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Febre em crianças: quando é hora de se preocupar? Entenda

Aumento da temperatura é uma resposta do sistema imunológico a agentes externos; saiba quais circunstâncias demandam mais atenção.

Febre em crianças o que fazer

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Quando o corpo da criança começa a ficar mais quentinho, os pais já desconfiam da temida febre.

Confirmada a temperatura elevada, surgem as dúvidas sobre a causa: é alguma doença viral, um dente nascendo ou talvez uma infecção?

Existe até uma expressão para demonstrar a sensação de ansiedade e insegurança gerada pelo sintoma: a febrefobia, bastante notada nos consultórios. 

De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, a febre é uma das queixas mais comuns nos atendimentos pediátricos. É preponderante em cerca de 30% das consultas, aumenta para 65% em serviços de emergência e está presente em 75% dos atendimentos telefônicos ou por mensagem feitos pelos pediatras.

Embora demande observação dos cuidadores, a febre não deve ser temida de imediato, mas encarada como sinal de que o sistema imunológico está agindo para defender o organismo. 

A febre representa uma mudança no controle central de temperatura que fica no nosso cérebro, provocada pela ativação das células de defesa quando é identificado algum agente invasor, como vírus, bactérias, fungos, entre outros. 

“O aumento da temperatura possibilita o recrutamento de mais células de defesa para o combate ao microrganismo identificado como uma ameaça. A elevação da temperatura também dificulta a replicação do agente externo, favorecendo o sistema de defesa”, explica a médica pediatra Amanda Monteiro, da Alice. 

As crianças costumam apresentar febre com frequência maior que os adultos por terem o sistema imunológico ainda imaturo e em formação. 

“Bebês e crianças possuem poucos anticorpos de memória para lidar com os diversos microrganismos com os quais entram em contato pela primeira vez. Por isso, a febre também costuma ser um dos efeitos colaterais mais comuns das vacinas”, diz a pediatra.

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Aumento da temperatura corporal: a partir de quantos graus é febre?

O valor de referência para que o aumento de temperatura seja considerado febre é maior ou igual a 37,8 °C, medido a partir de termômetro axilar.

Além de acelerar a frequência cardíaca e respiratória, a elevação da temperatura corporal costuma deixar a criança sem ânimo. Para diminuir o desconforto, o ideal é utilizar analgésicos, com ação antitérmica, conforme o peso. 

Segundo a pediatra Amanda Monteiro, apenas medidas comportamentais, como dar banho frio ou tirar roupas e cobertas, não reduzem a temperatura corporal e podem aumentar o incômodo da criança.  

“O principal objetivo é aliviar os sintomas, mais do que baixar a temperatura a qualquer custo. Os analgésicos demoram de 40 a 60 minutos para começar a agir. Após a medicação, pode ser dado um banho mais morno para, aí assim, trocar mais calor”, orienta a médica. 

Para repetir a dosagem, caso seja necessário, deve ser respeitado o intervalo de seis horas. Uma maneira de diminuir o risco de superdosagem é anotar o horário e o medicamento usado. 

É importante que a criança consiga se hidratar. Devem ser oferecidos água e outros líquidos à vontade. 

Ilustração mostra sirene

Sinais de alerta da febre 

A criança deve ser levada imediatamente para avaliação médica se: 

  • apresentar febre prolongada por mais de três dias (72 horas);
  • estiver prostrada ou sonolenta mesmo sem febre;
  • apresentar manchas vermelhas ou roxas pelo corpo que não somem quando pressionadas com o dedo;
  • vomitar de forma recorrente, impossibilitando a medicação por via oral;
  • estiver com falta de ar ou desconforto respiratório;
  • apresentar convulsão ou confusão mental;
  • apresentar sinais de desidratação, como choro sem lágrimas, boca seca ou diminuição da urina. 

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Mitos relacionados à febre infantil

Muitas pessoas acreditam que a febre alta pode causar convulsão na criança. Esse efeito, porém, não é considerado frequente. 

“A convulsão febril não é uma condição associada à temperatura da febre, mas, sim, a uma herança genética. Crianças com menos de cinco anos e com essa característica ficam predispostas a apresentar convulsão pelo aumento da temperatura corporal, independentemente do valor alcançado”, explica a médica Amanda Monteiro.

Segundo ela, a prevalência de convulsão associada à febre é considerada baixa — são registrados 6,4 casos para cada 1.000 crianças.

Outro mito é pensar que a febre precisa ser tratada com antibiótico. Esses medicamentos servem para enfrentar bactérias e só devem ser usados quando for comprovado que são elas que estão causando a resposta do organismo. 

“A febre é um sinal, e não uma doença. É preciso entender a origem do aumento da temperatura. A conduta de iniciar tratamento com antibiótico se dá a partir da avaliação e da decisão médica”, alerta a pediatra.

Leia também: Entenda como é a jornada da criança na Alice

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