Se as hemoglobinas são as proteínas que fazem o transporte do oxigênio, a hemoglobina glicada é o exame que identifica a fração dessa proteína que se liga à glicose (ou o açúcar) no sangue.
Essa ligação entre a glicose e a hemoglobina ocorre de forma proporcional à quantidade de glicose no sangue e ao tempo de vida das hemácias, que é, em média, de 120 dias. Sendo assim, a concentração de hemoglobina glicada reflete a média dos níveis de glicose sanguínea ao longo desse período, oferecendo uma visão do controle glicêmico no longo prazo.
Por isso, o exame para dosar a hemoglobina glicada é a mais importante ferramenta de rastreio, diagnóstico e controle do diabetes.
“O que a hemoglobina glicada vai representar é a média, mais ou menos, da glicose no sangue da pessoa nos últimos 3 meses. Por isso, ela é uma excelente maneira de sabermos se diabetes está controlado. Outro exame utilizado, o de glicose de jejum, se afeta por efeitos recentes, portanto o nível de açúcar no sangue cai com o jejum. Então, às vezes pegamos o paciente no pulo, porque não tem como manipular o exame da hemoglobina glicada”, explica Luís Antônio Soares Pires Filho, médico de família e comunidade da Alice.
Como é feito o exame da hemoglobina glicada?
É um exame de sangue simples que não exige nenhum tipo de preparo, nem mesmo o jejum. Isso porque seu resultado não é afetado pelo consumo recente de açúcar, já que ele verifica os níveis da glicose ao longo de um período maior, de três meses, em média.
Quem precisa fazer o exame?
É recomendado para adultos, sobretudo a partir dos 35 anos de idade — especialmente se a pessoa possui fatores de risco para diabetes, como sedentarismo muito acentuado, obesidade, hábitos alimentares não saudáveis, faz uso de drogas, álcool, tabaco, etc.
“O exame serve para muitos propósitos: tanto para diagnosticar diabetes (dosagem de hemoglobina glicada acima de 6,5%); ou, para taxas mais baixas, de 5,7% até 6,4%, indicar um quadro de pré-diabetes. Neste caso, a pessoa recebe o alerta para se cuidar e reverter a situação. Também serve para controlar a condição, pois fornece um panorama do controle glicêmico nos últimos três meses”, detalha Pires Filho.
Exame de hemoglobina x hemoglobina glicada: quais as diferenças?
Enquanto o exame da hemoglobina convencional é medida em níveis normais durante um exame de sangue padrão, a hemoglobina glicada é expressa como um valor percentual, indicando a porcentagem de hemoglobina que está glicada, ou seja, carregando a glicose. Esse valor é uma representação direta do controle glicêmico ao longo do tempo, oferecendo uma visão mais abrangente da saúde metabólica do paciente.
O que é diabetes e quais seus riscos?
Diabetes é uma doença crônica caracterizada por níveis elevados de açúcar no sangue devido a alguns fatores:
- Produção insuficiente da insulina, hormônio produzido pelo pâncreas, responsável por captar a glicose e distribuir para tecidos e demais células. Neste caso, a condição é chamada de diabetes tipo 1 e, em geral, demanda a reposição da insulina — além de mudanças de hábitos de vida.
- Uso inadequado pelo organismo da insulina, que é produzida de forma adequada. Aqui, é chamada de diabetes tipo 2 e o tratamento envolve mudanças de hábitos de vida, como alimentação e prática de exercícios físicos, além de medicamentos específicos.
Como saber se estou com diabetes?
Assim como a hipertensão, diabetes é uma doença silenciosa, daí a importância de fazer o rastreio, especialmente caso a pessoa se encaixe nos grupos com fatores de risco para a doença, e ficar atento a alguns sinais — que podem, ou não, surgir.
Dos fatores de risco que soam o alerta:
- Pais ou irmãos com diabetes;
- Consumo exagerado de açúcar e ultraprocessados;
- Sobrepeso ou obesidade;
- Sedentarismo;
- Idade superior a 45 anos;
- Pressão alta;
- Colesterol alto;
- Outros problemas relacionados à insulina;
- Histórico de doença cardiovascular;
- Síndrome do ovário policístico;
- Pré-diabetes ou diabetes gestacional.
Sintomas de diabetes: quais são?
Na maioria das vezes, os sintomas de diabetes podem não aparecer. Em outros, podem ser confundidos com outras questões. Vamos à lista dos mais comuns, que devem ser avaliados para diabetes especialmente quando a pessoa também se encaixa nos grupos de risco, detalhados acima:
- Cansaço constante;
- Fraqueza;
- Fome frequente;
- Sede excessiva;
- Aumento da vontade de urinar;
- Perda repentina de peso (tipo 1) ou ganho de peso (tipo 2);
- Náusea e vômito;
- Mudanças de humor;
- Infecções frequentes;
- Dificuldade de cicatrização;
- Visão turva ou embaçada.
“A partir do momento que a pessoa manifesta sintomas, muito provavelmente ela já está tendo danos no corpo dela, como lesões renais, cardíacas e oftalmológicas decorrentes da doença descontrolada. Por isso, há o rastreio”, explica Pires Filho.
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