Um dos principais estudiosos brasileiros sobre felicidade no trabalho, Vinicius Kitahara afirma que, apesar de o tema ter se popularizado na pandemia, ainda falta trazer informação científica e dados para o debate.
“É o nosso trabalho sensibilizar, trazer relatórios, para as pessoas conhecerem que existe Ciência, que existem dados, que existem programas sendo realizados em empresas”, diz ele, formado em administração pelo Insper e fundador da Vinning, consultoria de felicidade corporativa, que já prestou serviços para o Google, Suzano, Deloitte e Renner.
Quer conhecer um pouco mais sobre o que ele pensa? Segue com a gente neste bate-bola!
Você acha que o tema felicidade no trabalho ainda é um tabu dentro das empresas? Por que?
Vinicius Kitahara: “Por causa da pandemia, o tema felicidade corporativa tem uma abertura muito maior do que já teve no passado. Nos últimos dois anos, a alta liderança começou a ver isso como prioridade. Todas as questões de saúde mental, depressão, ansiedade e solidão são dores que começaram a prejudicar o trabalho.
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Mas um dos tabus que a gente ainda quebra é a falta de informação sobre o tema.
Poucos estudaram sobre a Ciência da felicidade. Então, é o nosso trabalho sensibilizar, trazer relatórios, para as pessoas conhecerem que existe Ciência, que existem dados, que existem programas sendo realizados em empresas.
Todas as vezes que a gente traz conhecimento e informação aos gestores, eles comentam: ‘Nossa, eu nunca tinha ouvido dessa maneira. Assim faz sentido.’ É por que explicamos de uma maneira lógica, estruturada e com uma linguagem corporativa.”
Este é um tema que as pessoas trazem de uma maneira muito subjetiva, muito filosófica. O que é felicidade corporativa pela ótica da Ciência?
Vinicius Kitahara: “Olha, é bom a gente pegar as pesquisas já existentes sobre o assunto. O Tal Ben-Shahar foi o professor de Harvard que popularizou o conceito de ciência da felicidade. O curso mais assistido de Yale, o mais popular dos 300 anos da universidade, é o curso de felicidade da Laurie Santos.
A conclusão da pesquisa feita pelo Robert Waldinger – a mais extensa sobre o assunto – é que os fatores que mais contribuem para nossa felicidade de longo prazo são os bons relacionamentos, de qualidade e confiança.
E a gente percebe que, no geral, o mundo corporativo não cria programas para gerar conexões entre as pessoas, conhecer as histórias.
A gente sabe que cada um tem uma trajetória, um perfil, um sonho diferente, e a gente precisa colocar isso como pauta dentro das empresas.”
Onde as empresas ainda erram quando o assunto é felicidade no trabalho?
Vinicius Kitahara: “Eu tenho um mantra: ‘Felicidade tem que estar na agenda’. Se não estiver, não tem resultado. O segundo erro é a falta de conhecimento. E aí, vou falar de uma das nossas metodologias.
Metodologia Triple A (AAA), de Vinicius Kitahara
- Agendar (falar sobre felicidade);
- Aprender (obter conhecimento e repertório);
- Ampliar o impacto (fazer com que as pessoas disseminem e apliquem esse conceito no dia-a-dia).
Quando você faz isso repetidamente, você cria uma cultura. Cultura corporativa é isso.
A pandemia mostrou a importância da felicidade e abriu essa janela de oportunidade para o aprendizado. E quem antes aprender, se torna um líder mais humano e inspirador.
Outro erro que as empresas cometem é achar que têm que escolher entre produtividade ou felicidade, este é um erro comum. Elas acham que precisam abrir mão do resultado para deixar as pessoas felizes. Isso é um erro de premissa. Tem uma pesquisa do professor Shawn Achor, publicada no ‘O Jeito Harvard de Ser Feliz’, que fala que a fórmula está errada. Muitas pessoas acreditam que primeiro eu busco sucesso para depois buscar felicidade. E a pesquisa dele provou que, ao investir primeiro em felicidade, aquilo ajuda você a ter mais sucesso. Quando a pessoa tá bem, com energia, tá motivada, ela performa melhor. Então, investir na felicidade é um caminho para obter mais sucesso, engajamento e performance.”
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Você acha que felicidade e saúde andam lado a lado?
Vinicius Kitahara: “Felicidade e saúde andam lado a lado, de mão dadas, elas se abraçam, estão extremamente conectadas. Quando a gente não tem saúde, a gente não pode realizar os nossos sonhos. Então, cuidar da saúde, prevenir, fazer uma gestão do cuidado da saúde física e mental, é o futuro.”
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