Outplacement significa, literalmente, recolocação. No mercado de trabalho, essa é uma palavra comum e se refere a uma metodologia que pode ser aplicada pela empresa com o objetivo de ajudar o profissional que foi desligado a se reinserir em outras oportunidades.
A técnica do outplacement envolve uma série de ações, como orientação profissional, treinamento, apoio emocional e aprimoramento de habilidades. O objetivo é garantir que os funcionários possam navegar com confiança no mercado de trabalho após a demissão.
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Neste texto, saiba quais as vantagens e como fazer o outplacement em sua empresa.
O que é o outplacement?
Trata-se de uma prática para apoiar os colaboradores que estão sendo desligados de uma empresa, ajudando-os a se reposicionar no mercado de trabalho.
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Essa metodologia surgiu na década de 1960 nos Estados Unidos, em um contexto de crise econômica, e foi adotada no Brasil na década de 1980, com o intuito de humanizar o processo de demissão e minimizar os impactos negativos tanto para os ex-colaboradores quanto para as organizações.
O outplacement envolve uma série de atividades, como orientação profissional, treinamento para entrevistas, elaboração de currículos e apoio emocional.
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Com essas ações, a prática ajuda a preservar a imagem da empresa ao demonstrar um compromisso com o bem-estar dos trabalhadores, mesmo após o encerramento do vínculo deles com a organização.
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Quais são as vantagens do outplacement?
Existem muitas vantagens em conduzir um processo de outplacement na empresa – tanto do lado da organização quanto do colaborador que está sendo desligado.
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Confira os principais benefícios:
Benefícios do outplacement para os colaboradores
- Possibilidade de uma recolocação mais rápida: com orientação e coaching, os profissionais têm mais chances de se recolocar no mercado de trabalho de forma mais rápida, já que recebem assistência na definição de objetivos de carreira e na preparação para entrevistas;
- Desenvolvimento de habilidades: a metodologia inclui treinamentos e workshops que ajudam a aprimorar habilidades e a tornar o profissional mais competitivo;
- Ampliação da rede de contatos: os programas de outplacement incentivam a construção de redes profissionais, facilitando conexões que podem levar a novas oportunidades;
- Autoavaliação: os colaboradores têm a oportunidade de avaliar suas competências e identificar áreas que precisam ser desenvolvidas, o que é essencial para um futuro profissional mais alinhado às demandas do mercado;
- Suporte emocional: o outplacement oferece apoio psicológico e emocional durante um período difícil, ajudando os colaboradores que estão sendo desligados a lidar com os sentimentos associados à demissão.
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Benefícios do outplacement para as empresas
- Preservação da imagem corporativa: o outplacement ajuda a manter uma imagem positiva da empresa no mercado, demonstrando um compromisso com o bem-estar dos funcionários mesmo após o desligamento;
- Redução de processos trabalhistas: ao oferecer suporte durante a demissão, as empresas podem minimizar o risco de litígios, já que os ex-colaboradores se sentem mais respeitados e acolhidos;
- Melhoria do clima organizacional: a prática contribui para um ambiente de trabalho mais positivo, pois os funcionários remanescentes percebem que a empresa se preocupa com seus colaboradores, aumentando a confiança da equipe;
- Aumento da produtividade: em geral, quando os colaboradores veem que a empresa está investindo em seus colegas desligados, isso pode resultar em maior foco e comprometimento entre aqueles que permanecem na organização.
Como funciona na prática?
Para ser implementado com sucesso, o outplacement deve ser conduzido como um processo estruturado, ajudando os colaboradores desligados a se recolocar no mercado de trabalho.
Aqui está uma visão geral de como funciona na prática:
1) Planejamento
O processo de outplacement começa com um planejamento cuidadoso entre as lideranças com o departamento de Recursos Humanos (RH), que devem definir os objetivos do programa e identificar quais funcionários serão afetados. Essa fase inclui:
- Análise das razões para as demissões.
- Decisão sobre o formato do outplacement (individual ou coletivo).
- Escolha sobre a contratação de uma consultoria especializada na aplicação da metodologia.
2) Comunicação do desligamento
Após o planejamento, a empresa comunica os desligamentos de forma clara e respeitosa. Isso envolve:
- Reuniões individuais com os colaboradores afetados para explicar os motivos da demissão.
- Apresentação dos detalhes do processo de outplacement, incluindo como será o suporte oferecido.
3) Orientação e suporte
Uma vez que o desligamento é comunicado, inicia-se a fase de orientação profissional, que pode incluir:
- Coaching individual, que conduzirá sessões para ajudar os ex-colaboradores a entender suas habilidades e a direcionar suas carreiras.
- Treinamento, como preparação para entrevistas, elaboração de currículos e desenvolvimento de competências necessárias para o mercado atual.
- Networking, incluindo oportunidades para conectar os ex-colaboradores com profissionais e empresas que possam oferecer novas oportunidades.
4) Acompanhamento
O processo não termina apenas com a recolocação do profissional. É recomendável realizar um acompanhamento contínuo para garantir que os objetivos sejam alcançados. Isso pode incluir:
- Avaliação do progresso do colaborador após o desligamento.
- Coleta de feedback sobre o programa de outplacement.
- Ajustes nas estratégias conforme necessário para atender às necessidades dos ex-colaboradores.
Passo a passo para implementar a metodologia
1. Início do processo: entendimento e diagnóstico
- Reunião inicial: o profissional participa de um encontro com consultores de outplacement para compreender suas necessidades, expectativas e experiências.
- Avaliação de perfil: são realizados levantamentos sobre habilidades, competências, realizações, objetivos de carreira e valores pessoais. Isso pode incluir testes comportamentais e de aptidão.
2. Preparação para o mercado
- Análise de currículo: o documento é revisado e adaptado para destacar as conquistas e pontos fortes do profissional.
- Perfil no LinkedIn: o perfil do profissional na rede é otimizado, com foco em atrair recrutadores e oportunidades alinhadas ao seu perfil.
- Planejamento de carreira: é elaborado um plano estratégico para a recolocação, com definição de objetivos de curto, médio e longo prazo.
3. Desenvolvimento profissional e pessoal
- Treinamento para entrevistas: o profissional recebe orientações e realiza simulações de entrevistas para ganhar confiança e melhorar seu desempenho.
- Estratégias de networking: são ensinadas táticas para expandir a rede de contatos e identificar oportunidades de forma proativa.
- Fortalecimento emocional: muitas vezes, o processo inclui apoio psicológico ou coaching para ajudar o profissional a lidar com a transição de carreira e manter a motivação.
4. Busca ativa de oportunidades
- Mapeamento de mercado: o outplacement pode ajudar a identificar setores, empresas e vagas compatíveis com o perfil do profissional.
- Encaminhamento para vagas: algumas empresas de outplacement possuem parcerias com empresas e recrutadores, e podem encaminhar os candidatos para posições abertas.
- Acompanhamento contínuo: o profissional é acompanhado durante a busca por emprego, recebendo feedbacks e ajustando estratégias conforme necessário.
5. Conclusão: a recolocação é concluída
O processo de outplacement termina quando o profissional consegue uma nova oportunidade no mercado de trabalho ou decide empreender, mas ainda há um suporte contínuo nos primeiros meses da nova posição para garantir a adaptação.
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O outplacement é obrigatório?
Não. No entanto, embora o outplacement não seja uma exigência estabelecida na lei trabalhista e nem na Constituição Federal, sua adoção pode ser vista como uma prática ética e estratégica que beneficia tanto os ex-colaboradores quanto a reputação da empresa.
Portanto, muitas organizações optam por implementá-lo como parte de suas políticas de recursos humanos, especialmente em situações de demissões em massa ou reestruturações.
Do lado do colaborador, vale lembrar, ele pode optar por não participar do programa de outplacement. A adesão a esse tipo de programa depende da decisão individual de quem está sendo desligado.
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Apesar de ser um programa projetado para ajudar os colaboradores a se recolocar no mercado de trabalho, a adesão é uma decisão que cabe ao próprio trabalhador.
Quanto ao suporte emocional, vale o mesmo princípio: embora o outplacement contemple um auxílio durante um período desafiador, alguns colaboradores podem sentir que não precisam desse tipo de assistência ou podem ter outras estratégias em mente para manejar os impactos psicológicos de uma demissão.
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