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Reações à vacina da gripe: quais são as mais comuns?

Febre, dor no corpo e mal-estar são reações esperadas da vacina da gripe e que indicam um bom sinal; saiba mais.

Reações à vacina da gripe: quais são as mais comuns?

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Febre, dor de cabeça e mal-estar como reação das vacinas são sintomas comuns e até mesmo esperados como reação à vacina da gripe, sabia? 

Isso acontece porque as vacinas entregam ao sistema imunológico uma espécie de “alerta” – que pode vir em formatos diferentes, a depender da tecnologia empregada para o desenvolvimento daquele imunizante. No caso da vacina da gripe, o alerta pode vir na forma do vírus “morto” {ou, em termos mais técnicos, inativado} ou apenas fragmentos dele.

Diante dessa ameaça inativada, as células de defesa reconhecem que aquele é um corpo estranho e estudam as características do agente infeccioso para que, em um próximo encontro {daí com a versão “viva”}, elas saibam exatamente o que fazer para evitar que ele se espalhe e cause a doença. 

De forma geral, é assim que todas as vacinas funcionam {o que muda é o formato do alerta, dependendo da composição da vacina}. 

“Temos os sintomas porque é justamente a reação da briga do corpo contra esse agente, com o objetivo de criar uma defesa. Algumas pessoas têm mais reação, enquanto outras menos. Mas são sintomas autolimitados, que duram 48 horas, no máximo”, explica Thiago Santos, médico de família e comunidade da Alice

Quais sintomas são mais comuns da reação da vacina da gripe?

A vacina da gripe não gera desconforto logo após a aplicação, de acordo com o Ministério da Saúde, mas pode trazer alguns sintomas ao longo dos dois dias seguintes, como:

  • Dor, vermelhidão e inchaço no local da aplicação;
  • Febre;
  • Mal-estar geral, como dor no corpo ou dor de cabeça.

“É habitual, esperado e um bom sinal quando há reação vacinal. Isso significa que o organismo identificou o agente patógeno de fato”, explica Luís Antônio, médico de família e comunidade da Alice

E, quando analisamos os sintomas, eles também fazem sentido, sabia? “O corpo aumenta a temperatura, formando a febre, para tentar matar o vírus. Na tentativa de criar a febre, usamos o tecido muscular, que faz uma contração e gera a dor no corpo”, detalha Antônio. 

Se os sintomas pressupõem que o organismo entendeu o recado, há algum problema em não ter reação? Segundo Antônio, não. “A gente pressupõe que a vacina funcionou, porque algumas pessoas têm e outras não têm reação. E não é necessário fazer nenhum exame de dosagem da sorologia para confirmar. Mesmo quem não tem sintomas desenvolve, sim, a imunidade.”

Ainda sobre as reações, de acordo com Daniel Jarovsky e Janete Kamikawa, infectologistas pediátricos do Grupo de Pediatria do Fleury {parceiros da Alice, inclusive} e consultores médicos em imunização, vale destacar que grande parte dos eventos adversos são associações temporais com a imunização (como infecção respiratória ou intestinal manifestada junto à vacinação), sem uma relação causal real.

Reação da vacina da gripe: o que fazer?

Sintomas explicados, mas o que fazer nesse momento? “É importante ter em mente que a reação vacinal é autolimitada. Ou seja, ela tem um começo, meio e fim, e se resolve sozinha. Medicamentos analgésicos e antitérmicos podem ser usados, mas também é importante que a pessoa beba mais água e espere passar”, afirma Santos. 

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Quando tomar a vacina da gripe?

A melhor época para se vacinar contra a gripe é antes de o inverno chegar, para dar tempo de todo mundo se proteger e desenvolver a imunidade, o que leva cerca de 15 dias após a aplicação.

Por isso que as campanhas do Ministério da Saúde começam ainda no verão, sabia? Inclusive, a campanha de 2023 já teve início e foca em três metas:

  • Vacinar a população contra a gripe;
  • Reforçar a vacina contra a covid-19 {com a versão bivalente para grupos com maior risco de desenvolver sintomas graves da doença; e a monovalente, que já vem sendo aplicada desde 2021, para a população em geral};
  • Promover a multivacinação contra o sarampo e a poliomielite nas escolas.

Vacina bivalente para covid-19: quem vai tomar?

A princípio, o público que vai receber as vacinas bivalentes {que atuam contra a cepa original e as subvariantes da variante Ômicron} será dos grupos prioritários, como:

Na primeira etapa (a partir de 27 de fevereiro):

  • Idosos com 70 anos ou mais;
  • Pessoas acima de 12 anos vivendo em instituições de longa permanência e os trabalhadores destes locais;
  • Pessoas acima de 12 anos imunocomprometidas;
  • Indígenas, ribeirinhos e quilombolas, a partir de 12 anos.

Na segunda etapa (a partir de março):

  • Idosos de 60 a 69 anos (a partir de 6 de março);
  • Gestantes e puérperas (a partir de 20 de março).

Depois do dia 17/04:

  • Trabalhadores da saúde;
  • Pessoas com deficiência permanente, acima de 12 anos;
  • Detentos e adolescentes cumprindo medidas socioeducativas, além dos funcionários do sistema de privação de liberdade.

Vacina causa a gripe?

A dúvida é muito comum, mas a resposta é simples e direta: não tem como. 

Primeiro porque a vacina não entrega o vírus “vivo” para o organismo, apenas versões inativadas, ou seja, fragmentos do agente. Logo, não é possível gerar uma doença a partir disso.

Segundo porque a reação à vacina pode até se confundir com a doença, mas são sintomas mais brandos em comparação com desenvolver, de fato, a gripe. 

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