Plano de Saúde

VBHC: tudo sobre o modelo de saúde baseada em valor

A Alice é pioneira em VBHC no Brasil, um modelo transformador que remunera os serviços de saúde pela qualidade, e não quantidade. Entenda como funciona e os benefícios.

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Atualizado em 8/9/2022.

Value-Based Healthcare: você já ouviu falar nesses termos em inglês? Numa tradução livre, podemos chamar de saúde baseada em valor ou em resultado

De maneira bem resumida, significa remunerar os serviços de saúde de acordo com sua qualidade, e não com a quantidade. Parece revolucionário, né? E é! Vamos explicar por quê. 

Para facilitar a vida – a de quem escreve e a sua –, daqui pra frente vamos tratar do termo por sua sigla: VBHC.

O que é VBHC?

O VBHC fica mais fácil de ser entendido se a gente começar te explicando como é o modelo tradicional. 

De forma resumida, o modelo mais comum no mercado, o chamado de fee for service (em tradução livre, taxa por serviço), remunera médicos e hospitais de acordo com a quantidade de procedimentos realizados, o que nem sempre significa mais qualidade para o paciente. É o caso de uma pessoa que ficou internada por mais tempo do que o previsto inicialmente por causa de uma complicação. Aí podem entrar mais diárias de internação, mais exames, medicamentos e procedimentos em geral.

Já no modelo VBHC, a remuneração é variável e proporcional à qualidade do atendimento ou do procedimento realizado {e não à quantidade!}. E isso é mais justo tanto para quem paga (no caso as operadoras de saúde) quanto para quem recebe (os profissionais da saúde e hospitais). 

E o mais importante: esse modelo é bom para as pessoas, já que evita pedidos de exames ou procedimentos desnecessários.

Por isso, na prática essas quatro letras representam uma enorme transformação no cenário da saúde no Brasil.

O conceito de VBHC foi proposto em 2006 por Michael Porter, economista da Escola de Negócios de Harvard, que introduziu a ideia de que os sistemas de saúde devem focar em entregar o melhor resultado em saúde com a melhor experiência para a pessoa – seja em uma consulta simples ou em uma internação hospitalar.

“No modelo atual, não conseguimos nos certificar se entregamos saúde às pessoas. Não existiam indicadores ou métricas que quantificassem a entrega de saúde. O VBHC traz a necessidade de definir esses indicadores com transparência”, explica Mario Ferretti, diretor médico da Alice.

VBHC na Alice

A Alice é pioneira em VBHC no Brasil –sim, estamos falando do primeiro modelo efetivo de saúde baseada em resultados do país! 

O tema já era discutido fazia tempo, mas implementá-lo requeria recursos e tecnologia.

Para deixar esse papo mais simples, vamos apresentar os quatro pilares sobre os quais a Alice atua dentro do seu modelo de VBHC e que norteiam seu negócio. São eles:

  1. Modelo de remuneração com alinhamento de incentivos
  2. Integração de Dados
  3. Integração Assistencial
  4. Integração Operacional

1. Modelo de remuneração com alinhamento de incentivos

A regra aqui é clara: qualidade é mais importante do que quantidade! O reconhecimento financeiro precisa estar atrelado à qualidade.

Na Alice, o modelo de remuneração deve ter dois componentes, um fixo e um variável. A remuneração fixa por condição ou por vida elimina o incentivo da realização de serviços desnecessários. 

Além disso, a Alice prevê a mensuração de indicadores objetivos de qualidade (que se referem a desfecho clínico e experiência) e aderência (que diz respeito ao alinhamento aos protocolos clínicos baseados em evidência), que irão compor a componente variável.

“Não existe VBHC se não houver mensuração de qualidade. Apesar de termos os melhores parceiros, também estamos construindo incentivos financeiros para que eles entreguem o melhor cuidado”, explica Gabi Brazão, diretora da Comunidade Médica Alice.

2. Integração de dados

Integração significa a organização digital de todas as suas informações de saúde.

Na Alice, a saúde anda de mãos dadas com a tecnologia. Dentro do conceito de VBHC, isso significa que a integração de dados vai tornar o atendimento ainda melhor e mais ágil. Esses dados incluem todo o histórico de saúde do membro, como interações com o Time de Saúde, exames, resumo de alta do pronto-socorro e de internação. 

Neste pilar, os dados clínicos são integrados com nossos parceiros justamente para entregar o melhor cuidado para nossos membros. Quando a pessoa chega em um especialista ou ao hospital, não precisará repetir toda sua história, já que o médico já recebe de antemão o caso do membro.

A mesma coisa acontece quando a pessoa sai do especialista ou do hospital: a Alice entra  em jogo para monitorar o pós e incentivar a pessoa a seguir o que foi pedido pelo médico.

3. Integração assistencial

O que isso significa na prática? Se um membro Alice precisar de internação, o Time de Saúde, junto com o hospital, é responsável pela admissão da pessoa no hospital, bem como pela assinatura da alta.

Ou seja: médicos dedicados à sua saúde em todas as etapas! 

“Vamos garantir que membros Alice sempre sejam cuidados por equipes integradas com o Time de Saúde”, conta Mario Ferretti. 

“Dessa forma, não só o cuidado será pautado em evidência científica como também será alinhado com o time da pessoa, sem perda de informação ou de personalização. Além disso, estamos construindo um fluxo em que nossos membros sempre serão internados por médicos do Time de Saúde da Alice. Ou seja, é alguém que o conhece bem e que irá acompanhar toda sua jornada, inclusive no pós”, complementa Gabi.

4. Integração operacional

Integração Operacional: mais agilidade e eficiência, menos burocracia.

“Construímos com os nossos parceiros processos muito mais simples e ágeis de autorização, eliminando qualquer fricção. Se o membro precisa de cuidado, ele precisa ter o cuidado o mais rápido possível”, conta Gabi. 

Isso significa que, com a Integração Operacional, a Alice vai dar fim à burocracia para aprovar procedimentos, cirurgias e internações. Se um membro precisar de internação, a autorização acontece de forma automática, sem espera ou preenchimento de papelada. 

Como a Alice é uma gestora de saúde, tudo o que fazemos tem como foco o cuidado e a entrega de um atendimento realmente personalizado a cada membro. E com o VBHC, não só praticamos tudo isso, como somos capazes de medir o resultado através da sua saúde {que precisa estar sempre em dia}. 

Tudo isso só é possível a partir da nossa tecnologia proprietária, que permite a interconectividade entre todos nossos parceiros. 

Quem mais ganha com tudo isso: os membros Alice, ao saberem que existe um sistema inteiro olhando para a sua saúde {e não só a sua doença}.

Indicadores de Saúde

Como explicamos, o modelo de Value-Based Health Care é baseado na entrega de bons indicadores de saúde. São esses critérios que irão definir a remuneração variável dos nossos parceiros – tudo com o objetivo de entregar o melhor cuidado para os nossos membros. 

Para você entender melhor, na Alice esses indicadores foram divididos da seguinte forma:

  • PROM (Patient Reported Outcomes Measures), que diz respeito ao desfecho clínico pela opinião do próprio membro, ou seja, o membro avaliando sua melhora de saúde;
  • Indicadores clínicos e cirúrgicos, que são indicadores de segurança e indicadores internacionalmente estabelecidos que têm como objetivo mensurar os desfechos clínicos;
  • PREM (Patient-reported Experience Measures), que se refere à experiência do paciente durante o procedimento – seja uma consulta, seja uma cirurgia ou internação.  

PROM (Patient Reported Outcomes Measures)

Hoje, o PROM considera diversos critérios – definidos de acordo com a condição clínica apresentada –, como:

EUROQOL-5D: questionário que mensura a qualidade de vida com base em cinco fatores: dor, mobilidade, cuidados pessoais, atividades habituais e ansiedade/depressão;

GAD-7 (General Anxiety Disorder-7): questionário que quantifica o grau de ansiedade com base na frequência e na intensidade de irritabilidade e preocupações;

PHQ-9 (Patient Health Questionnaire-9): questionário que quantifica o grau de depressão e permite acompanhar a resposta a tratamentos específicos;

Lyshom Knee Scoring Scale: questionário específico para sintomas no joelho, que mede, a partir das percepções do membro, dor, instabilidade, inchaço, dificuldade em subir e descer escadas, entre outros.

Indicadores clínicos e cirúrgicos

Avaliam aspectos que dizem respeito aos parâmetros clínicos/hospitalares, como infecção hospitalar, readmissão relacionada, reoperações, mortalidade intra-hospitalar e tempo médio de internação por procedimento e geral, entre outros.

Patient-reported Experience Measures (PREM)

O PREM leva em conta os seguintes itens:

  • CSAT (Customer Satisfaction Score): pesquisa que mede a satisfação do membro com o serviço prestado pelos profissionais e instituições de saúde
  • NPS (Net Promoter Score): pesquisa quanti-qualitativa que mede a satisfação e a lealdade do membro referentes ao serviço prestado pelos profissionais e instituições de saúde

A partir das respostas em cada um desses questionários, fazemos um cálculo que nos permitirá certificar se o desfecho clínico foi bem-sucedido – ou seja, se estamos entregando valor em saúde. 

O impacto do VBHC 

Entenda, de forma prática, o que você ganha com tudo isso!

‍Qualidade de atendimento

Isso já deve ter ficado claro, mas é sempre bom reforçar que todos os esforços serão feitos para entregar o melhor desfecho clínico (ou seja: saúde!) e a melhor experiência de atendimento, seja numa simples consulta, seja numa interação mais complexa. Mais do que resultados bem-sucedidos, estamos falando, por exemplo, de procedimentos menos invasivos (quando for o caso) e pós-operatórios mais tranquilos. 

Tratamento humanizado

‍Aqui é uma consequência do item anterior. Com foco em garantir o melhor resultado possível em saúde e evitar o agravamento de doenças, o VBHC também atua fortemente em prevenção, o que promove uma qualidade de vida a longo prazo, reduzindo a quantidade de procedimentos e tratamentos para doenças não crônicas, além de garantir um tratamento de melhor qualidade para doenças crônicas.

Agilidade

‍A Alice vai garantir que todas as autorizações aconteçam de forma ágil e sem burocracia.

Sustentabilidade a longo prazo

‍Com um modelo baseado em qualidade, o VBHC promove mais eficiência no uso de recursos, o que impacta nos custos para todos – Alice, parceiros e, claro, nossos membros.

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