Não raro, a Geração Z, que engloba os nascidos de 1995 a 2008, enfrenta rótulos negativos sobre maturidade, ética e comportamento profissional. Mas o que os dados realmente dizem sobre esse grupo? Que pistas podemos identificar para entender suas preferências e prioridades?
Para responder a essas perguntas, a Alice realizou, em colaboração com com BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, Grupo Fleury e Flash, a pesquisa “Pulso RH – Geração Z e o novo olhar para a saúde no trabalho”.
A plataforma Opinion Box, parceira no projeto, coletou dados de mais de mil pessoas de todas as regiões do Brasil. Os resultados foram divulgados na última quinta-feira, 7 de novembro.
Geração Z e trabalho: o que está em jogo?
Equilíbrio é uma palavra-chave importante para entender o que a Geração Z espera do mercado de trabalho. Os jovens da Gen Z têm uma visão menos romantizada do trabalho quando comparada a visão dos millennials, a geração anterior.
Letícia Berger, HR Business Partner na Opsbrasil, Top Voice no LinkedIn e uma das painelistas do Pulso RH, deu um exemplo de como existe uma mudança de perspectiva nessa geração. “Eu sempre observo como a empresa se porta. Por que ela merece me ter ali? Por que eu quero estar nessa empresa? Sei que parece arrogância, mas é importante olhar para isso e para os exemplos das lideranças”, afirma.
Essa visão mais prática e realista do trabalho se reflete nos dados da pesquisa: muito mais jovens da Geração Z veem o trabalho apenas como um mal necessário para pagar as contas (34,4%), em comparação com os millennials (27,4%).
Outro dado que mostra o distanciamento entre as gerações tem a ver com realização pessoal. Para 54% dos millennials, o trabalho deve trazer realização, não só recursos para se atingir essa “meta”; essa visão é compartilhada por apenas 43% da Gen Z.
Se em gerações anteriores o trabalho era considerado parte significativa da personalidade de um indivíduo, isso muda significativamente com a Geração Z. “O trabalho é algo que representa um pouco do que sou” foi a resposta mais frequente entre Gen Z (40,9%), enquanto “o trabalho é algo que representa muito do que sou” foi a mais comum para a Geração Y (43,2%).
Preferência por autonomia e flexibilidade
Muitos jovens da Geração Z deram os primeiros passos no mercado de trabalho durante o auge da pandemia de covid-19. Por isso, eles precisaram se adaptar a novas dinâmicas e jornadas híbridas ou remotas, o que acabou guiando algumas de suas preferências no ambiente profissional.
Liberdade, autonomia e jornadas flexíveis são vetores de satisfação, que podem também aumentar os níveis de motivação dos colaboradores na empresa.
A proporção de jovens que prefere ter espaço e tempo para viver a vida que deseja é maior do que aquela que prioriza segurança e estabilidade no trabalho ideal: 14,5% vs 6,3%.
Essa liberdade, quando combinada a uma maior autonomia, pode trazer resultados positivos para o colaborador da Gen Z e também para a empresa: 55% das pessoas dessa geração sentem que a autonomia que geralmente vivenciam na empresa traz motivação.
A Geração Z também entende flexibilidade de horário como a característica mais importante de culturas que valorizam a autonomia dos colaboradores. É o caso de Mario Augusto Sá, CEO e cofundador da NG.Cash, um dos painelistas do Pulso RH e representante da Gen Z.
“Para mim, flexibilidade é algo inegociável. É trabalhar a hora que você quiser, de qualquer lugar, com foco em resultado, não em microgerenciamento. A nossa geração não gosta de ser microgerenciada. Ela quer ter seu próprio horário, entregar um trabalho de qualidade, mas dentro de seus próprios termos”, declara.
Foco da Gen Z é em saúde mental
Os dados da nossa pesquisa mostram que, em comparação com os millennials, os brasileiros da Gen Z se esforçam menos para manter uma rotina saudável entre trabalho e vida pessoal (45,9% vs 54,3%) e fazem menos exames de rotina (34% vs 41,3%). Além disso, muito mais jovens da Geração Z sofrem com conflitos que impactam sua saúde mental do que os millennials.
Isadora Gabriel, CHRO da Flash e uma das painelistas do Pulso RH, reforçou a importância de falarmos sobre saúde mental a nível de prevenção dentro das empresas.
“Tentamos resolver o problema do burnout, da depressão e da ansiedade na hora que o problema já explodiu. Nós temos que inverter um pouco essa lógica. Isso tem muito a ver com a forma como construímos nossas relações e a cultura organizacional”, afirma.
Embora sofram mais com questões de saúde mental, os jovens da Geração Z também são mais engajados em práticas de bem-estar físico e emocional, como terapia e meditação. Segundo o report, as faixas etárias que mais investem nessas práticas são:
Geração Z tem um trabalho ideal?
Quando questionados sobre as suas prioridades em uma empresa, os Gen Z trazem a sua preferência de forma clara:
- Flexibilidade.
- Transparência.
- Cuidado com saúde mental.
Além desses pontos, a pesquisa demonstra que o principal vetor de satisfação – e também de insatisfação – da Geração Z é a remuneração. Para 48,8% dos jovens da Geração Z, uma remuneração competitiva é o principal fator de atração em um novo emprego.
O alinhamento de valores entre empresa e colaborador também se reflete no engajamento e motivação dos colaboradores mais jovens. 45,5% da Geração Z considera fundamental que os valores da empresa reflitam sua visão de mundo; quando esse alinhamento ocorre, a satisfação no trabalho atinge 83% — mais que o dobro do registrado em empresas onde não há coincidência de valores (31%).
Esse alinhamento impacta diretamente a autoavaliação de saúde: 71% dos jovens se consideram saudáveis quando percebem essa conexão, enquanto, em empresas com valores desalinhados, essa percepção cai para 43,8%.
Novamente, entra em jogo a importância do exemplo das lideranças no dia a dia das empresas. “A liderança é um reflexo do time. Então, se a liderança mostra que se cuida e dá margem para os liderados fazerem o mesmo, com certeza vai trazer mais satisfação e tornar o ambiente de trabalho mais sadio”, acredita Letícia Berger.
Para ter acesso completo ao estudo “Pulso RH – Geração Z e o novo olhar para a saúde no trabalho”, clique aqui.
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