Se você já precisou de algum atendimento em hospital ou clínica de saúde, muito provavelmente quem checou os seus sinais vitais e te preparou para os exames ou coletou alguns deles foram os auxiliares de enfermagem.
Dentro da grande área da enfermagem, há diferentes categorias profissionais. Todas são regulamentadas pela lei 7498, que destaca os papéis de cada uma.
Enfermeiros, por exemplo, cumprem uma função mais relacionada à gestão, enquanto os técnicos de enfermagem e os auxiliares têm um contato mais direto com as pessoas.
O que faz o auxiliar de enfermagem?
Segundo a legislação, cabe ao auxiliar de enfermagem: “exercer atividades de nível médio, de natureza repetitiva, envolvendo serviços auxiliares de enfermagem sob supervisão, bem como a participação em nível de execução simples, em processos de tratamento”.
A lei também lista como papel do auxiliar:
- Observar, reconhecer e descrever sinais e sintomas;
- Executar ações de tratamento simples;
- Prestar cuidados de higiene e conforto ao paciente;
- Participar da equipe de saúde.
Curso de auxiliar de enfermagem
Para se formar como auxiliar de enfermagem, é necessário passar por um curso técnico, com duração média de 15 meses. A escolaridade mínima exigida para quem tem interesse em fazer o curso é de, pelo menos, o ensino fundamental.
Por conta disso, a tendência é que o número de profissionais diminua no Brasil, de acordo com Walkirio Almeida, chefe da divisão de fiscalização do exercício profissional do Cofen (Conselho Federal de Enfermagem).
“Atualmente, os órgãos reguladores do sistema de ensino não têm mais interesse na formação de profissionais com nível fundamental, e o foco da formação são os programas com nível médio e superior, de técnico e enfermeiro”, explica Almeida. Segundo o representante do Cofen, apenas o estado de São Paulo ainda tem cursos para auxiliar de enfermagem.
Quais são as atividades do auxiliar de enfermagem
Assim como nas demais categorias, o auxiliar de enfermagem tem um objetivo claro: cuidar das necessidades de saúde da pessoa, seja por conta de uma doença ou para a prevenção dela.
E isso é feito pelo contato direto com os indivíduos, seja coletando algum exame ou verificando a temperatura corporal ou a pressão arterial, por exemplo.
Dentre as funções desempenhadas por esses profissionais, cabe ao auxiliar de enfermagem:
- Preparar as pessoas para consultas e exames;
- Reconhecer e descrever sinais e sintomas para a equipe de enfermagem ou médica;
- Verificar sinais vitais, como a temperatura corporal, a pressão arterial e a respiração;
- Administrar os medicamentos, seja por via oral ou injetáveis;
- Acompanhar a ingestão e a eliminação dos líquidos {especialmente quando as pessoas estão internadas em hospitais};
- Ajudar em procedimentos de nebulização {ou inalação};
- Colher materiais para exames laboratoriais, como o exame de sangue;
- Preparar alguém que vá passar por uma cirurgia;
- Dar suporte durante as cirurgias, providenciando os equipamentos necessários, por exemplo;
- Contribuir na desinfecção e esterilização dos espaços, como os hospitalares;
- Auxiliar quem precise de ajuda com a alimentação e higiene pessoal;
- Contribuir com a segurança das pessoas, especialmente no ambiente hospitalar.
Auxiliar de enfermagem no Brasil
Há no Brasil, atualmente, cerca de 447 mil auxiliares de enfermagem, segundo dados de julho de 2022 do Cofen. O estado de São Paulo é o que concentra o maior número de profissionais, com 238 mil auxiliares. Em segundo lugar está o Rio de Janeiro, com 47 mil.
A categoria ocupa o terceiro lugar em número de profissionais, dentro da enfermagem, representando 16,5%. Dos demais, 58,8% são técnicos de enfermagem e 24,5% são enfermeiros.