O alerta de alto risco de desenvolver diabetes nem sempre aparece na forma de sintomas, mas vem certeiro nos exames de sangue. Um dos sinais de que é preciso ficar atento é a taxa de glicose. Se ela vier acima dos valores esperados, há o risco de pré-diabetes.
Como o nome indica, esse é um estágio intermediário entre o padrão saudável e o de diabetes tipo 2. Não quer dizer que a pessoa se tornou diabética, mas que está perto disso. A boa notícia é que dá para reverter o quadro com a mudança dos hábitos de vida {alô, alimentação e exercícios}.
O que é pré-diabetes?
A condição de pré-diabetes é identificada quando os resultados do exame de glicemia em jejum estão acima de 100 mg/dl, mas abaixo de 126 mg/dl.
Em comparação, para níveis normais, o resultado esperado é entre 60 mg/dl e 99 mg/dl. Já valores acima de 126 mg/dl são indicativos de diabetes.
Quando a pessoa está nesta faixa intermediária {ou, pré-diabetes}, pode receber a recomendação de fazer outro exame, o teste oral de tolerância à glicose {também conhecido por curva glicêmica}, para confirmar os dados.
Mas, se houver alteração logo no primeiro exame, é muito provável que a pessoa seja orientada a rever os hábitos relacionados ao estilo de vida, a fim de evitar que o pâncreas perca a capacidade de produzir a insulina, hormônio responsável por informar as células de que devem absorver a glicose (açúcar) ingerida na alimentação.
Sem essa sinalização, a glicose permanece na corrente sanguínea e o corpo não recebe a energia necessária para realizar suas atividades.
O corpo dá sinais de pré-diabetes?
Incômodos típicos de diabetes podem surgir no quadro de pré-diabetes também, mas nem sempre aparecem ou são percebidos.
Além de falta de energia devido à não absorção da glicose pelas células, a pessoa pode sentir mais vontade de fazer xixi, já que o corpo faz um esforço maior para eliminar o açúcar do sangue por meio da urina.
O excesso de glicose também pode atrapalhar a circulação sanguínea. Por isso, é importante ficar atento aos possíveis sinais do corpo para que não haja evolução para outras condições, como infecções urinárias ou problemas de cicatrização.
Sintomas de pré-diabetes:
- Cansaço ou falta de energia;
- Aumento da fome;
- Sede excessiva;
- Vontade de urinar com frequência;
- Infecções frequentes;
- Dificuldade de cicatrização;
- Vista embaçada.
O que fazer para não virar diabetes?
Hábitos de vida mais saudáveis são a principal resposta contra pré-diabetes {e para evitar que se transforme em diabetes}. Aí entram alimentação saudável e uma rotina de exercícios físicos.
“Em quadros de pré-diabetes, algumas pessoas podem até receber indicação de medicamentos para prevenir a evolução para diabetes. Mas o principal é adotar uma alimentação adequada e fazer exercícios físicos com regularidade”, explica o médico endocrinologista Augusto Cézar Santomauro Júnior, da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, que faz parte da comunidade de Saúde da Alice.
Pré-diabetes: o que comer?
Receber o diagnóstico de pré-diabetes não significa nunca mais comer doce na vida – mas entender melhor os alimentos que ingere {hábito que todo mundo deveria manter}.
Glicose nada mais é do que açúcar e, quando está em circulação no organismo, é chamado de glicemia. E de onde vem este açúcar? Do macronutriente carboidrato, presente em pães e massas, mas também nas frutas e legumes.
“A dieta para o pré-diabético ou diabético é aquela que toda pessoa deveria ter. Não existe um alimento sozinho que vá causar diabetes ou desregular a glicemia no sangue. E não há necessidade de cortar todo o carboidrato”, afirma Juliana Malafaia, nutricionista da Alice.
Um prato de almoço equilibrado, por exemplo, deve ser composto de 50% de verduras e legumes, 25% de cereais, grãos ou tubérculos, e 25% de alimentos fontes de proteínas, tanto de origem animal quanto vegetal.
Incluir frutas na refeição ou como sobremesa também é uma boa pedida, já que possuem grande quantidade de fibras, assim como as verduras, os legumes e os grãos.
Outra dica é incrementar o prato com gorduras boas, como azeite ou sementes, mas sem exageros.
Alimentos para pré-diabéticos:
Confira abaixo alguns alimentos recomendados para manter a glicemia regulada:
- Verduras e legumes: todos e, quanto mais variados, melhor;
- Cereais, grãos e tubérculos: arroz integral, macarrão integral, quinoa, aveia, milho, batata, inhame;
- Proteínas: peixes, frutos do mar, frango, ovo, tofu, feijão, lentilha, grão de bico, ervilha;
- Gorduras boas: azeite de oliva, nozes, amêndoas, semente de abóbora ou de girassol;
- Frutas: morango, pera, goiaba, melão, laranja e maçã.
Os laticínios também são uma boa fonte de proteínas, mas é melhor escolher as versões com menos gordura para diminuir o risco cardíaco. Num lanche, por exemplo, as melhores opções seriam leite ou iogurte desnatados e queijos brancos, como cottage ou ricota.
“Temos que fazer boas combinações sempre para que a digestão não ocorra tão rapidamente, como acontece quando consumimos somente os alimentos fontes de carboidratos. Se a opção do dia é um pão, inclua também uma proteína, como um queijo branco, ou uma cenoura ralada, que possui fibras”, exemplifica a nutricionista.
Em todas as refeições {seja em um momento de pré-diabetes ou não}, é importante evitar o consumo de ultraprocessados, como produtos industrializados e de fast food.
Cereais açucarados, biscoitos, salgadinhos, molhos prontos e outros empacotados não são indicados porque têm grande quantidade de carboidratos simples, que se transformam rapidamente em glicose. Além disso, o valor nutricional desses alimentos é baixo.
As frituras, que têm efeito semelhante no sangue, também devem ser evitadas.
Vale ainda destacar que é melhor dar preferência ao consumo da fruta inteira do que o suco. Além de não conservar as fibras, os sucos são feitos, geralmente, com muitas frutas – além do que você comeria normalmente {afinal, quem é que faz suco de laranja com apenas uma laranja?}.
Alimentos que devem ser evitados na pré-diabetes:
- Açúcar, chocolates, bolos e sorvetes {versões ultraprocessadas};
- Pão branco, arroz branco e tapioca;
- Alimentos ultraprocessados em geral;
- Frituras e gorduras animais;
- Queijos amarelos, leite ou iogurte integral;
- Suco de fruta;
- Bebidas industrializadas e alcoólicas.
Adoçantes e produtos diet: pode?
Os adoçantes e produtos diet costumam vir à mente das pessoas como alternativa de consumo para quem tem pré-diabetes ou diabetes.
Se o motivo for apenas o sabor doce, podem ser uma opção. Mas não se engane: não são alimentos livres de carboidratos ou nutritivos.
“Alimentos diet não são necessariamente mais saudáveis. O diet não tem açúcar adicionado, mas pode ter outros substitutos do açúcar e aditivos químicos.
No caso do chocolate diet, por exemplo, a quantidade de gordura pode ter sido ampliada para proporcionar mais sabor e textura”, lembra Malafaia.
A nutricionista destaca que o ideal é, gradualmente, adequar o paladar ao gosto natural dos alimentos. “O adoçante é um substituto do açúcar, mas grande parte vem de fontes artificiais. Se for usar adoçante, prefira os de fontes naturais, como xilitol ou stévia”, recomenda.
Pré-diabetes: por que fazer exercício físico?
Sair do sedentarismo também é fundamental para reverter os índices de glicemia que indicam pré-diabetes.
Ao fazer atividade física, o nosso corpo gasta energia e utiliza o açúcar em circulação no sangue em uma maior velocidade. Consequentemente, a taxa de glicemia diminui.
“Na atividade física, há uma melhora no quadro de resistência insulínica, que é a origem do diabetes. Durante os exercícios, o corpo usa a glicose independentemente da insulina, o que ajuda a regular a glicemia”, explica Juliana Malafaia.
Perder peso também ajuda a prevenir outros problemas de saúde. Fazer pelo menos 30 minutos de atividade moderada, em cinco dias da semana, é o ideal.
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