Com dados e liderança ativa, TotalPass integra saúde à estratégia

A discussão sobre o bem-estar nas empresas deixou de ser superficial. Em muitos contextos, a saúde dos colaboradores passou a ser tratada como parte central das estratégias de performance e engajamento. 

Essa foi a premissa do décimo episódio do webinar Open Arena, projeto da Alice que acaba de completar o seu primeiro ano. Dessa vez, Sarita Vollnhofer, CHRO da Alice, recebeu Guilherme Azevedo, cofundador da Alice, e Felipe Calbucci, CEO Latam da TotalPass, para refletir sobre como equilibrar dois conceitos muito atuais: produtividade com qualidade de vida. 

Calbucci compartilhou aprendizados e práticas que vêm moldando a cultura interna da empresa e sua atuação junto aos clientes. Em entrevista ao Blog da Alice, ele reforçou: não se trata apenas de oferecer benefícios, mas de incorporar a saúde como um pilar cultural e estratégico.

Liderar com coerência: o poder do exemplo

Durante o webinar, Felipe abordou de forma sincera a influência do ambiente de trabalho sobre seus próprios hábitos. Ele relatou que, mesmo com uma trajetória esportiva no passado, quando era atleta federado de basquete, teve períodos de sedentarismo intenso, enquanto acumulava jornadas longas de trabalho. 

“Em algum momento, eu estava trabalhando 16 horas por dia. Não fazia mais exercícios. Foi a cultura da TotalPass, e o exemplo de outras pessoas, que me reconectaram com a saúde”, afirma.

A volta à rotina física veio de forma gradual, incentivada por pequenos rituais e por bons exemplos. A decisão de treinar às 5h da manhã, por exemplo, surgiu de uma conversa com um colega durante uma viagem de trabalho. Esse tipo de influência interpessoal é algo que, segundo ele, precisa ser intencionalmente cultivado dentro da organização.

Para Guilherme Azevedo, cofundador da Alice, esse tipo de exemplo precisa vir também da liderança. “Minha visão: se temos uma cultura de saúde na empresa, é praticamente impossível a liderança não dar exemplo. Como você vai querer que as pessoas mudem se o exemplo não parte de você?”, questionou.

Dados da pesquisa proprietária da Alice, o Pulso RH, reforçam essa visão. Entre os profissionais que trabalham em empresas que realmente se importam com o bem-estar da equipe: 

• 84% relatam maior produtividade;
• 66,5% se sentem mais motivados; 
• 70,1% estão mais engajados;
• 77,2% sentem orgulho de fazer parte da empresa. 

Os números são da segunda edição do estudo e reforçam a importância de transformar discurso em prática quando o assunto é saúde no trabalho.    

Cultura data-driven

Como os dados podem ser usados para monitorar e melhorar a saúde nas empresas? A Alice tem um bom exemplo: o Score Magenta.

Durante o webinar, Azevedo comentou como essa ferramenta, exclusiva da Alice, se transformou em um OKR do time de People, liderado pela Sarita:

“O que não se mede, não se gerencia. Por isso, na Alice, usamos o Score Magenta. Um ano atrás, nosso score geral estava em 620 (de um total de 1000), mas em atividade física estávamos quase no limite do ‘ruim’. A partir daí, incentivamos inúmeras ações para aumentar o nível de atividade física e conseguimos subir o score em 20%.”

Essas ações fazem parte do “Alice fala, Alice faz”. Criamos diferentes iniciativas para engajar os Pitayas em hábitos mais saudáveis, como:

• Desafio Sai do Sofá: cada Pitaya escolheu uma meta mensal de atividade física, respeitando seu ritmo e rotina.

• Move Magenta: começou com encontros presenciais e hoje inclui treinos coletivos e provas de corrida. A última edição contou com 150 Pitayas, parceiros e clientes.

• Olimpitayas: competição interna gamificada, em que delegações acumulam pontos no app GymRats, incentivando movimento com espírito esportivo.

• Desafio Chama: grupos de Pitayas se organizam no GymRats para manter a motivação e fortalecer o hábito.

• Tchau, cigarrinho: jornada de apoio para quem deseja parar de fumar, com conteúdo baseado em ciência e acompanhamento do Time de Saúde.

“Com essa visão de saúde como um OKR, nós conseguimos engajar muitas pessoas que nunca tinham incluído atividade física na rotina. Teve gente que caminhou, gente que correu um pouco. E, agora, estamos indo para a quarta edição do Move Magenta”, comentou Sarita Vollnhofer.

A TotalPass também adota uma abordagem orientada por dados em sua atuação com clientes. Segundo Felipe, a empresa promove ações presenciais, como palestras de nutrição, aulas de bike indoor, sessões de mindfulness, e analisa padrões de uso e engajamento.

Com esses insights, desenvolve campanhas personalizadas em parceria com RHs, respeitando a privacidade dos usuários, para garantir adesão consistente e impacto.

Comunidade como vetor de engajamento

Para a TotalPass, o impacto da comunidade no engajamento com iniciativas de saúde é um divisor de águas. E, por isso mesmo, merece ser considerado no desenvolvimento de estratégias de saúde e bem-estar.

Ao relatar a adesão dos usuários da TotalPass a academias nichadas, como Velocity ou Race Bootcamp, ele destaca que a valorização vai além da estrutura física ou da conveniência.

“Nós achávamos que a inclusão dessas academias no plano seria positiva. Mas foi cinco vezes mais impactante do que o esperado. Teve gente indo ao RH reclamar que queria acessar a Velocity porque fazia parte do seu estilo de vida. Isso virou mote de campanha. O valor percebido estava no pertencimento”, explica o CEO.

Esses grupos, segundo Calbucci, formam microcomunidades com identidades fortes — os “Velovers”, por exemplo — e isso altera a relação do colaborador com o benefício. Em vez de um acesso genérico a academias, o que se forma é uma rede de apoio que conecta pessoas com interesses em comum. 

Para as empresas, isso representa um ganho de engajamento difícil de atingir apenas com incentivos financeiros ou comunicação tradicional.

O RH no centro da transformação

O papel do RH não deve ser limitado a ações pontuais – como era comum anteriormente. Na visão dos três participantes da última edição do webinar, essa área tem atuado cada vez mais como parceira estratégica na definição de políticas, campanhas e indicadores voltados à saúde dos colaboradores.

“O RH não pode ser considerado uma área de suporte. Na Alice, o RH é meu parceiro de negócio. Pessoas são o meio para atingir nossos objetivos – e, por isso, a liderança precisa estar totalmente alinhada com o time de People”, reforçou Azevedo. 

No caso da TotalPass, o envolvimento próximo com os times de RH tem sido essencial para transformar dados de uso dos benefícios em decisões práticas, como campanhas direcionadas, notificações personalizadas e ações presenciais que estimulam o engajamento contínuo.

No fim, a mensagem é uma só: pessoas são o centro do negócio. Colaboradores saudáveis, engajados e bem cuidados não apenas permanecem mais tempo nas empresas; eles também performam melhor, inovam mais e contribuem ativamente para um ambiente de trabalho mais sustentável.

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