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Como funciona a pílula do dia seguinte? Tire suas dúvidas

Pílula do dia seguinte atrasa a menstruação? Quais são os efeitos colaterais? O que corta seu efeito? Veja as respostas de essas e outras perguntas cabeludas.

Ana Araujo
| Atualizado em
8 min. de leitura
Sol nascendo no horizonte sobre o mar e montanhas, como céu amarelado e azulado

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Apesar de ser quase tão antiga quanto a pílula anticoncepcional regular {as duas foram criadas nos anos 1960}, a pílula do dia seguinte ainda carrega mais tabus do que sua irmã.

É, sim, verdade que ela não pode ser usada ao léu. Porém, ela é uma ferramenta importante quando as coisas não vão exatamente como o planejado — basta entender como ela funciona, o que ela faz no corpo e quando pode ou não ser usada. 

O que é a pílula do dia seguinte e como ela age no corpo?

Podemos começar dizendo o que ela não é: a pílula do dia seguinte não causa um aborto. 

“Na verdade, seu modo de ação é impedir o encontro do óvulo com o espermatozoide para que a gravidez nem aconteça”, resume a ginecologista Daniele Coelho, da Comunidade de Saúde da Alice

Como a pílula do dia seguinte cumpre esse objetivo varia de acordo com a fase do ciclo menstrual em que ela é ingerida. Por exemplo, se isso acontece na primeira fase do ciclo, ela atrasa a ovulação. 

“É como se ela deixasse o ovário dormente por alguns dias. Isso é o suficiente para os espermatozoides serem reabsorvidos antes de encontrarem o óvulo”, explica.

Já quando ela é ingerida na segunda fase do ciclo, quando a ovulação já aconteceu, sua ação é dificultar o encontro do óvulo e do espermatozoide ao interferir no transporte deles pelo sistema reprodutor feminino e tornando o muco hostil a essa turma. 

“A eficácia da pílula do dia seguinte é altíssima, por volta de 98%. Seu uso isolado tem uma falha de apenas 1,7% a 2,6%”, diz Coelho. 

A pílula do dia seguinte funciona no período fértil?

A eficácia é menor nesse caso. “Se a relação sexual aconteceu no período fértil e você usou a pílula do dia seguinte, a falha pode aumentar para quatro vezes, ou seja, a proteção de 98% cai para 92%”, alerta.

Quando usar a pílula do dia seguinte?

Essa ferramenta deve ser usada depois de uma relação sexual desprotegida para prevenir a gravidez. Essa lista inclui:

  • Sexo sem nenhum método contraceptivo;
  • Falha do método {camisinha estourou? A pílula do dia seguinte entra aqui, por exemplo};
  • Uso inadequado de um método contraceptivo;
  • Casos de violência sexual.

Como tomar a pílula do dia seguinte?

“A pílula do dia seguinte precisa ser administrada em até 72 horas depois da relação sexual. Depois desse tempo, seus mecanismos de ação já ficam comprometidos e ela deixa de fazer efeito”, ressalta Coelho.

Quem toma pílula anticoncepcional precisa tomar pílula do dia seguinte?

Lembra que falamos sobre uso inadequado do método contraceptivo? Em alguns casos, combinar os dois métodos pode ser necessário.

A ginecologista da Comunidade de Saúde da Alice conta que, por via de regra, a ovulação de quem usa corretamente a pílula anticoncepcional oral, injetável, anel vaginal ou adesivo está bloqueada. 

Mas a exceção dessa regra fica para quem começou o método recentemente e ele ainda não está funcionando — é o caso de quem começou a tomar o contraceptivo oral há pouquíssimo tempo {até três dias} em um momento aleatório do ciclo e teve uma relação desprotegida. 

“Também é o caso de quem teve uma relação desprotegida e não usa o método hormonal do jeito confiável, esquecendo mais de dois comprimidos de anticoncepcional no ciclo ou atrasando uma semana a data da injeção”, completa Coelho.

Quais são os efeitos colaterais da pílula do dia seguinte {no curto e longo prazo}?

Apesar da carga alta de hormônios (1,5 mg de levonorgestrel, contra aproximadamente 0,15 mg de pílulas convencionais), os sintomas da pílula do dia seguinte costumam ficar restritos a pouco tempo depois da administração. São eles:

Sangramento após pílula do dia seguinte

Apesar de mais raro, ter um sangramento escurecido, como uma borra de café, é um dos efeitos colaterais possíveis. Algumas pessoas podem experimentar isso durante todo o mês.

Daniele Coelho conta que essas irregularidades são temporárias — mesmo que incomodem durante todo o mês, elas costumam durar apenas um ciclo e somem sem precisar de nenhuma intervenção. Porém, se o sangramento persistir, vale investigar o que está acontecendo junto a um profissional de saúde.

Tomei pílula do dia seguinte e menstruei, posso estar grávida?

Apesar de não ser uma regra, a pílula do dia seguinte pode, sim, desregular o ciclo menstrual, atrasando ou adiantando a menstruação. Aliás, algumas pessoas podem confundir este fenômeno com um sangramento anormal.

Quando esse método de emergência é usado próximo ao fim do ciclo, o mais comum é a menstruação adiantar. 

“Em média, essas variações são de sete dias para mais ou para menos e, geralmente, acontecem porque a pílula atrasou a ovulação ou porque ela mexeu com o endométrio, que é o tecido que reveste o útero e descama durante a menstruação”, explica Coelho. 

Como saber se a pílula do dia seguinte falhou?

Passou dos sete dias de atraso da menstruação? Neste caso, existe a possibilidade de a pílula do dia seguinte ter falhado e é aconselhado fazer um teste de gravidez.

Quantas pílulas do dia seguinte alguém pode tomar no ano?

Quanto mais pílulas do dia seguinte você toma em um mesmo ciclo, menos efetiva ela é. Cada vez que ela é ingerida no mesmo ciclo menstrual, sua taxa de falha aumenta em até 7%. Segundo a ginecologista, usar esse método de emergência mais de três vezes no mesmo ciclo pode aumentar o risco de gravidez de 20% a 30%.

A taxa de falha também varia de acordo com o momento em que se deu a relação desprotegida. No período fértil, como já falamos, a eficácia é menor. 

Este é um método emergencial, ou seja, não deve ser usado a todo momento. Na dúvida, é melhor caprichar em um anticoncepcional de uso regular e se proteger {afinal, camisinha não só evita gravidez como também infecções sexualmente transmissíveis}. 

O que corta o efeito da pílula do dia seguinte?

  • Tomá-la muito tempo depois da relação desprotegida {quanto mais tempo passa, menor o seu efeito};
  • Tomá-la várias vezes no mesmo ciclo {quanto mais você a toma em um único ciclo, menor a eficácia, lembra?};
  • Vomitar em menos de duas horas depois da ingestão;
  • Remédios à base de carbamazepina, fenitoína, fenobarbital {anticonvulsivos} e primidona {contra tremores}.

Quem pode e quem não pode tomar pílula do dia seguinte?

Nem sempre é preciso lançar mão desse recurso. Por exemplo, quem já usa um método contraceptivo de forma regular não precisa se preocupar. Se o tempo desde a relação desprotegida tiver passado das 72 horas, ela não terá mais o efeito desejado — então nem adianta tomar.

Alguns outros casos são mais específicos:

Pode tomar pílula do dia seguinte menstruada?

Apesar de ser raro, é possível engravidar com sexo desprotegido durante a menstruação. 

“Isso acontece mais com quem tem ciclos menstruais curtos, de 22 a 24 dias, porque a ovulação já acontece mais próxima aos últimos dias de sangramento menstrual”, justifica Coelho.

Então, na dúvida, pode usar a pílula do dia seguinte mesmo durante a menstruação.

O que acontece se tomar pílula do dia seguinte grávida?

Essa é uma das grandes contraindicações da pílula do dia seguinte, já que o hormônio desse método pode alterar o desenvolvimento do feto. 

Quem amamenta pode tomar pílula do dia seguinte?

Sim, é possível engravidar durante o período de amamentação. Então, quem transou sem proteção e sem método contraceptivo pode tomar a pílula do dia seguinte como medida de emergência.

“O hormônio da pílula do dia seguinte é da mesma categoria das pílulas que usamos em pessoas que estão amamentando, como o desogestrel, então ela é segura”, afirma. 

Estou tomando muitas pílulas do dia seguinte, e agora?

Este é um método emergencial, ou seja, não pode ficar sendo usado a torto e a direito — além dos efeitos colaterais chatos, o uso indiscriminado ainda diminui sua eficácia.

Na hora do susto, ela está aí para ajudar. Mas, depois disso, que tal procurar um método contraceptivo que dê mais segurança

E nem precisa esperar a próxima menstruação para começar. “Os anticoncepcionais em pílula e injetáveis podem ser iniciados já no dia seguinte ao uso da pílula do dia seguinte. E sempre lembrando de usar a camisinha nos primeiros sete dias do novo método, ok?”, orienta a ginecologista Daniele Coelho.

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