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O que é e como funciona o DIU?

Tire todas as suas dúvidas sobre DIU: quais são os tipos, como o dispositivo é inserido no útero, quais são as indicações e quanto tempo dura.

Time Alice
| Atualizado em
9 min. de leitura
Profissional de saúde mostra DIU na Casa Alice

Profissional de saúde mostra DIU na Casa Alice

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O nome é bem autoexplicativo: a sigla DIU significa “dispositivo intrauterino” –ou seja, trata-se de um pequeno aparelho que, ao ser colocado dentro do útero, impede a gestação. 

O DIU é feito de plástico em um formato de “T” e é pequenininho, com cerca de 3 cm de comprimento –não se preocupe que ele é acomodado com folga dentro do útero, que tem 7 cm de comprimento.

Esse tipo de método contraceptivo é considerado de longa ação, já que pode durar até 10 anos dentro do organismo da mulher, além de ser de altíssima eficácia, com uma taxa de falha de apenas 0,1% (a da pílula anticoncepcional pode chegar a 8%).

“A vantagem é que, por não depender do uso da mulher, o DIU age sozinho e vai ser sempre usado e colocado em condições ideais. Se pensar na pílula e no preservativo, eles dependem das pessoas, aumentando as chances de falhas”, explica o ginecologista Rogério Bonassi, presidente da Comissão Nacional Especializada em Anticoncepção da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia).

Por fim, o DIU é um método contraceptivo reversível, ou seja, a partir do momento que a mulher desejar engravidar, ela pode remover o dispositivo, sem prejuízos para a fertilidade {ufa}.

Existem contraindicações?

Assim como os demais métodos contraceptivos, o DIU possui algumas contraindicações. 

Ele não é recomendado para pessoas com:

  • malformações no útero;
  • miomas;
  • pólipos;
  • infecções pontuais (como uma doença inflamatória pélvica, infecção genital que pode subir para o útero e as trompas) 
  • endometriose (o dispositivo pode causar ainda mais sangramentos, sobretudo o de cobre.

É muito importante conversar com um(a) profissional da saúde para entender qual será o melhor método contraceptivo indicado, baseado em seu histórico médico e pessoal, além dos planos para engravidar e hábitos de vida.

“A mulher tem que ter autonomia nessa decisão, de acordo com o momento da vida dela. As demandas da vida de uma adolescente são diferentes das de uma mulher com 30 ou 40 anos. O primeiro ponto é ter bastante informação e acesso fácil aos métodos. Mas será sempre uma decisão compartilhada com as pacientes”, explica Miriane Marques, ginecologista da Casa Alice.

Tipos de DIU

No Brasil, atualmente há dois tipos de DIU utilizados: o de cobre e o hormonal

Os dois têm atuação semelhante, que é a de promover um ambiente inóspito para o espermatozoide, que fica impedido de encontrar o óvulo e promover a fecundação. E, diferentemente da pílula anticoncepcional, as mulheres seguem ovulando quando aderem ao DIU.

DIU de cobre

Como funciona

O DIU de cobre possui pequenos fios de cobre enrolados na haste de plástico. O metal causa uma espécie de reação inflamatória no útero, inibindo tanto que o espermatozoide alcance o óvulo e o fecunde. 

Além disso, caso haja uma improvável fecundação, a gestação não segue adiante por não encontrar um ambiente intrauterino propício para tal.

Às vezes, o DIU de cobre possui também alguns fios de prata, mas trata-se de detalhe e, portanto, não é correto falar em “DIU de prata”.

Efeito contraceptivo

O DIU de cobre começa a ter seu efeito contraceptivo 24 horas após a colocação.

Duração

A concentração do cobre é o que dita o tempo da eficácia desse tipo de dispositivo, que pode durar de 3 a 10 anos.

Indicações e contraindicações

O dispositivo de cobre tem, porém, algumas contraindicações. Pode haver casos em que o fluxo sanguíneo aumenta em função da atividade inflamatória. Portanto, se a pessoa já tiver uma predisposição a situações assim, o mais recomendado é o hormonal.

Cobertura e preço

O dispositivo custa, em média, de R$ 100 a R$ 350, mas ele já é amplamente oferecido na rede pública, e, portanto, costuma ser o mais usado no país quando se fala em DIUs. 

DIU hormonal

Como funciona

Muito chamado de “DIU Mirena”, que é o nome de uma das marcas (há também outro modelo no país chamado Kyleena), ele contém levonorgestrel, hormônio com atuação específica no muco cervical produzido no útero. 

Em vez de soltar o cobre, este tipo de DIU solta o hormônio, explica Bonassi. E, no lugar da reação inflamatória, o que ocorre é uma diminuição da espessura do endométrio (a camada interna do útero), alterando o ambiente de subida do espermatozoide, que encontra uma espécie de barreira que o impede de subir para a fecundação. 

Em suma, ambos os métodos “cansam” o espermatozoide, que “nada”, mas morre na praia.

A ação deste hormônio é local, e não há os efeitos sistêmicos que a mulher sente ao tomar os hormônios da pílula anticoncepcional, por exemplo.

Efeito contraceptivo

O DIU hormonal começa a fazer efeito sete dias após a aplicação. 

Segundo Miriane Marques, ginecologista da Alice, é praxe recomendar o uso de um contraceptivo complementar, como o preservativo, nos primeiros 30 dias após a inserção devido ao período de maior taxa de expulsão.

Duração

Este tipo de dispositivo costuma durar cinco anos (no caso do Kyleena), e de 5 a 8 anos, para o Mirena, segundo uma nova recomendação de extensão pelo FDA (a agência reguladora dos Estados Unidos).

Indicações e contraindicações

Por atuar no útero, ele tem os benefícios locais do hormônio, como uma possível redução no fluxo menstrual (algumas mulheres até param de sangrar), menos cólicas e redução dos sintomas da TPM (tensão pré-menstrual).

O DIU hormonal também possui indicações específicas como, por exemplo, para uma mulher que tenha anemia por sangrar demais.

Cobertura e preço

O DIU hormonal não é ofertado no Sistema Único de Saúde (SUS), mas é coberto por planos de saúde. Caso a mulher opte por comprá-lo, ele custará entre R$ 900 e R$ 1.000.

Como é colocado o DIU?

A colocação do dispositivo costuma ser simples: ela é feita em ambiente ambulatorial ou mesmo no consultório médico, mas precisa ser realizada por um(a) ginecologista. 

Segundo explica Bonassi, a mulher não pode estar grávida nem com suspeita de gravidez. Por isso que, no serviço público, a colocação costuma ser feita durante a menstruação, embora ele possa ser inserido em qualquer momento do ciclo menstrual.

A aplicação leva poucos minutos e não costuma doer. O que pode é surgir uma cólica leve e um pequeno desconforto. Muitos médicos costumam aplicar uma anestesia local para reduzir esses sintomas, mas não é necessário.

Após alguns dias, faz-se um ultrassom para checar se o DIU ficou bem posicionado no útero.

A principal complicação que pode acontecer durante a aplicação do dispositivo é uma eventual perfuração do útero, mas, segundo Bonassi, isso é muito raro (1 caso para cada 2.000 colocações, de acordo com ele). E logo o útero se regenera, não impedindo gestações futuras.

Outra intercorrência, esta mais tardia, é a expulsão do dispositivo pelo organismo da mulher, que pode ocorrer em até 5% dos casos.

Para quem o DIU é indicado?

O método contraceptivo pode ser usado por mulheres em fase reprodutiva de todas as idades, até mesmo por quem nunca passou por uma gestação. Logo, abrange desde adolescentes até mulheres antes da menopausa.

“Geralmente, se faz uma pergunta para a mulher: ‘quando você pretende engravidar?’ Se ela responder que seria em três anos ou mais, ou mesmo quando ela diz nunca, a gente tende a utilizar métodos de longa duração, como o DIU, por serem mais práticos. Se a resposta for ‘no ano seguinte’, não compensa colocar um DIU. Seria mais prático usar pílula ou um anel vaginal”, explica Rogério Bonassi, ginecologista da Febrasgo.

Para adolescentes menores de 14 anos, a Febrasgo e a Sociedade de Pediatria Brasileira elaboraram uma orientação para que os médicos colham um consentimento dos adolescentes, e eventualmente de seus responsáveis, caso se opte pelo DIU ou pelo implante hormonal, por necessitarem um procedimento médico mais invasivo em sua colocação.

Segundo Bonassi, um estudo da Febrasgo feito em 2020 mostrou que 33% das mulheres atendidas pela saúde suplementar (convênios de saúde) faziam uso da pílula anticoncepcional, que é o mais popular método contraceptivo no Brasil, por ser mais barato e mais fácil de usar. Apenas 2% usavam de DIU de cobre, contra 6% do de Mirena, totalizando 8% deste tipo de método.

Já no SUS, segundo Bonassi, somente 1,4% das mulheres aderiram ao DIU; já a pílula sobe para 30% a 35%, e a taxa de laqueadura, que vem caindo bastante, beira os 15%. 

“A conclusão é que é necessário disponibilizar mais métodos. A mulher quer ter mais opções. Quando você disponibiliza métodos de longa ação, há procura”, diz Bonassi.

Como é na Alice?

Na Alice, a colocação do DIU é feita pela equipe médica de forma rápida, descomplicada e, o mais importante, sem nenhum tipo de entrave social — qualquer pessoa membra com útero terá ajuda do nosso time gestor para decidir qual é o melhor método contraceptivo para ela. 

Se o DIU for o método escolhido, os encaminhamentos para os exames e para o procedimento chegarão via app da Alice. Com os exames feitos, é só marcar a data da inserção também pelo aplicativo.

A Casa Alice tem toda a estrutura para inserir o DIU da forma mais confortável possível.

Antes do procedimento em si, o profissional responsável vai conversar com você para tirar possíveis dúvidas. 

Nesse papo, você terá informações sobre a possibilidade de usar anestesia local ou então as chamadas técnicas analgésicas — uma mistura mágica de música tranquila, iluminação acolhedora, cobertores e bolsinha térmica.

Depois da inserção, o profissional checa na hora com o ultrassom se o DIU está bem posicionado — e na saída você ainda pode tomar um chá e receber os famosos lanchinhos da Casa Alice.

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