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A melhor vitamina para imunidade? Vem que a gente te conta

Antes de gastar com cápsulas “mágicas” na farmácia, entenda como a imunidade funciona.

Amanda Milléo
| Atualizado em
5 min. de leitura
A melhor vitamina para imunidade? Vem que a gente te conta

A melhor vitamina para imunidade? Vem que a gente te conta

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A promessa dos multivitamínicos é atraente. Você toma diariamente um comprimido (ou cápsula ou uma bala de gelatina) e fica com todas as vitaminas e minerais em carga total para uma defesa completa. Pena que não é assim que o corpo funciona. {Quem dera, né?}

Primeiro porque dificilmente vamos precisar de todos os micronutrientes – e na exata quantidade – oferecidos por esses produtos. Há quem precise de mais ferro, cálcio ou zinco, e em valores diferentes para cada substância.  

“Quando a pessoa ingere todas as vitaminas de uma vez só, pode não ter o efeito esperado. Por exemplo, o ferro e o cálcio ‘entram’ pela mesma porta nas células. Quem entra primeiro fecha a porta e o outro fica de fora, e a gente não sabe qual está sendo absorvido pelo corpo”, explica Rafaela Schmidt, nutricionista esportiva da Alice. 

Em pessoas que precisam repor tanto o cálcio quanto o ferro, a recomendação é suplementar de forma separada, em comprimidos ou cápsulas para cada uma das substâncias, e em momentos diferentes do dia. “O que fazemos é um suplemento específico de ferro pela manhã, por exemplo, e de cálcio à noite”, detalha.  

Qual vitamina aumenta a imunidade? Todas!

Outro erro é achar que existe uma única vitamina mais importante que as outras {atenção para quem repõe a vitamina D sem orientação}. 

Todas as vitaminas têm seu papel e função para deixar o corpo e o sistema imunológico mais saudáveis. Isso não significa que você precise repor todas elas em forma de suplementos. 

“Se a pessoa não tem qualquer deficiência nutricional, não adianta achar que ingerir o zinco vai compensar. O excesso desses elementos não vai fazer o sistema funcionar melhor”, explica Ekaterini Simões Goudouris, coordenadora do departamento científico de imunodeficiências da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai). 

E o mais importante: a absorção dos suplementos pelo corpo não chega aos pés da absorção das vitaminas recebidas via alimentação.

“O ideal é criarmos o hábito de uma alimentação variada, com todos os grupos alimentares, e aí entram carboidratos, grãos, verduras, legumes, frutas, carnes, peixes, castanhas, azeite de oliva extra virgem, dentre outros. Essa alimentação balanceada e variada já supriria as necessidades diárias de vitaminas e minerais recomendadas, e não é indicado o uso de polivitamínicos sem orientação médica”, reforça Nayara Almeida Oliveira, médica nutróloga da Comunidade de Saúde da Alice.

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Há malefícios dos multivitamínicos?

Se, de forma geral, não há benefícios extras em incluir os multivitamínicos na rotina, poderia haver algum dano? Ainda não se sabe, de acordo com a US Preventive Service Task Force, grupo de especialistas em atenção primária da saúde dos Estados Unidos. 

Para eles, as evidências científicas sobre a suplementação de vitaminas para a prevenção de câncer e doenças cardiovasculares são insuficientes para determinar se esses produtos são mais benéficos ou maléficos à saúde.

Para a suplementação da vitamina E e do betacaroteno (pigmento antioxidante encontrado em algumas frutas e legumes, como a cenoura), a entidade é mais direta: eles não recomendam o uso desses suplementos. 

No caso da vitamina E, não há evidências de benefícios. Já o betacaroteno pode aumentar o risco de câncer de pulmão entre alguns grupos, como fumantes e quem se expõe ao amianto – substância cancerígena, segundo dados do Inca (Instituto Nacional do Câncer).

Recentemente, um estudo publicado na revista científica Alzheimer’s & Dementia destacou que os multivitamínicos poderiam trazer um benefício para a memória e cognição de idosos. Para isso, eles avaliaram mais de 2,2 mil participantes, com idade média de 73 anos, que consumiram multivitamínicos durante três anos. 

Embora os resultados sejam positivos aos suplementos, é importante que outros estudos sejam feitos para confirmar esses achados. Afinal, pesquisas anteriores sempre deixavam uma margem de dúvida com relação aos benefícios desses produtos. 

E os próprios pesquisadores destacam isso no estudo. “Investigações adicionais da relação entre micronutrientes e tratamentos em grupos mais diversos de participantes são indicadas para confirmar os resultados e para explorar mecanismos que possam explicar os benefícios observados.”

Antes de gastar com cápsulas “mágicas” na farmácia, entenda como a imunidade funciona.

O que tomar para aumentar a imunidade?

O melhor é tomar uma atitude e favorecer hábitos mais saudáveis no dia a dia. Isso, sim, vai garantir um sistema imunológico pronto para qualquer desafio. 

Aí estão incluídos a alimentação saudável, o sono reparador, os exercícios físicos na rotina e aprender a lidar com o estresse, algo tão importante quanto os outros requisitos.

“Não existe essa ideia de evitar completamente o estresse, porque ele faz parte do cotidiano. O que precisamos é aprender a lidar com ele, e isso cada pessoa faz de uma maneira única. O que funciona para mim pode não funcionar para você”, explica Goudouris, da Asbai.

Segundo a nutróloga Nayara Oliveira, quem favorece o equilíbrio está com a imunidade garantida. “Viver a vida com equilíbrio, cuidando da saúde física e mental, evitando o tabagismo e o uso de bebidas alcoólicas, além de ingerir água de forma otimizada”, completa.

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