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Sem segunda dose, não há imunização contra covid-19. Entenda

Time Alice
| Atualizado em
7 min. de leitura
Sem segunda dose, não há imunização contra covid-19. Entenda

Sem segunda dose, não há imunização contra covid-19. Entenda

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A vacinação contra covid-19 avança, chegando na faixa etária de 35 a 30 anos em todos os Estados brasileiros, mas este é só o primeiro passo para frear a pandemia. Isso porque a maior parte das vacinas oferecidas no Brasil necessita de duas doses para concluir a proteção.

Hoje, apenas 19% da população está totalmente imunizada contra o coronavírus. 

É uma proporção bastante distante da meta de 85% ou mais para conquistarmos uma redução considerável da doença em território nacional.

Apesar de a primeira dose da vacina chegar no final do primeiro semestre a pelo menos 47,54% da população, com mais de 100 milhões doses aplicadas, uma pessoa só é considerada completamente imunizada duas semanas após completar o regime de imunização.

Sendo assim, após 14 dias de receber a vacina de dose única da fabricante Janssen ou 14 dias após a segunda dose da Butantan Sinovac (Coronavac), Pfizer/BioNTech e AstraZeneca/Oxford, imunizantes disponíveis com regime de duas doses.

A importância da segunda dose foi reportada nos ensaios clínicos das vacinas Coronavac, Pfizer e Astrazeneca que apontaram segurança e eficácia das injeções. Os estudos consideraram que as pessoas tinham maiores quantidades de anticorpos para combater o vírus após a segunda dose da vacina.

A Ciência ainda estuda os efeitos da vacinação incompleta na população. Em termos gerais, a primeira dose pode causar uma falsa sensação de imunidade e traz potenciais preocupações:

Mais exposição, mais casos de covid-19 

Relaxamento em relação aos protocolos de higiene, a falta de uso de máscara adequada ou diminuição das medidas de distanciamento social podem aumentar o número de casos e mortes entre pessoas não vacinadas ou com o regime incompleto de vacinação. 

Vale ressaltar que o Brasil apresenta tendência de queda de mortos e contágio do coronavírus desde que a vacinação foi acelerada, mas ainda assim a média móvel está em torno de 950 óbitos diários. 

Novas mutações do coronavírus

A vacinação incompleta reforça um ambiente favorável para o surgimento de novas mutações e cepas de covid-19, que podem ser resistentes às vacinas aplicadas no Brasil. Esse cenário nos traz à estaca zero do ano passado, quando não havia vacinação para proteger a população da letalidade do vírus. 

Impacto na imunização coletiva

Outro ponto de atenção e já fomentado pela Ciência é que a pessoa que não completa a vacinação, ou seja, não segue o calendário estipulado para a segunda dose fica desprotegida a longo prazo e não reforça o esquema de imunização coletiva, que é o objetivo da vacina.  

Na prática, essa realidade também é observada em diferentes países. Um estudo publicado na Nature, realizado no Reino Unidos, um dos países mais avançados na vacinação, apontou que houve uma redução das infecções por coronavírus em cerca de 60% das pessoas que tomaram a primeira dose. Com a segunda dose, essa redução chega a 80% dos casos. 

Mutação delta reforça a importância da segunda dose 

A variação delta do coronavírus traz preocupações sobre a segunda dose. Já há evidências de que a vacina pode frear a contaminação, mas apenas em quem está com o esquema de vacinação completo. 

Uma publicação recente no New England Journal of Medicine aponta que há uma evidência de que a variante delta pode tornar a primeira dose da vacina menos eficaz do que já foi observado com outras mutações, mas que a segunda dose mantém os níveis de proteção recomendados. 

A variante delta reforça a preocupação do avanço da vacinação em todo o mundo que vem junto com a retomada da vida social, da reabertura de comércios, ambientes públicos e flexibilização das medidas de distanciamento social.

Esse cenário pode influenciar que a variante infecte as pessoas ainda não vacinadas e cause uma nova onda de aumento de casos, hospitalização e mortes. Uma situação que reforça a segunda dose como essencial para frear as consequências da pandemia. 

Qual o intervalo entre a primeira e a segunda dose das vacinas?

AstraZeneca/Oxford/Fiocruz

Intervalo de 12 semanas entre as duas doses.

Covid-19: Como funciona a vacina da Astrazeneca

Coronavac (Sinovac/BioNTech)

‍Intervalo 4 semanas entre as duas doses.

Vacinas contra covid-19: Como funciona a CoronaVac

Pfizer/BioNTech

Intervalo de 12 semanas entre as duas doses (aprovada pela Anvisa) ou 21 dias (Bula aprovada pela FDA – agência reguladora americana).

Covid-19: Como funciona a vacina da Pfizer

Janssen

Apenas uma dose é necessária.

Como funciona a vacina da Janssen contra covid-19

Como funciona a segunda dose das vacinas? 

A combinação de duas, três doses ou até mesmo aplicação anual de vacinas para alcançar a maior imunização não é uma novidade dentro da Ciência ou no calendário do Programa Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde. 

Este regime é utilizado para controlar doenças a partir de doses de reforço ou até mesmo para lidar com as mutações, como é o caso da gripe Influenza, cuja vacinação anual é recomendada para combater as alterações dos vírus ao longo do tempo, que podem gerar complicações e mortes. 

No caso das vacinas contra o covid-19, que tem um esquema de duas doses, a primeira dose ajuda seu corpo a criar uma resposta imunológica para o vírus e a segunda é um reforço que fortalece a imunidade.  

A segunda dose deve ser do fabricante da primeira dose e seguindo o intervalo recomendado para cada imunizante. Não há estudos que demonstrem a possibilidade de substituição entre vacinas para a população geral. 

A recomendação do Ministério da Saúde é apenas para grávidas e puérperas que receberam a primeira dose da AstraZeneca. Estes grupos devem tomar a vacina da Pfizer na segunda aplicação, e na ausência do imunizante, podem concluir o esquema vacinal com a Butantan Sinovac (Coronavac). 

E se a segunda dose atrasar?

A recomendação do PNI é respeitar os intervalos recomendados para cada vacina. Porém, caso haja um atraso, o esquema vacinal deve ser completado com a administração da segunda dose o mais rápido possível para evitar prejuízos na resposta imune. 

Sendo assim, mesmo com o atraso, a pessoa receberá a segunda dose e não precisará reiniciar o ciclo vacinal tomando novamente a primeira dose. 

O que pode atrasar a aplicação da segunda dose da vacina são alguns eventos adversos como a infecção por coronavírus entre a aplicação da primeira e da segunda dose ou decorrentes de outras vacinas. 

Nesse cenário, o profissional de saúde recomenda uma nova data para a aplicação da segunda dose, mas mesmo após a doença é essencial retornar para a conclusão da vacinação e reforçar a proteção para diminuir as chances de reinfecção ou infecção por novas possíveis cepas. 

Também é importante manter um intervalo curto de tempo com a administração da vacina contra a covid-19 e outras do PNI, como a de febre amarela, tríplice viral, varicela e tetra viral. 

Os efeitos colaterais da segunda dose 

Os efeitos colaterais de cada vacina variam de pessoa para pessoa. Sendo assim, não há previsão de que quem sentiu determinado efeito adverso na primeira dose sentirá na segunda e vice-versa. Eventuais efeitos como dor no local da aplicação, fadiga, febre, dor de cabeça são leves e podem durar até três dias.

Leia mais: Vacinas contra covid-19: Por que você precisa se vacinar?

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