Gestores com hábitos de vida saudáveis incentivam que os colaboradores também sejam mais saudáveis – e mais saúde se traduz em benefícios diretos para as empresas, como maior produtividade, engajamento, motivação e orgulho de trabalhar ali, além de um menor risco de turnover.
Essa é apenas uma das conclusões da pesquisa da Alice, o “Pulso RH – Saúde corporativa: qual é a influência dos gestores?”, divulgada nesta quinta-feira (25) durante o evento de mesmo nome.
Nesta segunda edição, foram entrevistados mais de mil colaboradores de todas as regiões do país para analisar como as lideranças influenciam a saúde dos times e, por consequência, das próprias empresas.
Os dados foram coletados pelo instituto de pesquisa Opinion Box e analisados pela Alice em parceria com a BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, Grupo Fleury e iFood Benefícios.
Gestores que se importam com a saúde têm times mais engajados, motivados e produtivos
Entre os dados inéditos, divulgados durante o evento Pulso RH, a Alice observou que 74% dos colaboradores recomendam a empresa como um ótimo lugar para trabalhar quando seus gestores oferecem bons exemplos de saúde e bem-estar.
No caso de gestores sem essa postura, apenas 22,7% dos funcionários mantêm a mesma recomendação – diferença de mais de 50 pontos percentuais entre as respostas.
Outro exemplo é a motivação: se o gestor oferece bons exemplos, 64,2% dos colaboradores se sentem motivados a irem além do que iriam em uma função similar em outra empresa. Já quem não tem chefes com essa característica, apenas 23,9% apontam a mesma motivação.
E a produtividade? Outra melhora: 83,5% dos entrevistados afirmam serem sempre ou frequentemente produtivos com chefes saudáveis. A produção reduz para 70,2% entre aqueles sem gestores que dão bons exemplos.
“O exemplo arrasta as demais pessoas para a vida saudável e, quando percebemos, o time está todo mais animado, saudável e compartilhando com os colegas. Isso engaja as pessoas”, conta Marcelo Vasconcellos, co-fundador da Buser, que participou de um dos painéis do Pulso RH e trouxe um exemplo que funcionou na empresa.
Na Buser, os colaboradores que praticam mais de 4 horas de exercícios por semana recebem, ao fim do mês, um bônus de 10% no salário — e vale qualquer exercício.
“Não precisa ser triatleta, nem nada disso. Vale de tênis à caminhada no parque, ou qualquer coisa que faça a pessoa se movimentar, sair de casa e esvaziar a cabeça. Temos histórias maravilhosas de pessoas que mudaram de vida, e que começaram com uma simples caminhada. Entre 80% a 85% dos funcionários praticam isso e, mesmo quem não consegue completar as 4 horas na semana, mas completou 3 horas, recebe 5% de bônus”, exemplifica.
Para Rosana Fortes, Country Lead da Strava, é importantíssimo que os gestores – e o RH – tenham consciência dos benefícios da manutenção da saúde dos times.
“Dificilmente me vejo trabalhando com um time ou gestores que não tenham consciência da importância do cuidado com a saúde, até porque eles podem não entender quando eu precisar separar um momento do dia para me movimentar. Eu não tenho, hoje, vergonha em bloquear meu calendário para aquele momento. E deve dar até um nervoso para o funcionário que não pratica nada ao observar um líder que coloca em prática uma vida fisicamente mais ativa. Esse exemplo do gestor é superimportante”, explica Fortes, durante um dos painéis do Pulso RH da Alice.
Saúde do trabalhador é responsabilidade das empresas
Se a empresa demonstra que se importa com a saúde e bem-estar dos colaboradores, há melhora no engajamento, motivação e produtividade? Muita, segundo os dados inéditos da Alice.
- 84,4% dos colaboradores são sempre ou frequentemente mais produtivos em empresas com essa preocupação versus 67,4% entre quem não trabalha em lugares com o mesmo cuidado;
- 66,5% sentem-se mais motivados versus 16,9%;
- 70,1% são mais engajados versus 32,3%;
- 77,2% sentem orgulho de trabalhar ali versus 31,8%;
- 73,1% se veem trabalhando na mesma empresa pelos próximos dois anos versus 36%.
Quem ainda duvida que o cuidado com a saúde dos funcionários seja uma responsabilidade das empresas, vale o destaque: 80,5% dos entrevistados (gestores e liderados) concordam que essa é, sim, uma função das instituições.
Na Heineken, por exemplo, criou-se uma cultura de embaixadores — de diferentes áreas e perfis — que aprendem detalhes sobre a ciência da felicidade e de segurança psicológica para replicarem aos colegas. “São pessoas voluntárias e esse foi um fator decisivo para o sucesso dessa formação. No início, recebemos 250 inscrições, mas terminamos o ano com mil”, relata Lívia Azevedo, diretora de felicidade da empresa, durante um dos painéis do Pulso RH.
Como melhorar a saúde e o bem-estar dos colaboradores?
O que as empresas podem fazer na prática para tornar os ambientes corporativos mais saudáveis? Confira 6 dicas dos entrevistados:
- Oferecer um plano de saúde;
- Permitir que os funcionários façam pausas regulares ao longo do dia;
- Dar benefícios para alimentação e atividade física;
- Incentivar que a pessoa doente se afaste, de fato, do trabalho;
- Oferecer um ambiente de trabalho e práticas de gestão que garantam bem-estar e segurança psicológica dos colaboradores;
- Facilitar a flexibilidade e a organização da própria agenda.
Qual é o papel do gestor na saúde dos colaboradores?
Os números do Pulso RH mostram que existe um impacto do gestor na saúde dos colaboradores — mas qual é o papel que ele deve desenvolver e até onde ir?
De acordo com Tatiana Pimenta, CEO e fundadora da Vittude, o gestor não tem a responsabilidade de ser um psicólogo ou de resolver todos os problemas do time, mas isso não isenta o seu papel. “Papel do líder não é ser psicólogo, mas saber direcionar para o melhor programa que a empresa tem”, argumenta Pimenta, que também participou de um dos painéis do Pulso RH.
É preciso trazer para a pessoa a responsabilidade pela própria saúde, mas como saber quem precisa de mais atenção? Conhecendo o ambiente do trabalho e os colaboradores a partir dos dados.
“A melhor forma de navegar por esse ambiente e pensar nas estratégias de saúde é a partir dos dados estruturados. Esses podem ser coletados em exames periódicos bem feitos, atestados, absenteísmo, analisando as comorbidades que mais adoecem aquela população, além de relacionar aos dados enviados pelos planos de saúde”, detalha Fleury Johnson, gerente global de saúde da Nubank, que também participou de um dos painéis do Pulso RH.
Conflitos geracionais nas empresas: como afetam a saúde dos times?
A geração recém-chegada ao mercado de trabalho possui o panorama mais negativo em termos de saúde. Nascidos entre 1995 e 2010, a geração Z (ou Gen Z) são os que possuem, em comparação com as demais faixas etárias analisadas:
- Pior saúde física;
- Pior saúde mental;
- Pior equilíbrio entre vida pessoal e profissional;
- Maior desengajamento;
- Menor orgulho da empresa em que trabalham;
- Menor produtividade do que a média.
No total, 6,5% das pessoas classificam a própria saúde como ruim ou péssima. Entre a geração Z, esse percentual vai para 10,2%.
Quando o assunto é equilíbrio entre vida profissional e pessoal, 84,7%de todos os entrevistados afirmam que conseguem manter o work-life balance. Já os Gen Z, o percentual reduz para 82,8%.
Se 57% dos entrevistados se sentem engajados no trabalho, apenas 44% dos representantes da geração Z afirmam o mesmo. E o índice de desengajamento é maior entre eles: 16,2% em comparação com 8,8% do total de respondentes.
Mas e quem está bem? Os colaboradores com 50 anos ou mais, que possuem as melhores taxas de engajamento (72%), orgulho (72,7%) e produtividade (87,9%).
Mulheres têm mais insônia e dores relacionadas ao trabalho do que homens
Outro recorte que os dados inéditos da Alice puderam destacar foi a diferença entre homens e mulheres no mundo corporativo. Em geral, o retrato é mais negativo para elas do que para eles, o que demanda ações específicas de empresas e gestores.
Quando instigados a avaliarem a própria saúde, por exemplo, 63,8% dos homens destacam uma saúde boa ou excelente. Entre as mulheres, apenas 55,7% têm a mesma resposta.
A insônia é muito mais frequente entre elas: 42,6% afirmam que vivenciam noites em claro ocasionadas pelo estresse do trabalho com frequência. Já entre eles, apenas 35,8% têm o mesmo incômodo.
Até mesmo os cuidados com a própria saúde no dia a dia se diferenciam: a primeira resposta citada pelas mulheres é fazer exames de rotina, sempre que necessários, apontada por 53,9% delas. Os homens destacam refeições saudáveis (49,2%) em primeiro lugar – e os exames ocupam a terceira posição.
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