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Exame ergométrico: o que é e quando fazer?

Amanda Milléo
| Atualizado em
7 min. de leitura
exame ergométrico

exame ergométrico

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Decidiu deixar a vida sedentária para trás e ser fisicamente mais ativo? Boa ideia! Dependendo do tipo de exercício que escolher, e alguns detalhes da sua saúde, talvez seja necessário passar pelo exame ergométrico – ou não! 

O exame, também chamado de teste de esforço físico ou de estresse cardíaco, avalia como o coração se comporta quando o corpo é submetido a um exercício físico. E isso é feito com a ajuda de uma esteira ou uma bicicleta ergométrica, cuja velocidade e inclinação vão aumentando até atingir o limite de cada um.

Pela quantidade de gente que se submete a ele, pode até parecer que o exame é obrigatório, mas as diretrizes atuais das entidades de referência detalham quais são as melhores indicações. 

Quando o teste de esforço é indicado?

Os principais motivos que levam à indicação do exame ergométrico são: 

  • Diagnosticar doenças cardiovasculares;
  • Prevenir doenças cardiovasculares em casos suspeitos;
  •  Início de exercícios de alta intensidade.

“O teste ergométrico é indicado se a pessoa planeja fazer um exercício de alta intensidade ou se o profissional de saúde quer usá-lo como ferramenta de diagnóstico em pacientes com fatores de risco para doença cardiovascular ou que apresentam sintomas, como cansaço ou dor na hora do treino, por exemplo”, explica Fernando Ribas, médico cardiologista da Comunidade de Saúde da Alice.

Se a pessoa pretende fazer exercícios mais leves, o exame pode não ser necessário. Isso não exclui a necessidade de uma avaliação de saúde, que vai analisar os fatores de risco, como as doenças crônicas (diabetes e hipertensão), colesterol alterado, histórico de doenças cardiovasculares, idade, hábitos como tabagismo, entre outros.

A avaliação é uma etapa importante para prevenir situações de risco e tragédias como a do empresário João Paulo Diniz, que morreu aos 58 anos após uma competição esportiva. 

No caso do uso do teste para diagnóstico de doenças cardiovasculares, os profissionais de saúde devem ter alguma suspeita, seja por conta de sintomas relatados pela pessoa ou do histórico de saúde familiar, com casos de infartos ou doenças cardíacas. 

Se a pessoa não tiver nenhum fator que indique risco {e não estiver planejando fazer exercícios físicos de alto impacto}, o exame pode ser desnecessário, de acordo com as recomendações da Força-tarefa norte-americana para Serviços Preventivos (grupo de especialistas da atenção primária de saúde dos Estados Unidos que compila os resultados dos estudos clínicos e serve de guia para os profissionais de saúde na escolha dos exames de rotina).

Segundo eles, o exame não deve ser usado de rastreio para a prevenção de eventos cardiovasculares em adultos assintomáticos e com baixo risco para essas situações. 

Os profissionais de saúde destacam ainda que as evidências científicas atuais não são suficientes para avaliar os benefícios e os riscos do rastreamento feito pelo exame mesmo em adultos sem sintomas e com risco intermediário ou alto para eventos cardiovasculares. Ou seja, mais estudos ainda precisam ser feitos antes de chegar a uma conclusão neste caso.  

“Muitas vezes fazemos o exame para verificar como os pacientes com diagnóstico de alguma condição, como uma doença valvar [das valvas do coração], se comportam sob esforço físico. As informações do teste são úteis para descobrir se as alterações repercutem no sistema cardiovascular a ponto de precisar ser tratado com alguma cirurgia, por exemplo”, detalha Ribas, sobre uma terceira indicação.

Qual a frequência ideal para a realização do exame ergométrico?

Entre as pessoas com indicação de passar pelo exame ergométrico, não há uma frequência ideal para repetir o teste, segundo o cardiologista. “Na maioria das vezes, se a pessoa se mantém ativa e sem sintomas, não precisa repetir. Mas, se estiver monitorando uma doença, pode fazer a cada dois anos”, explica Ribas. 

No caso da hipertensão, que é uma das condições mais comuns, não há necessidade de fazer o exame com frequência. “Mas, se a pessoa tiver uma doença coronariana instalada, aí sim é importante repetir e monitorar com mais regularidade.”

A médica do esporte Taline Costa, da Comunidade de Saúde da Alice, lembra que fazer exames de forma indiscriminada também aumenta o risco de ter mais resultados falsos positivos. “A pessoa apresenta uma alteração que parece indicar uma doença cardiovascular, mas na realidade não é. Isso acaba  afastando-a dos esportes, dos exercícios e ela passa por mais exames desnecessários e caros. Sem falar na preocupação desnecessária, com danos para a saúde física e mental”, detalha. 

Como o teste ergométrico é feito?

Quem já experimentou correr {mesmo que seja só atrás do ônibus} sabe que o coração dispara na tentativa de entregar mais sangue para todo o corpo. E é exatamente esse o objetivo do exame ergométrico, para avaliar o trabalho do órgão, além de verificar como está a circulação sanguínea e encontrar qualquer problema nesse percurso.

Com a ajuda de uma esteira ergométrica e de eletrodos {adesivos condutores de um circuito elétrico} colados em diferentes pontos do tórax, a pessoa começa o exame caminhando a uma velocidade baixa. Aos poucos, a velocidade vai aumentando, até que atinja a exaustão ou que os profissionais de saúde identifiquem alguma alteração importante no caminho. 

“Durante o exame, monitoramos o batimento cardíaco, o traçado eletrocardiográfico e a pressão arterial. Com isso conseguimos diagnosticar diversas alterações, desde uma doença coronariana, o risco de infarto e até o surgimento de arritmias desencadeadas por esforço físico, o que pode representar um risco para a pessoa”, explica Ribas. 

Vale lembrar que as artérias coronárias são as responsáveis por levar o sangue com muito oxigênio para o músculo do coração. E as arritmias são alterações do ritmo cardíaco normal. 

O teste do esforço dura de 15 a 20 minutos e pode ser feito também em uma bicicleta ergométrica – embora seja mais comum na esteira. 

“Quem vai passar pelo teste não pode se esquecer de se alimentar bem e usar roupas adequadas para corrida, como tênis confortável, shorts e camiseta. Do contrário, pode interferir no desempenho e no resultado”, lembra Ribas. 

Máscara na esteira? Esse é outro teste

O teste ergométrico não é o único exame a ser feito em uma esteira. As pessoas que precisam passar pelo teste cardiopulmonar usam, além dos eletrodos, uma máscara que avalia os gases respiratórios. 

De acordo com Taline Costa, médica do esporte, esse exame é mais solicitado aos atletas profissionais ou pessoas com doenças cardíacas mais complexas. “Se a pessoa tiver uma suspeita de isquemia do coração [quando o coração não recebe sangue suficiente], esse teste mostra muito bem os limiares em que ela pode treinar sem colocar em risco a saúde cardiovascular”, exemplifica. 

Contraindicações do exame ergométrico 

Segundo Ribas, as contraindicações do exame ergométrico são direcionadas a dois grupos, principalmente: 

  • Pessoas que sentem dor ao mínimo esforço físico, seja dor no peito ou mesmo a falta de ar, que impede a prática do exame; 
  • Pessoas com problemas ortopédicos que impedem uma locomoção na esteira, como idosos com problemas de quadril ou joelho, por exemplo.

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