Até pouco tempo atrás, na hora de decidir entre as ofertas de vagas das empresas, as pessoas comparavam a remuneração – e ponto.
Mas isso tem mudado muito, explica Lucas Fernandes, líder de gente e gestão da Caju, empresa de tecnologia especializada em benefícios e soluções para RH.
“Hoje, as pessoas querem realmente entender como funcionam os benefícios (oferecidos pelas empresas)”, explica.
Veja abaixo as principais dúvidas que o time de RH precisa ter na ponta da língua para responder ao colaborador.
Flexibilidade no trabalho
É presencial ou remoto? O escritório tem fácil acesso ao transporte público? Se for híbrido, são quantas vezes por semana? Tem flexibilidade ou são dias fixos? Por que a empresa optou por esse modelo?
Mesmo não prevista em lei, a flexibilidade do trabalho é um benefício que tem sido muito procurado pelas pessoas até para considerar uma eventual mudança de emprego, diz o gestor da Caju.
Modelos híbridos, que permitem que o colaborador escolha entre trabalhar de casa ou no escritório, têm sido muito demandados – e, claro, alvo de muitas dúvidas, que precisam ser respondidas de forma bastante clara e transparente para evitar ruídos e eventuais frustrações.
Na Caju, o modelo de trabalho adotado é o remote-first {assim como na Alice}, ou seja, remoto em primeiro lugar.
A empresa tem um escritório, que pode ser utilizado pelos colaboradores, mas as pessoas trabalham essencialmente de forma remota – e todos os processos são ajustados para que funcionem neste formato.
Esse modelo facilita bastante na parte de contratação, por permitir que a empresa tenha pessoas de todo o Brasil, o que amplia ainda a diversidade da equipe, explica o gestor.
De acordo com Fernandes, nos modelos híbridos ou remotos, outra dúvida que sempre aparece é se existe algum auxílio de custeio para gastos com conta de luz e internet e se a empresa fornece os equipamentos para montar uma estação de trabalho em casa.
Funcionamento do vale alimentação
Outra questão frequente dos colaboradores é sobre os vales alimentação e refeição. O gestor da Caju explica que muitos trabalhadores costumam levar dúvidas sobre os estabelecimentos onde são aceitos e, principalmente, sobre a flexibilidade no uso.
A Caju, por exemplo, é uma empresa de tecnologia especializada em benefícios, que busca dar maior flexibilidade à gestão dos recursos e autonomia para o funcionário.
A empresa reúne em um único cartão {da bandeira Visa} várias categorias de benefícios. Mensalmente, o funcionário recebe um determinado valor e consegue distribuí-lo como quiser, por meio de um aplicativo, para alimentação, refeição, mobilidade (combustível, transporte público e pedir carros por apps) e até para pagar cursos, contas de consumo, assinar serviços de streaming, ir ao cinema e usar em farmácias.
“O legal do cartão é que o funcionário não precisa ficar checando se o estabelecimento é cadastrado na rede credenciada”, explica Fernandes – ele pode ser usado nos 2 milhões de lugares que aceitam Visa.
“Esse é um grande diferencial que tem levado muitos gestores de RH a procurar a Caju”, diz Fernandes.
Cobertura do plano de saúde
Fernandes explica que uma das principais questões trazidas ao time de People é sobre como as empresas cuidam da saúde dos colaboradores.
Os funcionários querem entender como é a cobertura e todos os outros benefícios disponíveis.
Essa sempre foi uma das dúvidas mais frequentes, mas, nos últimos tempos, principalmente depois de o burnout ter sido reconhecido pela OMS (Organização Mundial da Saúde) como doença ocupacional, a saúde mental deixou de ser apenas um detalhe nas conversas sobre planos.
O gestor da Caju explica que o RH precisa conhecer os detalhes de como são os cuidados nesta área, principalmente de forma preventiva.
“Buscamos muito o apoio de empresas parceiras como a Alice para explicar a proposta de valor de determinado benefício”, diz ele.
A Alice acaba de lançar um plano voltado para colaboradores de empresas, no qual cada funcionário tem acesso ao Time de Saúde, com profissionais responsáveis por coordenar o cuidado de acordo com as particularidades de cada pessoa, com foco em atenção primária.
Além disso, a Alice para Empresas traz também outras duas grandes inovações para o mercado: um teto de reajuste e o Score Magenta, metodologia científica própria para monitorar a evolução de saúde dos funcionários.
Práticas de inclusão e impacto social
Funcionários também têm buscado o time de People cada vez mais para saber se os planos de incentivos das empresas promovem a inclusão.
Um exemplo é a licença-paternidade: por lei, são cinco dias de afastamento, mas, segundo o gestor da Caju, já existem empresas concedendo até um mês.
“Isso começa a trabalhar o conceito de parentalidade de forma diferente, estendendo o papel ao homem. Os colaboradores procuram saber o que a empresa está oferecendo de benefício para ajudar na dinâmica familiar.”
Muitas companhias também estão apoiando a troca de nome social no caso de pessoas trans.
“As pessoas estão vendo cada vez mais que as empresas têm um papel social importante e vêm percebendo de maneira muito forte o modo como elas se posicionam em relação às práticas de equidade social e equidade de gênero. Isso melhora a reputação, inclusive entre os funcionários.”
Desenvolvimento de carreira
Outra dúvida relevante, ressalta Fernandes, é sobre a perspectiva de crescimento dentro da empresa.
“O que eu costumo fazer é trazer alguns exemplos reais”, diz ele. “(Para o colaborador) É importante analisar a trajetória das pessoas na companhia e entender como elas se desenvolveram.”
Na Caju, o gestor explica que, quando ele e seu time recebem perguntas sobre esse tópico, eles conectam o colaborador a pessoas que já estão na empresa há mais tempo, para que elas compartilhem suas histórias pessoais.