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Imunidade baixa: como a defesa do corpo age?

Inúmeras células e elementos trabalham em conjunto para a proteção do organismo.

Amanda Milléo
| Atualizado em
8 min. de leitura
Imunidade baixa: como a defesa do corpo age?

Imunidade baixa: como a defesa do corpo age?

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É fácil culpar a imunidade quando surgem os primeiros sinais de um mal-estar, né? No primeiro espirro, falamos que a imunidade está baixa e acreditamos que os “shots de imunidade” ou os multivitamínicos vão dar um jeito. 

Mas, antes de recorrer a essas modinhas, você sabe como o sistema imunológico realmente funciona? 

Ao longo da pandemia da covid-19, ficamos mais familiarizados com alguns termos, como os anticorpos e os linfócitos, e agora vamos explicar qual é a lógica que o organismo segue para nos proteger. 

Como o sistema imunológico funciona?

Uma das funções do sistema imunológico é a defesa do organismo contra agentes externos, ou os microrganismos, como vírus, bactérias e fungos. E uma série de células e outros elementos, de diferentes tipos, tamanhos e funções, atuam em conjunto para esse objetivo. 

Alguns estão na linha de frente e, tão logo surge uma ameaça, são eles que atacam primeiro. Outros são responsáveis por identificar o inimigo e ensinar aos demais como combatê-lo. Há ainda aqueles que servem de mensageiros e acionam células mais especializadas contra o perigo que está batendo à porta. 

Mas, de forma geral, o sistema se divide em duas grandes frentes de batalha: a imunidade inata e a adaptativa. 

Imunidade inata e adaptativa: o que são?

Quando um bebê nasce, seu sistema de defesa já carrega uma série de elementos prontos para qualquer combate. 

Mesmo depois que crescemos, essas células continuam presentes e fazem parte da chamada resposta imune inata {ou natural}. Apesar de não serem elementos especializados, são os primeiros a reconhecer os antígenos {ou tudo aquilo que o corpo entende como não sendo dele próprio} e a anunciar o perigo, além de atacá-lo, claro. 

Normalmente, o sistema inato reconhece e combate os microrganismos que entram via pele {em um machucado, por exemplo} ou pelo sistema digestivo. Mas outra função muito importante é a eliminação de células que passam a se multiplicar de forma errada, evitando o surgimento de tumores e cânceres. 

Como nada é perfeito, a imunidade inata tem algumas limitações: reconhece apenas alguns tipos de antígenos e não guarda a memória imunológica dos microrganismos que atacou {até porque essa é a função de outros setores do sistema de defesa}.  

Fazem parte desse primeiro grupo de combate as células natural killers {ou exterminadoras naturais, citotóxicas não específicas}, macrófagos {famosos por “comerem” os microrganismos pela fagocitose}, neutrófilos, eosinófilos, entre outros.

E quando a resposta imune inata não dá conta dos microrganismos {ou precisa de uma reação mais especializada}, o que acontece? Entra em cena a resposta imune adaptativa, que vai combatê-los dentro e fora das nossas células {isso porque os agentes infecciosos entram nas células para se multiplicar}, e se divide em dois tipos:

  • Resposta imune celular {composta pelos linfócitos T, que atacam o microrganismo dentro das células, eliminando aquelas infectadas};
  • Resposta imune humoral {formada pelos linfócitos B, que fabricam os anticorpos, responsáveis por impedir que os microrganismos entrem nas células, atacando-os enquanto estão fora}.

Essa resposta adaptativa surge conforme as pessoas vão sendo expostas aos microrganismos ao longo da vida e, principalmente, às vacinas {que ensinam o corpo a produzir os anticorpos}, segundo dados da Escola de Medicina Johns Hopkins

Isso também favorece a memória imunológica, que faz com que o corpo reconheça depois quais foram os agentes causadores da confusão {o que facilita muito quando os encontramos novamente}, segundo informações do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas, dos Estados Unidos, (NIH, na sigla em inglês).

Uma diferença entre as duas frentes de batalha é que a resposta inata é rápida e às vezes machuca os tecidos saudáveis pela falta de especificidade. Já a adaptativa é precisa e direta, mas pode levar dias ou semanas até se desenvolver.

Anticorpos: o que são e quantos existem?

Todo mundo que passou pela pandemia da covid-19 em algum momento ouviu falar em anticorpos. Anticorpos são proteínas produzidas pelos linfócitos B e, pelo formato em Y, impedem que os microrganismos entrem nas células para se multiplicar – e essa é a principal função deles. 

Ao todo, temos cinco tipos diferentes de anticorpos, chamados pela sigla Ig, que significa imunoglobulina: 

  • IgM;
  • IgD;
  • IgA;
  • IgG;
  • IgE.

Logo depois de uma infecção viral, por exemplo, os linfócitos B produzem os anticorpos IgM e, como uma resposta mais tardia, formam-se os IgG. 

Para ficar mais claro, talvez você se lembre dos exames sorológicos feitos nos primeiros meses da pandemia, que avaliavam a presença dos anticorpos após a covid-19. Se o resultado apontasse uma quantidade maior de IgM, a infecção teria ocorrido recentemente e, se fosse mais IgG, a pessoa teria tido contato com o coronavírus há mais tempo.

Quanto aos demais anticorpos, o IgA está mais relacionado às mucosas, e atuam quando os microrganismos invadem por meio das vias respiratórias, boca, olhos, etc. Já os IgE surgem em resposta às reações alérgicas e contra vermes ou protozoários, e os IgD estão nas membranas, e acionam outras células de defesa. 

Ainda que o corpo produza todas essas imunoglobulinas, nem sempre os níveis de cada uma estarão altos {e isso é normal!}. Em geral, há mais anticorpos logo após as infecções, mas a tendência é que a produção reduza conforme a saúde seja restabelecida. Afinal, não há mais microrganismos a reconhecer e combater. 

Imunidade baixa: quem tem?

De forma geral, o sistema imunológico funciona como um relógio: cada elemento  tem uma função e, a cada nova ameaça, esses elementos atuam em conjunto para restaurar a  ordem. 

Mas o trabalho da defesa é mais fácil se a pessoa tiver hábitos de vida saudáveis, como manter a alimentação balanceada e o sono adequado, conseguir lidar com os momentos de estresse e praticar exercícios físicos com regularidade. Do contrário, talvez o sistema não esteja tão azeitado, o que o torna suscetível às doenças – e daí vem a expressão “imunidade baixa”.

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“Se uma pessoa trabalha o dia todo e no dia seguinte aparece resfriada, não significa que o trabalho fez ela se resfriar. Foi o cansaço exagerado, o estresse e o contato com o vírus que desenvolveram a doença”, explica Ekaterini Simões Goudouris, coordenadora do departamento científico de imunodeficiências da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai). 

Segundo Goudouris, embora a expressão “imunidade baixa” exista, a condição não é uma doença do sistema imunológico, mas algo transitório que não tem segredo e nem precisa de remédio para resolver – ou seja, repense os multivitamínicos e os shots de imunidade. 

“O sistema imune tem ciclos de funcionamento, e sabemos que ele é suscetível a outras situações. Quando a pessoa passa por um período de estresse emocional muito grande, pode comprometer um pouco o sistema, e chamamos isso normalmente de ‘imunidade baixa’”, destaca.

O que é imunodeficiência?

Mas nem todo mundo passa por esses problemas só de vez em quando. É o caso de quem recebeu o diagnóstico de uma imunodeficiência, seja ela primária ou secundária. 

Imunodeficiência primária

Por conta de um defeito genético, a pessoa desenvolve os chamados erros inatos da imunidade, o que compromete o sistema de defesa do corpo. Com isso, infecções comuns, como as otites, pneumonias e sinusites acontecem com mais frequência, e a recuperação é também mais complicada. Segundo dados da Asbai, há cerca de 400 defeitos genéticos associados às imunodeficiências primárias, e os mais comuns prejudicam a produção dos anticorpos. 

Imunodeficiência secundária

São mais frequentes que as imunodeficiências primárias porque a causa não é genética, mas está relacionada a medicamentos ou doenças {ou seja, é adquirida}. Segundo Goudouris, o vírus do sarampo é capaz de comprometer o sistema imune de forma secundária, assim como as medicações usadas nos tratamentos de doenças autoimunes {quando o sistema imunológico se volta contra o próprio corpo} e de tumores. “Basicamente, remédios e doenças causam um comprometimento secundário do sistema imune”, afirma. Outro exemplo mais conhecido é o HIV: vírus da imunodeficiência adquirida, causador da aids. 

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