Quem nunca foi acordado no meio da noite com alguém roncando é privilegiado, sim.
Afinal, cerca de 40% da população ronca, de acordo com dados da Associação Brasileira do Sono, e o incômodo piora com o passar do tempo, se nada for feito {mas há muito que pode ser feito, tá?}.
O que é o ronco?
Ronco é o barulho que surge da passagem do ar pelas nossas vias aéreas superiores, em geral durante a inspiração.
O ruído se forma quando há um estreitamento dessas vias ou quando há uma maior resistência delas à passagem do ar.
Isso significa que todo ronco indica uma condição ou doença? Não necessariamente, segundo explica Fernanda Zanatta, médica de família e comunidade da Alice.
“Quando dormimos, há um relaxamento dessas vias, o que por si só já causa um estreitamento e o aumento da resistência das mesmas”, afirma.
Segundo o Ministério da Saúde, um ronco considerado normal é aquele discreto, com um ressonar suave, e pode aparecer quando dormimos de barriga para cima {que não é a posição mais indicada, já que virar de lado e deixar um travesseiro entre as pernas e outro apoiando a cabeça mantém o corpo alinhado na hora de dormir}.
Com a barriga para cima, a língua tende a ir para trás da garganta, dificultando a passagem do ar e gerando o ruído.
Pessoas com sobrepeso, dificuldade respiratória, como rinite ou sinusite, refluxo gastroesofágico, que fumam ou têm problemas na arcada dentária são mais suscetíveis ao ronco.
Aos adeptos do vinho ou cerveja antes de dormir, fica o alerta: a probabilidade de roncar depois de tomar bebidas alcoólicas aumenta (mesmo entre quem não ronca normalmente) já que o ato favorece o relaxamento extra das vias aéreas.
Quando se preocupar com o ronco?
O ronco pode ser esporádico, sem um frequência clara e, portanto, sem prejuízo para a pessoa ou aos familiares que dormem sob o mesmo teto, segundo Zanatta.
Sendo assim, quando o ato de roncar deve ser motivo de preocupação?
Quando ele começar a ser mais frequente e mais alto que o habitual e, principalmente, quando vier associado às apneias (pausas na respiração), gerar sonos agitados, que não são reparadores e que causam mais sonolência durante o dia.
Nesses casos, o ronco pode ser um sintoma de doenças mais graves, como a síndrome da apneia obstrutiva do sono (SAOS).
O que é a apneia obstrutiva do sono?
O nome é bem explicativo, e a principal característica da síndrome da apneia obstrutiva do sono é a obstrução das vias aéreas que acabam por levar à apneia, ou essa interrupção na respiração durante à noite.
Segundo o Ministério da Saúde, as apneias levam cerca de 20 segundos, mas podem chegar a até 2 minutos, além de se repetirem em vários momentos da noite.
“A apneia obstrutiva do sono é mais comum em homens e acomete em torno de 5% da população geral e 30% de indivíduos acima dos 50 anos de idade. A SAOS é fator de risco importante para doenças cardiovasculares e acidente vascular cerebral (AVC)”, destaca o órgão.
Riscos da apneia do sono e do ronco para a saúde
- Sonolência durante o dia, que pode levar a acidentes;
- Dificuldade para se concentrar;
- Aumento na pressão arterial;
- Doenças cardíacas.
Estas são algumas das consequências em manter o ronco e a apneia sem tratamento adequado.
Como parar de roncar imediatamente?
O melhor tratamento para acabar com o ronco vai depender dos motivos que levaram a ele.
Se for um problema na arcada dentária, por exemplo, a condição precisa ser tratada para aliviar o incômodo. No caso de doenças respiratórias, como as viroses, que podem levar ao congestionamento das vias aéreas – e também gerar o ronco –, uma opção é a lavagem nasal.
Mas, de forma geral, alguns hábitos e condições estão associados ao maior relaxamento das vias aéreas – e podem ser evitados ou melhorados. São eles:
- Sobrepeso ou obesidade;
- Consumo de bebidas alcoólicas;
- Deitar de barriga para cima;
- Usar medicamentos sedativos;
- Rinite alérgica descompensada;
- Hipertrofia das adenoides (“carne esponjosa” localizada atrás das cavidades nasais e acima do céu da boca).
Controlar o peso, e evitar o consumo de álcool e do cigarro, assim como as medicações sem prescrição, são medidas protetoras contra o ronco. Vale ainda dormir de lado, com travesseiro e colchão adequados, e controlar condições crônicas, como a rinite”, orienta a médica.
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