Cerca de 40% do tempo em que as pessoas estão acordadas elas estão ocupadas com o trabalho. É um período muito longo para deixar a saúde de lado – embora essa seja a realidade, segundo uma pesquisa inédita da Alice sobre a saúde dos colaboradores brasileiros.
Realizada pela Alice com a Opinion Box, em parceria com Beneficência Portuguesa, Caju, Fleury, Gupy, O Futuro das Coisas e Zazos, o estudo “Como anda a saúde dos colaboradores nas empresas brasileiras” entrevistou mil pessoas, de todas as regiões do Brasil, de forma online, entre os dias 4 e 11 de outubro.
Dentre os principais resultados:
- 43% dos entrevistados consideram a própria saúde em geral como regular, ruim ou péssima;
- 60% avaliam o sono como regular, ruim ou péssimo;
- 71% não recebem orientações dos empregadores sobre como se alimentar melhor;
- 51% nunca foram orientados pela empresa a fazer mais exercícios físicos;
- 40% relatam que as empresas não se preocupam com a saúde mental dos colaboradores.
“Esses números são altos, mas as empresas têm como mudar essa realidade”, diz André Florence, CEO da Alice, durante o evento Pulso RH nesta quinta-feira (23), no qual foram divulgados os principais resultados da pesquisa.
Em um comparativo entre as empresas que se importam com as que não dedicam atenção à saúde mental e ao bem-estar dos funcionários, uma luz no fim do túnel:
- Se o colaborador sente que a empresa não se preocupa com a saúde mental e o bem-estar dele, apenas 58% dos funcionários compartilham dos valores da empresa;
- Se há uma preocupação com essas questões, a realidade muda, e os valores são compartilhados por 77% dos funcionários;
- Da mesma forma, 70% das pessoas avaliam a própria saúde como ótima ou boa, neste contexto.
- Se não há uma preocupação com esses pilares por parte dos empregadores, a percepção positiva da saúde cai para 40% dos funcionários.
- 24% dos funcionários de empresas que se preocupam com o bem-estar e saúde mental relatam terem tido sintomas de burnout.
- Entre as empresas sem esse tipo de preocupação, o percentual de funcionários com os mesmos relatos sobe para 37%.
“Por mais que cuidar da própria saúde seja uma missão de cada pessoa, podemos criar, enquanto liderança, um ambiente que facilite a felicidade das pessoas. Só por criar esse ambiente, 70% delas vão ter uma melhora na saúde. Logo, faz sentido criar uma empresa genuinamente preocupada com o bem-estar dos funcionários”, explica Florence.
E o papel das lideranças prevê esse tipo de preocupação, de acordo com Denise Santos, CEO da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, entidade parceira da Alice no estudo e que estava presente durante o evento Pulso RH. “No momento em que a pessoa aceita assumir uma posição de liderança, esse é um ato de cidadania. Ela precisa cuidar do outro e precisa fazer com que o outro entenda que esse cuidado é importante”, destaca.
Saúde holística: qual é o papel das empresas?
Um dos pilares analisados no estudo da Alice foi o sono.
Entre bom e ruim, para 40,4% dos brasileiros o sono está apenas “regular”. Ainda no lado negativo, 13,3% classificam o descanso como ruim e, para 5,6%, o sono é péssimo. Somadas as três perspectivas, quase 60% dos trabalhadores brasileiros não têm boas noites de sono.
No lado positivo, 29,6% dizem que o sono é bom e 11,1% vão além: para eles, a hora de dormir é ótima.
E como as empresas podem ajudar nessa questão? “Precisamos de uma evolução cultural”, destaca Edgar Gil Rizzatti, presidente da Unidade de Negócios do Grupo Fleury, que também foi parceiro da Alice no estudo e esteve presente no evento Pulso RH.
“Essa notoriedade e importância do cuidado com o sono é muito recente. Até pouco tempo atrás, o sono era considerado um mal necessário e dormir era visto como um ‘tempo perdido’. Nessa evolução cultural, o sono precisa ganhar o mesmo status da obesidade, alimentação, exercícios físicos e combate ao tabagismo”, explica.
Sobre exercícios físicos e alimentação, 48% das pessoas que acham que as empresas promovem o bem-estar dos funcionários nunca receberam qualquer incentivo ou orientação para boas práticas de exercícios e alimentação saudável.
Ou seja, apenas metade das empresas que promovem o bem-estar das pessoas também está adotando medidas que incentivam hábitos saudáveis – e mais delas precisam existir no mercado de trabalho, segundo Rodolfo Bonifácio, CCO e sócio d’O Futuro das Coisas, também parceiro da Alice no estudo.
“Os dados mostram que várias empresas do presente momento serão varridas, porque o estudo é pautado em saúde, bem-estar e no desenvolvimento integral do ser humano. Se isso não se sustentar em grupo, como devemos fazer para que saia da preocupação do indivíduo e vá para o coletivo? Como fazer com que essa saúde seja reconhecida como algo possível de ser praticado?”, afirma.
Burnout: mais diagnósticos ou mais liberdade em tratar?
De acordo com os dados da pesquisa da Alice, se as empresas não demonstram preocupação com o bem-estar e a saúde mental dos funcionários, 37% deles relatam sintomas de burnout. Esse número reduz a 24% entre as empresas que têm esse tipo de preocupação.
E o que está por trás disso? Excesso de trabalho ou cultura corporativa? Os dois, segundo Renato Navas, diretor de People Science da Gupy, também parceira da Alice no estudo.
“O burnout está associado ao trabalho em si, mas há um aspecto multifatorial. Não podemos negligenciar a cultura da empresa na questão do burnout, porque às vezes um elemento dela dispara o gatilho da condição. As empresas precisam cuidar para que elas gerem o mínimo de gatilho e, por isso, nosso papel deveria ser entender qual é a responsabilidade enquanto organização e como lidar com a singularidade do burnout para cada pessoa”, explica.
Quer ser uma empresa mais preocupada com a saúde dos funcionários? É preciso que seja um cuidado genuíno, segundo exemplifica Isabela Chusid, CEO e fundadora da Linus, também parceira da Alice no estudo.
“Quando falamos aqui na Linus que queremos tornar o bem-estar um estilo de vida, nos perguntamos sobre o que é o bem-estar? E o bem-estar coletivo e o individual não podem ser dissociados. E isso só é muito bem transmitido ao cliente porque é genuíno, é o cuidado que temos com a empresa e com o colaborador. Não é possível querer mudar o mundo sem cuidar da nossa cultura”, afirma.
Dados ajudam a tornar os colaboradores mais saudáveis
Quem não souber por onde começar a mudar a cultura da empresa ou a incentivar hábitos mais saudáveis entre os colaboradores deve olhar, primeiro, para os dados.
“Não tem como pensarmos, hoje, em gestão e liderança sem olharmos para os dados e falarmos que existem métricas que embasam isso. O RH se desenvolveu muito em uma abordagem mais individualista, e hoje vemos que as tendências são importantes e que eu preciso fazer um estudo mais sistematizado de qual é a população da minha empresa”, explica Lucas Fernandes, CHRO da Caju, também parceiro da Alice no estudo.
Segundo Fernandes, é por isso que estudos como o da Alice são essenciais neste momento. “É fundamental debatermos e nos aprofundarmos tanto nos dados quantitativos quanto nos qualitativos, e com dados brasileiros. Muitas vezes nos baseamos em estudos com recortes europeus e americanos, mas sabemos que a realidade deles é diferente”, completa.
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