Entre ir para o escritório todos os dias, trabalhar de forma híbrida ou ficar 100% do tempo trabalhando de casa: qual modelo mais está relacionado a um sono melhor ou pior?
A Alice viu essa resposta na pesquisa nacional inédita “Como anda a saúde dos colaboradores nas empresas brasileiras“. O estudo foi realizado com a Opinion Box, em parceria com Beneficência Portuguesa, Caju, Fleury, Gupy, O Futuro das Coisas e Zazos.
A partir de uma entrevista online com mil trabalhadores brasileiros, de todas as regiões do país, foi possível perceber que o ritmo de vida profissional – em especial o modelo de trabalho adotado pelas empresas – está relacionado com o descanso e, consequentemente, com o desempenho dos trabalhadores.
A percepção negativa do sono se destacou entre os entrevistados que trabalham de forma presencial: 23,6% disseram que sentiram, de forma mais frequente, mais dificuldade para dormir por conta do trabalho no último mês.
Entre quem trabalha de forma remota, apenas 16,5% deram a mesma resposta e, entre os que trabalham de forma híbrida, 20,5%.
Avaliações semelhantes foram observadas quando questionados sobre qual avaliação faziam do próprio sono. Para fins de análise, a resposta “regular” foi considerada uma avaliação negativa do descanso.
- Presencial: 61,3% classificam o sono como péssimo, ruim ou regular, enquanto 38,8% avaliam como ótimo ou bom.
- Trabalho remoto/home office: 55,9% classificam o sono como péssimo, ruim ou regular, enquanto 44,1% como ótimo ou bom.
- Híbrido: 52,2% classificam o sono como péssimo, ruim ou regular, e 47,7% como ótimo ou bom {a maior avaliação positiva}.
A percepção de que o trabalho híbrido contribui para o sono também foi observada em outros estudos. De acordo com a pesquisa divulgada pelo Grupo IWG (International Workplace Group), pessoas que trabalham de forma híbrida tiveram 71 horas extras de sono por ano, em comparação com o descanso pré-pandemia. Para chegar a esse resultado, foram entrevistados 2 mil trabalhadores do Reino Unido, que atuam em regime híbrido.
Na mesma pesquisa, esses mesmos trabalhadores praticam, em média, 4,7 horas de exercícios físicos por semana – em comparação com 3,4 horas antes da pandemia. Além disso, 70% dos entrevistados destacaram ter mais tempo, por dia, para refeições mais saudáveis {especialmente o café da manhã} e mais da metade deles tem mais tempo para cozinhar ao longo da semana, priorizando alimentos mais saudáveis.
Como as empresas podem melhorar o sono dos funcionários?
Somados todos os modelos de trabalho, quase 60% dos entrevistados avaliam o próprio sono de forma negativa, seja péssimo, ruim ou regular. Qual é a responsabilidade das empresas, e o que elas podem fazer sobre isso?
“Até onde vai a responsabilidade da empresa e até onde é a responsabilidade da pessoa pela própria saúde? A responsabilidade, no final, é individual e é muito importante o ímpeto de cada um de dar aquele salto em prol da saúde. Mas a empresa também tem um papel facilitador nesse processo. A empresa faz o papel dela de oferecer um benefício em prol da saúde do funcionário, mas ela tem que fazer algo para ajudar e incentivar as pessoas a usarem”, diz Gui Azevedo, co-founder da Alice, durante evento Pulso RH, evento que reuniu empresas parceiras da Alice para o lançamento do estudo no final de novembro.
Uma resposta pode ser adaptar os modelos de trabalho, quando possível, como permitir que o funcionário escolha o formato que melhor se adapte à vida dele, seja presencial, híbrido ou remoto. Outra é fornecer ferramentas que ajudem o colaborador a identificar quando o sono vai mal e o que fazer para descansar mais.
Na Alice, por exemplo, os membros {como são chamados os pacientes} respondem a um questionário com uma série de perguntas para calcular o Score Magenta. Esse é um índice individual de saúde, criado a partir de protocolos científicos reconhecidos, que avalia de 0 a 1000 como estão cinco pilares de saúde: alimentação, exercícios físicos, saúde mental, qualidade de vida e sono.
Essa ferramenta está disponível a todos os membros e empresas membras da Alice, o que a torna uma aliada dos RHs contra as taxas de absenteísmo. Dados de saúde dos Pitayas (como chamamos os colaboradores da Alice) mostram que, quanto melhor for a pontuação no Score Magenta, menores são as faltas no trabalho.
No caso das empresas membras, os dados são todos anonimizados e disponíveis apenas para aquelas com mais de 30 vidas. Para empresas com menos de 30 funcionários beneficiários, os dados não conseguem ser anonimizados ou divididos por áreas, por isso o benefício fica restrito às maiores.
“Até pouco tempo atrás, o sono era considerado um mal necessário e dormir era visto como um tempo perdido. Essa notoriedade do sono é recente e é preciso trabalhar os aspectos culturais e de educação, no sentido de combater os estímulos, o uso de tela, favorecer a higiene do sono, para que a pessoa saiba o que fazer quando está evoluindo para um quadro de insônia”, explica Edgar Gil Rizzatti, presidente da Unidade de Negócios do Grupo Fleury, durante o Pulso RH.
O sono precisa ganhar o mesmo status de notoriedade da alimentação, exercícios físicos e combate ao tabagismo – inclusive dentro das empresas. “O tempo precisa ser discutido. Qual é o seu tempo de sono, o tempo para cuidar daquilo que realmente importa para você? Onde o colaborador coloca o próprio tempo? Falamos muito sobre sono, mas é preciso fomentá-lo”, completa Rodolfo Bonifácio, CCO e sócio d’O Futuro das Coisas, também durante o evento Pulso RH.
Como melhorar a hora de dormir?
Dormir exige um ritual para que o corpo entenda que está na hora de relaxar e descansar – e algumas medidas, como a higiene do sono, podem ajudar. Para colocá-las em prática, é preciso seguir o seguinte roteiro:
- Tenha horários certos para dormir e acordar;
- Só vá para a cama apenas quando estiver com sono;
- Deixe o quarto escuro e silencioso, o máximo que puder;
- A temperatura do quarto não deve estar nem muito quente e nem muito fria. O ideal é entre 20ºC e 25ºC;
- Evite medicações que induzem o sono sem prescrição médica, mesmo aquelas compradas em farmácia, como a melatonina;
- Afaste os animais de estimação para fora do quarto, caso atrapalhem o sono;
- Preocupações na cabeça? Anote tudo em um caderno ou agenda. Assim sua mente não precisa pensar em soluções enquanto tenta descansar;
- Acordou? Abra a janela e deixe o sol entrar. A luz vai ajudar o corpo a produzir os hormônios certos do despertar;
- Pratique exercícios físicos, mas evite os horários próximos do descanso;
- Largue o celular, o computador e a televisão uma hora antes de dormir;
- Evite refeições pesadas três horas antes do descanso e, se for beber ou ingerir alimentos estimulantes {sim, estamos falando de café e outros alimentos com cafeína}, deixe para 10 horas antes de dormir.
Perdi o sono, e agora?
Nada de contar carneirinhos ou forçar a mente tentando decifrar algum problema durante a madrugada.
Se perder o sono, a melhor medida é levantar da cama e fazer algo não estimulante. Vale ir ao banheiro, fazer uma leitura leve, ir na cozinha tomar uma água e, depois, deitar de novo. Com isso, a cabeça mudará o foco e o sono voltará sozinho.
E há técnicas que podem ajudar a pegar no sono mais rapidamente.
- Método 10-3-2-1-0: pensando na rotina pré-sono, a técnica consiste em criar regras de horários para incentivar o descanso completo. Por exemplo, 10 horas antes de dormir, é recomendado evitar alimentos e bebidas com substâncias estimulantes e, 3 horas antes, agendar a última refeição do dia.
- Técnica 478: a técnica foca em regras de respiração para favorecer o relaxamento do corpo todo, facilitando o sono.
- Técnica dos 7 D’s: criada pela Jana Fernández, especialista em fisiologia do sono, a técnica se divide em sete mudanças de hábitos que prometem melhorar a rotina para o descanso. São elas: decisão, disciplina, dieta e desporto, dormir, desacelerar, desconectar, desconectar e desfrutar.
- Técnica militar ou dos soldados: o objetivo da técnica é limpar os pensamentos e diminuir a tensão de cada parte do corpo. Para isso, ela se divide em duas etapas: relaxar e dormir.
Saiba mais sobre cada uma das técnicas, e outras, que favorecem o relaxamento e o sono no ebook da Alice!
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