Todo mundo tem o direito de receber o mais alto nível de cuidado com a própria saúde. E sabe como atingir isso? Pela Atenção Primária à Saúde {APS, para os íntimos, ou Primary Care, em inglês}. E quem diz isso é a OMS (Organização Mundial de Saúde).
A Atenção Primária é um modelo de saúde que foca no cuidado contínuo, priorizando a prevenção e a manutenção da saúde. Isso envolve desde te ajudar a manter a carteirinha de vacinação em dia {alô, vacina da gripe} até a incentivar hábitos de vida mais saudáveis por meio da alimentação e dos exercícios físicos. E quem coloca isso em prática? Os profissionais de saúde de várias áreas, mas principalmente as equipes médicas e de enfermagem.
Ela é chamada de “primária” porque deve vir primeiro, antes da atenção secundária {que são as visitas a profissionais especialistas, por exemplo} e da terciária {internações ou cirurgias em hospitais}. Justamente por vir primeiro, ela é uma das mais importantes etapas do cuidado com a saúde.
E a APS é capaz de resolver a maioria das principais queixas de saúde. Uma dor de ouvido não precisa, necessariamente, de um otorrinolaringologista, assim como uma dor de estômago não exige uma visita ao gastroenterologista. Estes especialistas são profissionais treinados para casos mais graves ou complexos, e situações mais corriqueiras ou acompanhamento de doenças crônicas (diabetes e hipertensão, por exemplo) podem ser muito bem resolvidas por profissionais mais próximos da pessoa, como os médicos e enfermeiros de família e comunidade.
Na Alice, a Atenção Primária é a espinha dorsal do cuidado com os membros {como chamamos os nossos pacientes} e é por isso que qualquer queixa de saúde é respondida rapidamente no nosso app {via Alice Agora} por uma equipe qualificada de médicos(as) e enfermeiros(as), disponíveis 24h.
Atenção Primária no Brasil: como funciona?
Se o conceito de APS não está na ponta da língua da população, é porque há uma explicação cultural para isso, sabia?
No Brasil, a Atenção Primária à Saúde só começou a ser oferecida a partir de 1988, com a criação do SUS (Sistema Único de Saúde), e é chamada de Atenção Básica à Saúde.
Além disso, mais de 50 milhões de brasileiros possuem planos de saúde privados, que não utilizam, na maior parte das vezes, o modelo da APS.
Nos planos de saúde tradicionais, a responsabilidade de correr atrás do atendimento é da própria pessoa, mesmo se ela não souber bem por onde começar ou a que médico deve ir. Não é à toa que as filas nos prontos-socorros são enormes e há quem saia de lá sem resolver o problema.
Dentro de um modelo de Atenção Primária à Saúde, você não precisa correr para o pronto-socorro ou visitar especialistas a cada queixa porque você já tem uma equipe que te atende de forma contínua e conhece seu histórico e suas necessidades.
Diversos sistemas de saúde do mundo todo adotam esse modelo de cuidado, que prioriza a prevenção e a promoção da saúde.
Quer saber como é a experiência de diferentes países com a Atenção Primária à Saúde? Vem que a gente explica.
Como é a Atenção Primária à Saúde no Reino Unido?
Assim como no Brasil, que tem o SUS, o Reino Unido possui um serviço nacional de saúde {mais conhecido pela sigla NHS}, que oferece a Atenção Primária à Saúde a todo mundo, seja qual for a nacionalidade, desde 1948.
Os profissionais responsáveis por esse atendimento primário são os chamados “general practitioners” que, no Brasil, são conhecidos por médicos de família e comunidade.
Eles são o primeiro ponto de contato dos britânicos com a saúde. Isso significa que, sempre que alguém precisa de um cuidado com a saúde {seja da Inglaterra, País de Gales, Irlanda ou Escócia}, basta procurar pelos médicos de família e comunidade da região e receber o atendimento.
Se o profissional avaliar que há necessidade de um olhar mais especializado, ele mesmo direciona a pessoa ao especialista {exatamente como funciona na Alice}. Isso garante que o sistema como um todo seja mais eficiente – este, inclusive, é um dos objetivos do NHS, segundo a própria instituição:
- Melhorar os resultados de saúde e cuidado;
- Melhorar as experiências das pessoas com serviços de saúde;
- Reduzir a pressão nos atendimentos de linha de frente;
- Tornar os serviços de saúde e cuidados mais eficientes.
Como é a Atenção Primária à Saúde no Canadá?
O Canadá é outro país que também prioriza a Atenção Primária à Saúde em um modelo nacional de cuidado. Isso não significa, porém, que todos os canadenses recebam exatamente a mesma atenção de saúde, já que podem haver variações conforme a província do país.
Mas, de forma geral, a rede de atenção primária é a base do cuidado e o profissional médico que atua na coordenação deste cuidado é o especialista em medicina de família e comunidade {igual no Reino Unido}.
E eles não estão sozinhos neste trabalho. As equipes canadenses também reúnem profissionais de outras áreas, como enfermagem, nutrição, fisioterapia e serviço social.
“Esse tipo de atendimento tipicamente envolve o cuidado de rotina e de questões comuns de saúde, além da saúde mental, saúde materna e infantil, serviços psicossociais, atendimento domiciliar, promoção de saúde e prevenção, aconselhamento nutricional e cuidados de fim de vida”, lista o Instituto Canadense para Informações de Saúde (CIHI, na sigla em inglês), organização não governamental que fornece dados sobre a saúde do país.
A participação de vários profissionais, prevista na Atenção Primária à Saúde, contribui para que o cuidado seja coordenado e que a pessoa seja observada por completo – o que garante um atendimento integral.
“A atuação do médico de família é altamente centrada na clínica e focada no indivíduo, com uma perspectiva familiar variada (a escolha do médico de família sendo do indivíduo não implica, necessariamente, que todos os membros familiares sejam vistos pelo mesmo profissional)”, destaca um estudo, divulgado pela revista científica Cadernos de Saúde Pública, da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).
Sabe onde mais há a preocupação em priorizar um cuidado centrado na pessoa {ou membro}? Na Alice. E sabe onde mais? No nosso vizinho Chile.
Como é a Atenção Primária à Saúde no Chile?
Ao contrário do Reino Unido e do Canadá, que já fortaleceram esse modelo de saúde há muito tempo, o Chile passou a priorizar a Atenção Primária à Saúde a partir dos anos 2000, depois de uma reforma na saúde do país.
Uma das principais mudanças começou em 2014, quando o Ministério da Saúde chileno incentivou a formação de profissionais especialistas em medicina de família, com o objetivo de melhorar a atenção primária.
“No Chile, a formação de médicos de família é, atualmente, uma das metas da estratégia nacional de saúde, onde se espera que aproximadamente 50% dos médicos alocados aos centros de saúde sejam médicos de família”, destaca um estudo, divulgado pela revista científica Cadernos de Saúde Pública, da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).
Atualmente, o país está implantando equipes de APS em sete territórios diferentes, a partir de projetos-pilotos, para alcançar o maior número de chilenos. Afinal, é a estratégia considerada de maior eficiência para o cuidado com a saúde da população, segundo a OMS.
Atenção Primária na Alice: por que esse é o melhor modelo?
Reino Unido, Canadá e Chile são apenas alguns dos países que colocam em prática o modelo da Atenção Primária à Saúde {alguns há mais tempo, outros menos}. Este é considerado pela OMS como o modelo mais inclusivo e igualitário para alcançar uma cobertura universal de saúde – e isso é parte da Alice.
A missão da Alice é tornar o mundo mais saudável, e a melhor forma de fazer isso é oferecendo o que há de melhor no cuidado com a saúde.
Aqui o foco é na promoção de saúde e na prevenção de doenças, com tecnologia e cuidado integrado, coordenado e humano.
O primeiro passo da sua jornada com a Alice é um mapeamento completo da sua saúde. No Scan, você compartilha com a gente as suas condições, necessidades e seus objetivos para ter uma vida mais saudável.
O Scan inclui o Score Magenta, um indicador de saúde que dá uma nota de 0 a 1000, de acordo com suas respostas. Dorme bem? Faz exercícios regularmente? Tem hábitos nocivos, como fumar? Tudo isso vai ajudar a calcular o seu score. {Bateu a curiosidade? Confira uma versão aberta, reduzida e gratuita do Score Magenta: a nossa Calculadora de Saúde}.
Com esses dados, vamos desenhar juntos o melhor caminho para que você fique cada vez mais saudável. A matemática é simples: uma boa gestão hoje gera lucro em saúde no futuro.