Ir a uma consulta médica ou a um hospital não costuma ser o programa preferido das crianças. Muitas vezes essas visitas acontecem quando os pequenos não estão no seu melhor momento e podem ser acompanhadas de injeções ou medicamentos.
“Fato é que ninguém gosta de ser furado, afinal, dói mesmo. E ser examinado exige confiança, uma vez que ficamos expostos e vulneráveis”, diz Amanda Monteiro, pediatra da Alice.
A médica defende que ajudar os pequenos a superar o medo de ir ao médico é algo que pode ser feito no dia a dia, não só na hora de tirá-los de casa.
Preparando a criança para a consulta ou o exame
O cuidado à saúde pode fazer parte do mundo da criança desde cedo, como forma de explicar sua importância e aliviar a tensão.
Uma sugestão é oferecer kits médicos de brinquedo para que a criança se familiarize com os instrumentos e possa fazer o papel tanto de paciente como de profissional de saúde.
Aproveite para nomear os objetos mais comuns nos consultórios e dizer para o que cada um deles serve. “Assim, a criança irá observar tudo pelo que passará antecipadamente e poderá fazer perguntas. Isso a deixará com uma sensação de maior controle sobre a situação”, explica Monteiro.
Ainda no dia a dia, nada de fazer comentários que associem idas ao médico com castigo, como “se você se comportar mal, vão te dar uma injeção”. Cuidar da saúde não é uma punição.
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O que fazer na hora do procedimento ou consulta
Quando chegar a hora de sair de casa para o evento em si, tenha paciência e converse bastante. A pediatra Amanda Monteiro defende que as crianças devem ser preparadas para o que está para acontecer — isso também vale para os bebês que ainda não falam.
Vale contar o motivo da consulta ou procedimento e as vantagens de cuidar da saúde. “As crianças adoram histórias e, quando se sentem parte de seu próprio cuidado, colaboram muito mais com a situação.”
“E não há porque mentir, dizer coisas como ‘não vai doer nada’, porque a criança precisa saber que pode confiar em você e que você valida o que ela sente”, ensina a pediatra.
O resultado é a previsibilidade: os pequeninos se sentirão mais seguros e tranquilos ao entenderem o que está por vir.
Já na hora do procedimento, nada de cara de pena ou chororô, ok? Essa é a hora de transmitir segurança.
“Os pais e cuidadores devem estar seguros com a situação, mostrando para a criança que estão ao seu lado durante todo o processo, que confiam naquele profissional. Isso demonstra que eles têm controle sobre a situação”, aconselha Monteiro.
A missão da Alice é tornar o mundo mais saudável, e isso inclui as crianças.
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