Macarrão à bolonhesa, croissant e purê de batata: esses três alimentos são deliciosas fontes de carboidrato, mas sabia que cada um deles têm um índice glicêmico diferente? {pausa para o queixo caído}.
Antes, vale uma explicação. Índice glicêmico é o fator que avalia a capacidade de um alimento em aumentar a circulação de açúcar no sangue (ou a glicemia) cerca de duas horas depois de ser consumido.
Alimentos que elevam muito essa quantidade de açúcar – e geram um pico de glicemia – são considerados de alto índice glicêmico. Já aqueles que mantêm uma estabilidade no açúcar em circulação possuem um baixo índice glicêmico.
A diferença é observada em uma escala, que vai de 0 a 100%:
- Baixo índice glicêmico: abaixo de 55%;
- Moderado índice glicêmico: 55%-69%;
- Alto índice glicêmico: acima ou igual a 70%.
E como isso afeta o organismo? Cada vez que há um pico de açúcar em circulação, o corpo entende que precisa absorver toda aquela fonte de energia {já viu o corpo desperdiçando energia? Jamais!}. Essa tarefa é feita pelo hormônio insulina, produzido pelo pâncreas.
Se a cada refeição o corpo tiver um pico de glicemia, mais e mais vezes vai acionar o pâncreas para liberar a insulina. Com o tempo, o órgão se cansa {quem não, né?}, o que pode levar à chamada resistência insulínica e ao risco de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão.
E apenas os carboidratos têm índice glicêmico calculado? Sim, segundo explica Graziele Reis, nutricionista da Alice. Mas é preciso lembrar que os representantes dos carboidratos não são apenas pão e macarrão. Frutas, leguminosas, tubérculos e grãos também possuem esse macronutriente.
Agora, para sanar a curiosidade: o purê de batata tem um índice glicêmico alto, enquanto o croissant é moderado e o macarrão à bolonhesa {pasmem}, baixo.
Índice glicêmico vs carga glicêmica: qual é a diferença?
Embora o cálculo do índice glicêmico seja mais conhecido, é importante destacar também o papel da carga glicêmica. E a melhor forma de explicar a diferença é pelo exemplo da melancia.
A fruta tem um índice glicêmico considerado alto, mas a sua carga glicêmica é baixa. Por quê? Porque, para a carga glicêmica, o importante não é apenas olhar como o organismo reage ao alimento, mas também qual é a quantidade de carboidrato presente no alimento e, principalmente, o quanto a pessoa vai comer.
Com 5g de carboidrato a cada 100g, uma melancia só vai gerar um pico de glicemia no organismo se a pessoa consumir um caminhão da fruta – o que nem sempre é o caso.
Isso não vale para pessoas com diabetes, que precisam prestar mais atenção tanto ao índice quanto à carga glicêmica dos alimentos. Afinal, a melancia continua tendo um alto índice glicêmico, o que pode afetar mais facilmente a glicemia de quem tem resistência à insulina.
Como controlar o índice glicêmico?
A solução não é cortar os alimentos com alto índice glicêmico e priorizar aqueles com baixo índice porque não é preciso ser tão radical, segundo Reis.
“Quando a pessoa quiser consumir alimentos com alto índice glicêmico, é importante associar a proteínas, como um iogurte natural, e boas fontes de gordura e fibras. Esses alimentos consumidos em conjunto vão ajudar no controle da liberação da glicemia na corrente sanguínea”, explica a nutricionista. É o caso do macarrão à bolonhesa.
Sem picos de glicemia, o corpo não se desespera para liberar a insulina – o que diminui o risco de doenças crônicas. Ao invés de comer a tapioca sozinha, por exemplo, por que não acrescentar um ovo, queijo ou até sementes como chia e gergelim na massa?
E os industrializados? Esses tendem a ter um índice glicêmico maior (especialmente as versões mais refinadas, que possuem poucas fibras) e, por isso, vale diminuir o consumo. “Mas, quando falamos dos alimentos preparados em casa, é possível fazer boas combinações para diminuir o índice. A batata inglesa, por exemplo, pode ser acompanhada de folhas verdes, que são fontes de fibras”, sugere Reis.
Outro exemplo é o pão branco de cada dia. Apesar de ter um índice glicêmico médio, a combinação com queijo branco ou cenoura ralada melhora a qualidade nutricional e mantém um equilíbrio. “Não é preciso pesquisar na internet qual é o índice do alimento, e isso não deveria decidir se vai comer ou não. O importante é fazer boas combinações”, explica.
Lista de alimentos com baixo índice glicêmico
Carboidratos com baixo índice glicêmico são aqueles que, na escala, são classificados como abaixo de 55%. Alguns exemplos são:
- Arroz integral;
- Arroz parboilizado;
- Espiga de milho cozida;
- Feijão preto cozido;
- Grão-de-bico;
- Inhame;
- Lentilha;
- Macarrão à bolonhesa;
- Cenoura cozida e crua;
- Ervilha fresca cozida;
- Iogurte de fruta tradicional e diet;
- Leite de vaca integral e desnatado;
- Pão de aveia;
- Pão de centeio;
- Ameixa crua e seca;
- Banana-prata;
- Damasco desidratado;
- Kiwi;
- Laranja;
- Maçã;
- Manga;
- Pera;
- Pêssego.
Lista de alimentos com índice glicêmico moderado
A classificação dos carboidratos com índice glicêmico moderado são aqueles que ocupam a escala entre os 55% e 69%. Alguns deles são:
- Arroz branco cozido;
- Batata-doce cozida;
- Batata inglesa assada;
- Cuscuz cozido;
- Beterraba cozida;
- Croissant;
- Pão de hamburger;
- Sorvete tradicional;
- Abacaxi;
- Mamão papaia;
- Uva-passa;
- Mel;
- Aveia em flocos;
- Mingau de aveia;
- Nhoque;
- Massa de panqueca;
- Polenta cozida;
- Banana;
- Melão;
- Morango;
- Abóbora cozida;
- Sacarose (açúcar comum).
Lista de alimentos com alto índice glicêmico
Os carboidratos que elevam rapidamente o açúcar em circulação no organismo são classificados com índice igual ou acima de 70%. Vale lembrar que eles não precisam ser eliminados da dieta, mas combinados a outros alimentos com fibras (como aveia, chia e linhaça), proteínas e gorduras boas, para diminuir o índice glicêmico. Confira alguns exemplos:
- Batata frita;
- Batata inglesa cozida;
- Purê de batatas;
- Aipim cozido;
- Biscoito de água e sal;
- Biscoito cream cracker;
- Pão francês;
- Pão preto de centeio;
- Pão tipo baguette;
- Melancia;
- Pipoca salgada;
- Tapioca.
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