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Tipos de pintas e sinais na pele: quando devo me preocupar?

Adultos têm, em média, entre 10 a 40 pintas espalhadas pelo corpo e, em geral, elas não geram nenhuma grande preocupação.

Amanda Milléo
| Atualizado em
11 min. de leitura
Tipos de pintas e sinais na pele: quando devo me preocupar?

Tipos de pintas e sinais na pele: quando devo me preocupar?

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Tem gente que só tem um punhado de pintas pelo corpo, enquanto outras pessoas até se perdem na hora de contá-las. Fato é que esses sinais são bem comuns e, em geral, não causam muitas preocupações {mas exigem cuidados como qualquer outro canto da pele, ok?}

Isso porque, apesar da imediata associação ao câncer de pele, ter pintas não é, necessariamente, uma ameaça à saúde. Vale ficar atento, de qualquer forma, se uma nova pinta surgir com características diferentes das demais ou se uma já existente mudar de aparência de repente. 

Na dúvida sobre o que são as pintas, como surgem, quando se preocupar e como identificar precocemente um potencial câncer de pele? Confira as respostas abaixo.

O que são as pintas e como surgem?

Pintas são uma coleção das células que produzem o pigmento melanina, chamadas de melanócitos. Elas podem aparecer tanto na camada mais superficial da pele, a epiderme, quanto na segunda camada, a derme, ou em ambas. 

Segundo Francine Smythe, médica de família e comunidade da Alice, as pintas podem nascer junto com a gente ou ser adquiridas ao longo da vida, principalmente até os 30 anos. 

“Chamamos as pintas presentes desde o nascimento de nevos melanocíticos congênitos e elas ocorrem por uma predisposição genética”, explica. No caso dos nevos adquiridos, ou as pintas que aparecem depois dos dois primeiros anos de idade, as origens são múltiplas, como exposição ao sol sem proteção e também a predisposição genética {atenção para as famílias com muitas pintas!}.

Apesar de serem mais prevalentes em pessoas com pele clara e/ou com olhos claros, elas podem se manifestar em qualquer tipo de pele. De acordo com estimativas da Academia Norte-americana de Dermatologia, uma pessoa adulta chega a ter entre 10 a 40 pintas espalhadas pelo corpo. 

“A maioria das pintas aparece durante a infância e a adolescência. Elas crescem conforme a criança ou o adolescente crescem. Algumas pintas ficam mais escuras, outras mais claras e essas mudanças são esperadas e raramente são sinais de melanoma, o câncer de pele mais grave”, detalha a entidade no site. 

Já entre os adultos, o surgimento de novas pintas ou a alteração daquelas já existentes é um sinal de alerta maior para o câncer. Leia mais sobre os diferentes tipos de câncer de pele na sequência. 

Pintas ou manchas: como diferenciar

Podem até parecer a mesma coisa, mas pintas e manchas não são sinônimos. 

De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), manchas são lesões mais planas e estão rentes à pele, como as chamadas manchas de sol e os melasmas, comuns durante a gestação. As causas são variadas, desde exposição ao sol a condições dermatológicas, como doenças autoimunes e infecções de pele. 

Embora as causas sejam parecidas, as pintas podem se apresentar tanto no mesmo formato das manchas, sem elevações e rentes à pele, mas também têm outras aparências, com a presença, ou não, de pelos e em locais que nem sempre estão tão expostos ao sol. 

Pinta com pelo: posso tirar? 

Não há problema algum em aparar o pelo que nasce em uma pinta, segundo informações da SBD. E a presença do pelo não é sinal ou predisposição ao câncer de pele, ok?

A única orientação dos profissionais é que a remoção não seja feita de forma traumática {portanto, não use pinça ou cera}. Uma tesoura já resolve a questão. 

Pinta preta, marrom, vermelha ou branca: quais as diferenças?

De longe, parecem todas iguais, mas as pintas têm cores diferentes – e isso nem sempre é um problema. 

De acordo com dados da SBD, as pintas localizadas em áreas mais superficiais da pele podem ter cores em tons de marrom ou preto, e são bem comuns. Já aquelas mais profundas são vistas em um tom mais azulado. 

Pintas vermelhas podem ser reflexo de uma dilatação dos vasos sanguíneos perto da superfície da pele ou são sinais de condições dermatológicas, como micose, dermatites e alergias, o que demanda uma observação dos profissionais de saúde. 

Se a pinta sempre foi de uma cor e, de repente, passa a ficar mais avermelhada ou esbranquiçada, é importante que ela seja investigada, ok? O mesmo vale caso apareçam muitas cores em uma pinta só, porque há o risco de desenvolvimento do câncer de pele.

Como saber se uma pinta é perigosa?

Sejam pintas novas ou que surgiram de repente, alguns sinais dão o alerta de quão perigosas elas podem ser. Para facilitar a identificação, os profissionais da área de dermatologia montaram uma lista de características que podem ser lembradas pela sigla: ABCDE. 

  • A de Assimetria. Quanto mais assimétrica for uma pinta, maior o risco.
  • B de Bordas. Pintas devem ter bordas regulares. Se não for o caso, vale a investigação. 
  • C de Cor. Mais de uma cor na mesma pinta ou tons de preto em pintas de outras cores podem ser sinais de melanoma, um dos tipos de câncer de pele.
  • D de Diâmetro. Se as pintas tiverem mais que 5 mm, é importante a análise de um profissional de saúde.
  • E de Evolução. Qualquer alteração em uma pinta já existente, como mudanças na cor, tamanho ou forma devem ser analisadas. Se a pinta passar a coçar, ficar inflamada ou sangrar, vale também o alerta. 

De acordo com Smythe, a metodologia é simples e, em geral, as pessoas conseguem identificar, sozinhas, alterações importantes na pele. “Normalmente tudo que a pessoa precisa é de uma fonte de luz brilhante e, em alguns casos, uma lente de aumento ou um espelho. É comum as pessoas procurarem os profissionais de saúde alertando que a característica de uma pinta mudou ou que reparou no surgimento de uma lesão suspeita e, por isso, pedem uma avaliação”, explica a médica. 

Inclua na rotina o autoexame das pintas

Para manter um controle maior sobre as pintas, e identificar precocemente qualquer alteração, vale colocar a análise na rotina. 

Uma sugestão é marcar no calendário: todo mês, sempre na mesma data {pode ser a sua data de aniversário, por exemplo}, ter o hábito de examinar a própria pele. Não se esqueça de olhar principalmente: 

  • Braços;
  • Pernas;
  • Planta dos pés;
  • Entre os dedos dos pés;
  • Costas.

Pintas no couro cabeludo: devo me preocupar?

As pintas que nascem em áreas expostas aos raios solares, ou com maior fotoexposição, geram mais preocupação, segundo Smythe. Isso não significa que não possa haver um câncer de pele em áreas que não sejam tão expostas, mas a proporção do risco é menor.

“Em homens, metade dos melanomas, que é o câncer de pele mais agressivo, ocorre no tronco e um terço (⅓) aparece nas costas. Já o carcinoma basocelular, que é o tipo de câncer de pele mais prevalente em adultos brancos, ocorre no tronco em 15% das vezes e na face em 70%, e está muito relacionado à exposição solar”, detalha. 

Com relação às pintas do couro cabeludo, Smythe afirma que as maiores preocupações são com a exposição solar exagerada da área, a falta de protetor solar {ou o uso de chapéu/bonés} e a dificuldade de visualização de pintas – o que pode atrasar o diagnóstico. “Mas a incidência das lesões no couro cabeludo não é tão significativa quanto em outras áreas do corpo, como face e tronco”, afirma. 

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Câncer de pele: tipos e sinais

Os três tipos de câncer de pele, de acordo com dados da SBD, são: 

  • Carcinoma basocelular (CBC);
  • Carcinoma espinocelular (CEC);
  • Melanoma.

Carcinoma basocelular

Trata-se do tipo mais prevalente e surge nas células basais – que são encontradas na camada superficial da pele, a epiderme. As lesões do câncer carcinoma basocelular tendem a aparecer nas regiões do corpo mais expostas ao sol, como rosto, orelhas, pescoço, ombro, costas e, também, couro cabeludo. 

O sinal mais comum deste tipo de câncer de pele é o chamado nódulo-ulcerativo, que é uma pápula vermelha, brilhosa, com uma crosta central, que pode sangrar facilmente. Outras manifestações se assemelham a sinais de eczema ou psoríase. 

Carcinoma espinocelular

Este tipo de câncer de pele surge normalmente nas células escamosas, que são a maior parte das células nas camadas superiores da pele. É o segundo mais prevalente e pode se desenvolver em todas as partes do corpo, sendo as áreas expostas ao sol, como rosto, orelhas, couro cabeludo e pescoço, mais comuns. 

O carcinoma espinocelular é duas vezes mais frequente em homens do que em mulheres, segundo a SBD, e alguns sinais comuns são as lesões com coloração avermelhada, que parecem machucados ou feridas espessas, com descamação, que não cicatrizam e sangram. Às vezes, podem se assemelhar às verrugas. 

Melanoma

O melanoma é o câncer de pele mais raro, com o pior prognóstico e o mais alto índice de mortalidade. No entanto, em caso de detecção precoce, as chances de recuperação plena são acima de 90%. 

Este é o tipo de câncer com a aparência mais semelhante a uma pinta ou sinal da pele, com tons acastanhados ou pretos, porém com mudanças no formato e tamanho. As lesões também podem sangrar. 

Os locais que as lesões podem surgir são várias, mas são mais comuns nas pernas, entre mulheres, e nos troncos, entre os homens. Ainda, podem aparecer, em ambos os sexos, no rosto e pescoço. 

Muitas pintas pelo corpo exigem atenção 

Pessoas que contabilizam 50 pintas, ou mais, espalhadas pelo corpo têm um risco maior para desenvolver um dos tipos de câncer de pele, segundo Smythe. A relação foi destacada pelo Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido, ou National Health Services (NHS), na sigla em inglês. 

“Há um risco maior de desenvolver melanoma se você tiver muitas pintas pelo corpo, especialmente se elas são grandes (maiores que 5 mm) ou têm um formato incomum. Por esse motivo, é importante que mudanças nas pintas sejam monitoradas e que se evite expô-las ao sol intenso”, destaca a entidade.

Veja outros fatores de risco para o câncer de pele

  • Histórico familiar com câncer melanoma;
  • Pele clara que não se bronzeia facilmente; 
  • Cabelos ruivos ou loiros;
  • Olhos claros;
  • Muitas sardas;
  • Se a pele tiver sido previamente lesionada por queimaduras solares ou tratamento de radioterapia;
  • Condições que atrapalhem o sistema imunológico ou tratamentos com imunossupressores;
  • Diagnóstico prévio de câncer de pele. 

Pintas suspeitas: o que fazer? Pode tirar?

Às vezes elas só incomodam e, em outros casos, há a indicação médica para a retirada de pintas sob suspeita de uma condição mais grave. De qualquer forma, a remoção pode ser feita, e uma das técnicas comuns é a cirúrgica, segundo a SBD,

Para isso, a pessoa recebe uma anestesia na pele, retira-se a pinta e é feita uma sutura no local. De acordo com o tamanho da pinta, pode surgir uma cicatriz maior ou menor. 

Todas as pintas retiradas – seja por suspeita de câncer ou não – passam por uma biópsia para checar se está tudo bem. 

Palma das mãos e pés com pintas: o que fazer?

No passado, havia a indicação de retirada das pintas na região plantar ou palmar {pés e mãos}, mas a orientação atual é outra, de acordo com informações da SBD.  

Agora, a pessoa passa por um exame de dermatoscopia e o profissional de saúde, com a ajuda de uma lente apropriada, olha em detalhes as pintas da região, diferenciando aquelas que podem ser mais malignas das benignas. 

Em alguns casos, a remoção da pinta pode ser necessária para a biópsia e a certeza do diagnóstico. Em outros casos, só o acompanhamento com os profissionais é suficiente.

Quero fazer uma tatuagem perto de uma pinta, posso?

Se puder fazer uma tatuagem mais afastada das pintas, os profissionais de saúde agradecem! Isso porque se a pinta que estiver dentro {ou muito perto} de uma tattoo sofrer alterações, vai ser muito difícil observá-la e perceber qualquer mudança importante.

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