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Pais de primeira viagem: o que é importante saber?

De sono à amamentação, confira os principais cuidados que devem ser tomados logo após o nascimento do bebê.

Amanda Milléo
| Atualizado em
14 min. de leitura
Pais de primeira viagem: o que é importante saber?

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Sono, amamentação, parto, gestação… Os temas que tratam da maternidade e da paternidade são infinitos, e cada assunto rende inúmeros tópicos de respostas. Quem é mãe/pai sabe bem disso.

Neste texto, vamos selecionar apenas um pedacinho desse grande universo: o que é importantíssimo saber logo após o nascimento do bebê?

Bebê nasceu, e agora?

Quando o parto acontece sem grandes problemas, seja qual for a via escolhida (parto normal, cesárea, etc), o bebê tende a ir direto ao colo dos cuidadores. Esse contato pele a pele com o peito ou abdome é benéfico tanto para processos fisiológicos quanto emocionais – e por isso é chamado de Golden Hour, ou Hora Dourada.

O que é a Golden Hour?

Golden Hour, ou Hora Dourada, se refere à primeira hora após o nascimento do bebê. Nela, uma série de ações podem ser adotadas, pensando na saúde e no bem-estar da nova família.

Uma delas é manter o contato pele a pele. Além de manter o bebê aquecido, esse contato faz com que aumentem os níveis de ocitocina (conhecido como hormônio do bem-estar) e de prolactina (hormônio que estimula a produção do leite materno) – favorecendo o aleitamento. Mas, vale lembrar, nem sempre a amamentação vai ocorrer neste momento, e está tudo bem.

“Algumas ações importantes acontecem nessa primeira hora de vida do bebê, como o clampeamento oportuno do cordão umbilical, o contato pele a pele e a amamentação. Mas isso deve ser feito sem pressão já que 50% dos bebês mamam logo quando nascem, mas 50% vão dormir. Os bebês nascem ‘cansadinhos’ e muitos não entenderam ainda a transição do nascimento, e sentem estímulos diferentes, como mais sono”, explica Paloma Ortolani, obstetriz da Alice e consultora de aleitamento materno.

Assim, se o bebê que nasceu saudável quiser mamar nessa primeira hora, ótimo. Se não quiser, está tudo bem também, porque ele nasce com uma reserva de gordura.

Bebê mama 5 minutos e dorme: qual é o tempo e a frequência ideais?

Passada a Golden Hour, caso o bebê que nasceu saudável ainda não tenha mamado nas primeiras 24 horas, é importante que, a partir de então, ele mame.

“Nesses primeiros dias após o nascimento, o tamanho do estômago do bebê se assemelha a uma cereja. Ou seja, é muito pequeno e é normal que mame várias vezes, a cada uma hora, por exemplo, porque é um espaço que enche e esvazia muito rapidamente”, explica Ortolani.

Isso não significa que ele não possa ficar um tempão ali na mamada: cerca de 40 minutos. “Tem bebês que mamam por menos tempo, mas uma média é de 40 minutos”, calcula a obstetriz.

E, conforme a mamada vai se tornando mais efetiva, a frequência também se espaça: ao invés de amamentar a cada uma hora, a cada três.

Gotas ou leite escorrendo: o que é normal?

É normal também que, no começo, enquanto a família ainda estiver no hospital, o leite que saía seja apenas em forma de gotinhas – o chamado colostro. Depois de três a cinco dias, em casa, vem a descida mais significativa, ou a apojadura.

“No começo pode até gerar a dúvida de que se está produzindo o leite. Mas, passado o tempo, começa a descer mais e as mamas ficam mais inchadas, pesadas e vermelhas. É normal ter alguns sintomas, como febres e calafrios e, embora sejam comuns, é importante compartilhar qualquer sinal com um profissional de saúde”, completa a obstetriz.

Um cuidado para esses momentos é que se faça uma massagem na mama antes de amamentar. Isso porque, se oferecer a mama muito carregada ao bebê recém-nascido, ele pode não conseguir extrair tudo, o que gera mais incômodo e até dor. “É possível fazer um ciclo de massagem para deixar a mama mole e, só depois, oferecer ao bebê. Ter cuidado com a pega da mama e o posicionamento do bebê também são medidas importantes. E se mesmo assim a mama estiver ingurgitada pode fazer uma compressa gelada, depois da mamada”, sugere Ortolani.

Peito murcho depois da amamentação, e agora?

Acontece! Por volta dos 40 dias após o nascimento, é comum que a mama esvazie e tenha uma sensação maior de flacidez. Isso acontece porque o corpo passou a regular a produção do leite.

Deixe os palpiteiros de lado

Se o aleitamento materno for um desejo dos cuidadores, é importante que eles saibam disso e que consigam afastar os palpiteiros de plantão {que surgem aos montes nesses momentos}.

“Muitas pessoas deixam o sonho da amamentação de lado porque escutam muitos palpites como ‘o leite é fraco’ ou ‘bebê mama toda hora porque o peito não produz o suficiente’, e nada disso é verdadeiro. O peito não é só o alimento do bebê, mas aconchego, carinho e é o lugar que mais se assemelha ao que ele tinha dentro do útero”, explica a obstetriz.

Como saber se o bebê está mamando bem?

Pelo xixi e cocô do bebê! A regra é: se algo está entrando, algo está saindo.

No primeiro dia de vida, o cocô tende a ser de uma cor verde escuro quase preto, e é chamado de mecônio. Já o xixi vem uma a duas vezes nesse primeiro dia.

No segundo dia, dois xixis. Terceiro, três. A partir do quarto, mais de seis xixis por dia. No caso dos cocôs: uma vez por dia.

“O objetivo não é ficar anotando exatamente quanto de xixi e de cocô o bebê fez, mas vale ficar de olho na produção. E se tem algo saindo é porque algo está entrando, então podem ficar tranquilos”, explica a obstetriz.

Outros sinais são:

  • Seios estão mais macios após as mamadas;
  • Bebê está relaxado e tranquilo;
  • Sucção foi nutritiva, ou o bebê engoliu o leite;
  • Há uma quantidade ideal de trocas de fraldas;
  • Bebê está ganhando peso.

Mamou, e agora?

Alguns cuidados são importantíssimos após as mamadas. São eles:

  • Não deite o bebê imediatamente depois da mamada;
  • Deixe o bebê na vertical, apoiado no ombro do cuidador e aguarde a eructação, ou o arroto;
  • Bebê não arrotou, mesmo depois de 15 a 20 minutos da mamada? Fique tranquilo, nem todas as mamadas serão seguidas da eructação. Passado o período, já pode deitar o bebê.

Cor do cocô do bebê: o que é normal?

Depois do mecônio (o primeiro cocô, que é num tom de verde escuro, quase preto), a coloração tende a ir clareando para tons mais claros de verde e até de amarelo.

“Um cocô tranquilo é aquele que traz as cores da bandeira do Brasil: de verde a amarelo, e podem ter alguns grumos brancos também”, explica Ortolani.

Sinais de alerta: cocô com sangue. “Em alguns casos é o sangue do mamilo que pode estar machucado, mas é sempre importante avaliar quando aparecer nas fezes. Outro sinal de alerta é quando o cocô, que já estava mais claro, volta a ficar bem escuro.”

Fralda de bebê: como trocar?

Primeiro passo: higienizar as mãos

Por mais que a ideia seja justamente sujar as mãos durante o processo, é importante que, antes da troca da fralda, o cuidador faça uma higiene adequada para evitar levar mais sujeira à área do bebê.

Segundo passo: limpar a região de dentro para fora

Com a ajuda de um algodão umedecido em água morna, o movimento é claro: de dentro para fora, tirando de perto da região perineal a sujeira.

E o lenço umedecido? É melhor evitar nos primeiros três meses de vida.

Terceiro passo: vire de lado o bebê

Na hora de higienizar as nádegas e a região perineal, vire o bebê delicadamente de lado. Nunca eleve os quadris pelas pernas, ok?

Quarto passo: seque o bebê

Depois de passar o algodão umedecido em água morna e retirar toda a sujeira, é hora de secá-lo. Para isso, use tecidos macios ou outro algodão, dessa vez seco.

Quinto passo: precisa de pomada?

Se houver indicação do profissional de saúde que atende o bebê, sim, podem ser usadas pomadas ou cremes. Do contrário, confira com o profissional antes de aplicar esses produtos, ok?

Sexto passo: colocando a fralda limpa

Além de limpa, é preciso se atentar ao posicionamento da fralda, para evitar vazamentos e ao tamanho apropriado.

Outro cuidado: a troca deve ser feita de forma rápida, especialmente se for em uma estação do ano mais fria. “Antes de trocar, é importante deixar tudo preparado: fralda nova, roupa, pomada, algodão, álcool 70%, água, etc”, explica Ortolani.

Coto umbilical: como cuidar?

A recomendação dos profissionais de saúde com relação ao coto umbilical são claras: em toda troca de fralda e após o banho, deve-se passar, com a ajuda de um cotonete, o álcool 70% na forma líquida. E isso vai além da limpeza!

“O álcool, além de higienizar a região, vai mumificar esse coto umbilical. E esse ressecamento faz com que haja o desprendimento do coto”, explica Fernanda Mendes, enfermeira especialista em Saúde Pública e Amamentação, e que também faz parte do Núcleo de Promoção à Saúde do hospital SEPACO, que é parceiro da Alice.

Entre 7 e 15 dias, o coto tende a desprender e cair.

Coto umbilical inflamado: sinais

  • Vermelhidão em volta do coto;
  • Inchaço;
  • Dor;
  • Secreção no umbigo.

“Pode ser que sangre, mas em pouquíssima quantidade e pontualmente, logo que cair. Mas, se sangrar mais do que isso, é preciso avaliação de um profissional de saúde”, reforça a obstetriz.

O que não fazer com o coto umbilical?

Não é recomendado o uso de fralda em cima do coto e nem moedas. Afinal, conforme explica Mendes, não é isso que vai garantir se o umbigo ficará para “dentro” ou para “fora” no bebê.

“O coto é uma ligação direta do bebê com a placenta. Por isso, a musculatura dele se separa para a saída desse cordão e, quando cai, a própria anatomia do nosso corpo faz com que a musculatura se una novamente. Se houver uma junção por completo, o umbigo fica para dentro. Se não fechar totalmente, o umbigo fica para fora. Não adianta colocar moeda, porque é uma junção feita de dentro para fora”, explica a enfermeira.

Hora do banho do bebê: quantas vezes por dia?

Bebês recém-nascidos não precisam de muitos banhos ao longo do dia. Um é mais do que o suficiente, segundo Mendes, e pode ocorrer depois das 24 horas após o parto.

Isso porque o bebê nasce com uma espécie de “pasta branca” ao redor do corpo, chamada de vérnix. Esta serve como um hidratante natural e é importante que o bebê tenha a chance de absorver essa substância.

Temperatura ideal e quantidade certa de água para o banho do bebê

Um passo importante para tornar o momento mais fácil e confortável é deixar todos os itens que forem necessários separados e preparados para o momento, como o shampoo, fralda, roupa, toalha, etc.

“Não há necessidade de usar nenhum outro produto além do shampoo que pode ser usado da cabeça aos pés”, explica Mendes, que também explica com relação à quantidade de água e temperatura ideias:

“A quantidade de água na banheira, caso essa seja a opção da família, é de cinco dedos. Já a temperatura, 36,5ºC a 37ºC. Quem não tem acesso a um termômetro, a medida ideal é colocar a região do punho no fundo da banheira e ter a sensação gostosa de uma água morna para quente, com a vontade de deixar as mãos lá.”

Banho do bebê: ordem certa

E a ordem de limpeza?

  1. Primeiro, o rosto do bebê, aproveitando que a água ainda está bem limpa.
  2. Cabelos e cabeça. Depois de limpos, é importante fazer a secagem dessas áreas antes de seguir para o restante do corpo, ok?
  3. Tronco, abdome, braços e mãos, área íntima, pernas e pés.

Banheira, chuveiro ou ofurô: qual é a melhor forma de dar banho no bebê?

A escolha depende da família, mas há diferentes opções para a hora do banho.

A banheira é a mais tradicional e, dentre os cuidados, vale deixar todos os itens que serão usados no banho próximos, bem como usar um apoio na banheira para o bebê.

Já o chuveiro pode ser uma oportunidade de contato pele a pele. Enquanto um cuidador segura o bebê sob a água – não precisa cair diretamente na pele do bebê, mas não há problemas se cair – o outro faz a higienização das partes íntimas.

No caso do ofurô, a água lembra o ambiente do útero, e pode ser um bom ritual noturno para acalmar antes de dormir.

Sono: quais as principais recomendações?

Não há regra única, já que o sono varia muito de bebê para bebê, e de família para família.

Mas algumas orientações gerais valem a todos:

  • Bebês devem dormir de barriga para cima, sempre, até os seis meses. Ou, se não for possível, levemente lateralizados.
  • Berços devem estar vazios, sem protetores, muitos cobertores, travesseiros ou bichinhos de pelúcia no início. Há um risco maior de sufocamento.
  • Toucas também devem ser evitadas, para evitar risco de acidentes.
  • Se o bebê não estiver em um ninho ou em um saco de dormir, o cobertor só pode ir até a linha do mamilo, e com os braços para fora.

E a cama compartilhada? Pode ser feita, mas alguns cuidados precisam ser tomados, como deixar o ninho com o bebê na mesma altura da cabeça/travesseiro dos pais. “Isso é cientificamente explicado: quando um adulto rola pela cama e se depara com algo na altura da face, ele se assusta e para. Se está na altura do corpo, é mais fácil confundir com uma coberta ou travesseiro”, explica Mendes.

O que significa o choro do bebê? Cabe a cada família descobrir

É isso! Bebês se comunicam pelo choro, e não há manual de instrução.

“Com o tempo, a família se adapta ao choro do bebê e vai percebendo o que cada um pode significar, se é sono, cólica ou fome. O importante é manter a calma e entender que o choro é a forma que o bebê tem de se comunicar”, explica a obstetriz.

Rede de apoio: para que serve?

É fácil confundir e achar que a rede de apoio servirá para os cuidados com o bebê apenas, mas Mendes explica que não é bem assim.

“A família, o núcleo familiar, por mais inseguro que estejam, vão dar conta dos cuidados com o bebê. É o trabalho extra que acaba pesando para a família, como o cuidado com a casa, a ida ao mercado, o levar o animal de estimação para passear, etc. E é aí que entra a rede de apoio”, explica.

Segundo a enfermeira, a rede de apoio precisa ser aquela pessoa (ou grupo de pessoas) que a família tenha confiança suficiente para pedir que faça uma compra no mercado por eles, limpe o banheiro, auxilie de alguma forma nas tarefas da casa que a família não dará conta de fazer após o nascimento. “É alguém que possa manter a rotina que a família já tinha, com algumas adaptações”, reforça.

Dúvidas sobre o bebê: onde recorrer?

Buscar informações de fontes confiáveis é o primeiro passo para tirar todas as dúvidas com relação à gestação, parto e após o nascimento – e há vários caminhos possíveis!

Um deles é o blog da Alice, que sempre traz informações baseadas nas evidências científicas, com entrevistas de profissionais de saúde qualificados.

Outro são os cursos para gestantes, ofertados por diferentes hospitais e maternidades, como a SEPACO, que é parceira da Alice.

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