Nossa missão é tornar o mundo mais saudável. Para isso, acreditamos no cuidado da saúde feito todos os dias e não só quando a pessoa fica doente. Mas atenção: cuidar da saúde de forma preventiva, nem sempre significa fazer muitos exames e checkups.
Por isso, resolvemos explicar, mais a fundo, para que servem realmente os exames: diagnosticar, prevenir ou preocupar?
Exames e a capacidade de diagnóstico
Por mais que o ditado diga “é melhor prevenir do que remediar”, na prática clínica não é bem assim.
A verdade é que são poucos os exames disponíveis que têm a real capacidade de diagnosticar precocemente uma doença de alto impacto, e que seja tratável. Isso faz com que muitos exames sejam feitos desnecessariamente.
Claro que a realização de exames durante avaliações médicas é de extrema importância, e é parte fundamental do acompanhamento clínico. Mas a lógica de seu uso nem sempre é compreendida, seja por pacientes, ou até mesmo por profissionais de saúde.
O que é um exame?
Mais do que um simples procedimento laboratorial ou radiológico, podemos classificar um exame como uma pergunta fechada para uma dúvida clínica.
Como assim? Pense comigo: perguntas abertas são aquelas que podemos responder com liberdade, com opções muito mais abrangentes do que um sim ou um não. Um exemplo para isso seria a pergunta: “Como você se sente?”.
Por outro lado, perguntas fechadas são aquelas que conseguimos responder diretamente com um “sim” ou “não”, ou mesmo utilizando opções oferecidas. “Você sente dor ao urinar?” é uma pergunta fechada e “sua dor é do tipo pontada, facada ou queimação?” também.
É isso que o exame faz. Por exemplo, “é uma fratura do tornozelo?”. A resposta deve ser sim ou não.
A funcionalidade do exame
Os exames costumam ser aplicados por dois motivos principais: para investigar uma suspeita clínica ou para investigar preventivamente sinais de doença precoce.
Isso porque quando a avaliação médica não é conclusiva sobre a origem de sintomas e sinais presentes em uma pessoa, o(a) médico(a) fica diante de uma incerteza clínica, porém com algumas hipóteses explicativas para o quadro identificado.
Os exames diminuem a incerteza e ajudam profissionais de saúde a se aproximarem de uma conclusão. Confirmando ou afastando suspeitas até um nível de probabilidade suficiente para que se possa tomar uma decisão mais assertiva.
Check Up: quando fazer?
Hoje em dia é muito comum que as pessoas procurem por consultas médicas com o único motivo de “fazer check-up”, resultando em pedidos médicos de uma bateria de exames
Porém, até hoje, não há evidências de que um exame clínico periódico (check-up) baseado no exame físico e numa bateria de exames laboratoriais e radiológicos seja capaz de identificar as pessoas com maior risco de adoecimento.
O check-up faz sentido se for para conhecer os hábitos, estilo de vida, fatores de risco e vulnerabilidades do paciente. Ou para acompanhar a recuperação de alguém que passou por um tratamento. Ainda assim, é preciso que estes exames sejam sempre seguidos de uma consulta para falar dos seus resultados.
Os resultados dos exames
Falando em resultados, devemos lembrar que todo exame está sujeito a erros e acertos. Existem exames podem ter resultados verdadeiros e falsos, sejam eles positivos ou negativos. Quem nunca ouviu falar no falso negativo, por exemplo?
Por isso, só é recomendado se fazer exames quando for realmente preciso e sempre acompanhado de uma consulta médica para avaliar os resultados {nada de pesquisar sem orientação na internet!}.
Além disso, exames desnecessários colocam em risco a saúde das pessoas não só porque levam a intervenções desnecessárias, mas também porque têm enorme impacto na nossa saúde mental, precisando ser seriamente avaliado.
O Papel da Atenção Primária
Uma das alternativas mais eficazes para combater o excesso de exames é o fortalecimento da Atenção Primária à Saúde, privilegiando as abordagens integrais, longitudinais e centradas em cada pessoa.
O cuidado constante com foco na saúde (e não só quando a pessoa fica doente), diminui a realização de exames redundantes e frequentes. É isso que uma gestora de saúde como Alice faz.
No caso caso, a atenção primária é feita pelo nosso Time de Saúde, que garante um acompanhamento constante e próximo de cada pessoa membra, permitindo que uma condição de saúde seja descoberta em seus estágios iniciais. O que, por sua vez, aumenta as chances de sucesso e as taxas de cura por meio de terapias mais simples e efetivas.
Afinal, o que importa aqui na Alice é apenas um resultado: você mais saudável a cada dia.
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