garante um bom gasto calórico por sessão”, explica Forte.
Kitesurf versus windsurf: não são o mesmo esporte
Há muitos esportes aquáticos atualmente, e boa parte deles usa o vento para se movimentar. Por isso, para ficar claro, vamos às diferenças entre kitesurf e windsurf.
O local de prática e os equipamentos podem ser semelhantes, mas o kitesurf {ou kiteboard} e o windsurf são esportes aquáticos bem diferentes.
Uma das principais diferenças é com relação à propulsão do equipamento. No windsurf, as velas estão presas à prancha e são “empurradas” pelo vento. É como um minibarco a vela, mas de uma pessoa só.
No caso do kitesurf, o praticante é conectado ao kite por meio de um cinto e, com as mãos, controla o equipamento com a ajuda de uma barra e das linhas. O vento também desempenha um papel no kite, mas a prancha não fica presa a esse aparelho, apenas aos pés da pessoa.
Outra diferença é com relação à velocidade: o kitesurf pode “puxar” a pessoa com mais força e, assim, atingir mais velocidade do que o windsurf {o que exige mais cuidado também}. O mesmo acontece com as manobras. Como o kite pode ser ajustado para mudar a direção e velocidade da prancha, isso favorece giros e pulos.
Já com relação ao equipamento, o kitesurf exige, além da prancha, uma barra de controle, linhas e a asa inflável. No caso do windsurf, o equipamento é um só – uma prancha conectada à vela. Para os dois esportes, é importante o uso de um colete salva-vidas.
Kitesurf e windsurf exigem cuidados
Um estudo conduzido na Holanda comparou as lesões entre os praticantes de cada esporte. Os pesquisadores analisaram 25 windsurfers e 32 kitesurfers que buscaram os hospitais locais ao longo de dois anos.
Nos resultados, eles observaram que, embora os kitesurfers tivessem uma taxa maior de lesões em comparação com os windsurfers, a gravidade dos traumas não era tão diferente entre os esportes. Portanto, vale o cuidado redobrado para qualquer uma das práticas.
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