A Alice nasceu com a missão de tornar o mundo mais saudável. Sabemos que a jornada é longa, mas a boa notícia é que acabamos de ganhar um reforço incrível: a partir de hoje, o time da Cuidas, startup focada no uso da atenção primária para clientes corporativos, passa a integrar a Alice.
Abaixo, publicamos a carta aberta que seus fundadores enviaram ao time a propósito desta aquisição. Detalhes sobre esse capítulo tão importante da história que estamos construindo juntos aqui na Alice podem ser encontrados aqui.
Aos Cuiders que viraram Pitayas
“164 milhões de brasileiros, mais do que 3/4 da população brasileira tem o SUS como sua única opção de assistência em saúde.” – Quem já nos ouviu falar sobre o porquê escolhemos trabalhar com saúde, especificamente com atenção primária, entende que o nosso verdadeiro sonho de impacto a longo prazo sempre foi o de democratizar o acesso à assistência em saúde de qualidade (resolutiva, engajadora e encantadora) em pelo menos escala nacional. Inclusive, quando começamos a Cuidas, optamos por começar pelo B2B para construir uma força de marca e eventualmente captar rodadas de investimento maiores que nos permitiriam pagar o CAC (custo de aquisição de clientes) do B2C. Apesar dessa decisão estratégica, sabemos que nosso coração sempre esteve mais do lado dos cuidados que temos com os nossos usuários; temos um time apaixonado por impacto social e melhorar a saúde das pessoas de forma personalizada e eficaz nos traz um forte senso de realização.
Apesar de termos vivenciado tanta coisa juntos nos últimos 3 anos e meio, sabemos que estamos apenas no começo. Talvez no começo do começo. De operações de atendimento presencial a um demográfico mais humilde em dezenas de padarias em São Paulo, a ambulatórios dentro de grandes empresas no Itaim Bibi, à digitalização de 100% da nossa jornada durante a pandemia, à pivotagem de foco de PMEs para Enterprises, à captação de duas rodadas de investimento, à atração e retenção de talentos incríveis e engajados com o nosso propósito – wow, nossa jornada tem sido no mínimo incrível. Realmente não faltaram desafios ou oportunidades até aqui. Mas apesar da quantidade e intensidade do que já vivenciamos, é muito pouco comparado ao que ainda temos pela frente se somos genuínos e firmes no nosso sonho de impacto em escala nacional.
Temos aprendido algumas grandes lições nessa nossa primeira jornada como empreendedores. Talvez a principal delas seja que a variável “pessoas” é a maior determinante no sucesso ou fracasso de uma healthtech, mais do que o setor, a tecnologia, a competição, etc. Outra lição importante é que as startups que crescem mais rápido e são mais bem sucedidas são aquelas que têm ciclos rápidos de aprendizado; tomar riscos dentro de um ambiente de segurança psicológica, errar rápido, ter humildade e pragmatismo para reconhecer o erro rapidamente e já iterar no ciclo de teste e aprendizagem.
Há 2 meses, conhecemos o time da Alice. Um time incrível que, sem saberem ou perceberem, nos lembraram exatamente dessas duas grandes lições. Empreendedores muito experientes, de alta performance, que nos mostraram um plano brilhante de como impactar aqueles 164 milhões de brasileiros que tanto falamos. Ao começar desenvolvendo um produto incrível, focado em atenção primária, foram capazes de chegar a R$ 45 milhões de ARR em apenas 15 meses de operação, cresceram de 500 para 5000 membros em 12 meses, o que lhes permitiu captar grandes rodadas de investimento, incluindo o maior Series B da história de healthtech do Brasil, e portanto também atrair e reter os melhores talentos do mercado. Capitalização e Pessoas/Talentos são justamente as munições necessárias para seguir desenvolvendo produtos de saúde cada vez mais acessíveis financeiramente até que consigamos chegar a impactar aqueles brasileiros que hoje não podem ter um plano de saúde. A cada novo talento deles que conhecemos, ficamos mais admirados e impressionados com o time que eles já construíram e seguem construindo.
Um dos nossos 5 valores é a Audácia. Muitos já me ouviram falar de maneira sempre apaixonada sobre esse valor: se passamos a maior parte das nossas horas acordados dedicando os anos mais produtivos das nossas vidas a esse projeto profissional, o que faz essa dedicação de tempo, energia, foco e de vida valer a pena? Temos muito claro que pra toda essa dedicação valer a pena, estamos aqui para construir nada menos que uma das maiores empresas de saúde do Brasil. Estamos aqui para redefinir a cultura de cuidado e autocuidado no Brasil. Estamos aqui para promover mais acesso à assistência à saúde de qualidade. Um amigo da Cuidas é conhecido por aí por dizer frequentemente que “Sonhar grande e sonhar pequeno dá o mesmo trabalho”. Estamos aqui para sonhar grande, sempre. Sendo coerentes com (i) a nossa audácia, (ii) o nosso compromisso de impacto social em saúde a nível nacional, (ii) estarmos com os melhores talentos do mercado para executar esse sonho e (iii) sermos pragmaticamente humildes para rapidamente reconhecer erros e oportunidades, iterando mais rápido para atingir o sonho mais rápido, decidimos unir esforços com o time da Alice e tornar-nos um só time de Pitayas.
Ao longo dos últimos 2 meses, os cofundadores da Cuidas e da Alice se dedicaram a aprender tudo o que poderiam sobre a outra parte – e ficamos abismados com as semelhanças entre as coisas que construímos e entre as nossas maneiras de pensar. Nossa cultura e valores são semelhantes, assim como nosso sonho e visão de impacto a longo prazo é o mesmo. Nossos 3 pilares – atenção primária, tecnologia e experiência – conversam diretamente com a estratégia de produto deles. Sem contar que nossos modelos assistenciais são muito parecidos. Na complementaridade, entendemos que estamos nos juntando a sócios que conhecem bem o caminho das pedras para a construção de uma das maiores e mais influentes healthechs da America Latina, vide a jornada que muitos deles tiveram na 99Táxis até a sua venda. Nós, co-fundadores da Cuidas, André, Matheus e Gui, co-fundadores da Alice, decidimos que é hora de unir em vez de dividir esforços. E estamos verdadeiramente emocionados com esse momento. E estamos exageradamente empolgados de agora sermos parte do time brasileiro que tem as maiores chances de democratizar o acesso à saúde de qualidade. Juntos, vamos chacoalhar esse sistema de saúde caótico que temos hoje. Vamos, juntos, provar ao Brasil que é possível entregar um melhor equilíbrio entre acesso e qualidade em saúde.
Com muita vontade de fazer acontecer,
João Henrique Vogel e Deborah Alves