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Baseado em evidências científicas

Nootrópicos: quais os riscos dos remédios para produtividade

Neuroestimulantes, nootrópicos ou "smart drugs" são destinados a pessoas com transtornos de atenção e não devem ser usados levianamente.

Time Alice
| Atualizado em
6 min. de leitura
Nootrópicos: quais os riscos dos remédios para produtividade

Nootrópicos: quais os riscos dos remédios para produtividade

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Há dias em que uma “poção mágica” que aumentasse a produtividade, o foco e até a memória seria a solução perfeita para todos os problemas. Mas será que elas existem?

Por muito tempo, café e bebidas energéticas ocupavam esse papel no imaginário das pessoas. De uns anos para cá, muitas vêm recorrendo a uma prática arriscada: fazer uso, sem prescrição e por conta própria, das chamadas “smart drugs” – ou nootrópicos – tentando obter supostos “ganhos” de atenção.

O que são nootrópicos ou “smart drugs”?

Nootrópicos são medicamentos neuroestimulantes que aumentam as capacidades cognitivas e possuem princípios ativos muito parecidos, os mais comuns são o cloridrato de metilfenidato (comercializado com o nome Ritalina) e o dimesilato de lisdexanfetamina (Venvanse).

Eles são de uso controlado (ou seja, com receita) e indicados para o tratamento contra o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) e, em alguns casos específicos, também contra a narcolepsia.

O metilfenidato é um medicamento relativamente antigo, existe desde a década de 1960, mas sua versão mais popular (comercializada sob o nome Concerta) existe nos Estados Unidos desde 2000. Sendo assim, o uso desse tipo de medicamento tem pouco mais de 20 anos.

Por aqui, seu uso vem aumentando. Uma pesquisa da Universidade Estadual do Rio de Janeiro mostrou que, de 2004 a 2014, o uso de Ritalina cresceu 775% no Brasil.

Como agem os nootrópicos?

Essas medicações atuam no sistema nervoso central, tornando as vias neurológicas mais sensíveis ao estímulo. Em linhas gerais, as “smart drugs” deixam as pessoas mais “espertas” {entre muitas aspas}, gerando uma melhora na capacidade de concentração, reduzindo alguns sintomas ansiosos e permitindo que as pessoas mantenham um foco maior – além de, em alguns casos, contribuírem para a perda de peso, segundo explica Luís Antônio Soares Pires Filho, médico da família e comunidade da Alice.

Há quem relate até mesmo um ganho de memória. Mas, segundo Pires Filho, esse efeito é um subproduto do aumento da concentração.

“Normalmente, os nossos maiores problemas de memória, principalmente a de curto prazo e relacionada a eventos do dia a dia e compromissos, então associados à nossa incapacidade de manter uma atenção plena naquelas situações e de reter as informações. Ou seja, temos problemas de memória porque nem sempre prestamos atenção necessária para que aquela informação seja adequadamente guardada, então [os medicamentos] tendem a ajudar nesse sentido”, detalha.

Riscos dos nootrópicos

Quem busca essas medicações por conta dos supostos benefícios precisa se lembrar que eles são medicamentos, e não suplementos.

“Portanto, não podem ser utilizados levianamente, têm que ser utilizados para um tratamento específico. O problema é quando as pessoas consegue acesso às medicações de forma irregular e sem o acompanhamento médico adequado”, alerta o médico, que conclui: “Tomar o remédio só para garantir performance de trabalho é o pior cenário possível”.

Segundo Pires Filho, além de pessoas que fazem uso dos medicamentos sem nenhuma indicação clínica nem sintomas de TDAH, há também uma onda crescente de quem faz o “auto” diagnóstico para o transtorno, sem consultar um profissional da saúde capacitado, como psiquiatras, médicos de família e clínicos.

“Há quem faz um teste na internet, conversa com amigo, olha nas redes sociais e acha que possui o transtorno só porque tirou uma nota ruim na faculdade ou porque não consegue se concentrar para ler um livro. Muitas vezes não é TDAH, mas apenas o modo como a pessoa construiu a personalidade dela, o jeito como ela está acostumada a lidar com as questões. Existem critérios para diagnóstico que são muito bem estabelecidos que determinam se a pessoa tem ou não o TDAH.”

A Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA) estima que, no Brasil e no mundo, o TDAH esteja presente entre 5% e 8% da população.

Efeitos colaterais dos nootrópicos: quais são?

  • Irritabilidade;
  • Piora nos sintomas ansiosos e depressivos e na sonolência fora de hora, por mais que os remédios tenham como objetivo promover efeitos contrários a isso;
  • Oscilações de humor;
  • Alterações no trato gastrointestinal, como diarreia e desconforto abdominal;
  • Erupção cutânea;
  • Tensão emocional;
  • Alterações de personalidade;
  • “Tique” nervoso;
  • Alterações no sistema de defesa;
  • Raiva,
  • Distúrbios no sono;
  • Hiperatividade
  • Secura nos olhos e nas mucosas;
  • Alterações cardíacas.

Quem faz uso desse tipo de medicamento pode gerar uma dependência química para a medicação e se tornar dependente, assim como para outros estimulantes, como a cocaína, explica o médico da Alice.

Segundo Pires Filho, também há um risco para uma dependência psicológica. “A pessoa se acostuma com o estilo de vida que ela tem enquanto está sob efeito daquele medicamento. Quando fica sem a medicação, sofre as consequências”.

Suplementos para aumentar o foco: quais são?

Nas farmácias e lojas de produtos naturais, também existem muitas promessas de fitoterápicos para melhorar a performance, o foco e a concentração. Além de suplementos à base de cafeína e guaraná, há mais específicos como o ashwagandha, a centella asiática, a maca peruana etc.

“Na maior parte das vezes, eles não ajudam em nada. As evidências que temos é, do ponto de vista populacional, esses suplementos não trazem benefícios para foco, concentração ou raciocínio. Cafeína, guaraná e outros produtos têm efeito estimulante e a pessoa, às vezes, pode se sentir mais desperta, mas dificilmente ficará mais mais rápida ou mais atenta. Muito provavelmente o que ela precisa é dormir melhor e se estressar menos, e está colocando a responsabilidade nesses suplementos”, explica o médico.

Além disso, por mais que sejam fitoterápicos e derivados de plantas, todo suplemento pode ter algum tipo de efeito colateral que pode não fazer bem a alguma parcela da população.

“A ashwagandha, por exemplo, pode causar lesões hepáticas, pedra no vesícula, e outros problemas semelhantes. Tudo tem uma consequência”, alerta Luís Filho.

O ideal, portanto, é sempre consultar um profissional da saúde que conheça suas condições de saúde e consiga fazer essa avaliação.

Como melhorar o raciocínio?

Se não há poção mágica, o que fazer para melhorar o raciocínio?

Na maioria dos casos, problemas relacionados à falta de foco, de memória ou de atenção estão relacionados a hábitos e estilo de vida.

Alguns pontos para melhorar são:

  • Manter horário regular de sono;
  • Ter uma alimentação balanceada;
  • Fazer exercícios físicos com regularidade;
  • Controlar o estresse;
  • Evitar cigarro, drogas e bebidas alcoólicas.

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