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Existem alimentos que causam aftas? Entenda essa relação

Sabe o que é bom para afta? Veja aqui quais alimentos, remédios e hábitos aliviam a dor (e como evitar que elas apareçam).

Ana Araujo
| Atualizado em
6 min. de leitura
Close das mãos de uma mulher cortando laranjas, um dos alimentos que podem piorar a afta

Close das mãos de uma mulher cortando laranjas, um dos alimentos que podem piorar a afta

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Uma laranja bem suculenta pode trazer uma experiência deliciosa ou dolorosa. Se você tiver uma afta na boca, é bom se preparar para aquela ardência.

Apesar da sensação, não dá para cravar em pedra que alimentos causam aftas. Pelo menos não sozinhos. Então, o que provoca essas danadinhas?

“As aftas têm causa multifatorial, ou seja, diversas questões podem estar envolvidas”, afirma a nutricionista Fernanda Lancellotti, da Comunidade de Saúde da Alice.

Olha só quantas causas podem estar em jogo no surgimento das aftas:

  • Imunidade baixa;
  • Alterações hormonais (como TPM);
  • Tabagismo;
  • Álcool;
  • Higiene bucal inadequada;
  • Traumas na região (como mordida e escovação agressiva);
  • Estresse e outros fatores psicológicos e;
  • Deficiências de nutrientes.

Ah, e se alguém da sua família costuma ter aftas, é capaz que você {e outros parentes} também tenham. 

“As evidências científicas também vêm apontando para componentes genéticos que predispõem a aftas. A boa notícia é que isso não está, necessariamente, associado a nenhum outro problema de saúde”, completa Luís Antônio Soares Pires Filho, médico de família e comunidade e membro do time de Health Excellence da Alice.

Afinal, qual é a relação entre alimentos e afta?

A nutricionista comenta que, de fato, esse tipo de úlcera surge mais facilmente quando consumimos alimentos ácidos, condimentados ou picantes. É o caso das frutas ácidas, como abacaxi, limão e laranja, do molho de pimenta e do molho inglês.

Isso porque eles diminuem a proteção da mucosa oral (a membrana que cobre a região) e, se outra condição andar junto — como estresse ou imunidade baixa —, o risco de a afta surgir aumenta. 

“Se a lesão já estiver instalada, alimentos com essas características podem piorar o quadro”, alerta a nutricionista. 

Essa é uma das formas que a alimentação contribui com o quadro, mas não é a única.

“A deficiência de alguns nutrientes, principalmente ferro, ácido fólico e vitaminas B12, C, A e E, também pode contribuir para a ocorrência de aftas”, diz Lancellotti.

A nutricionista explica que a deficiência de vitamina B12 está relacionada à ardência e à menor proteção do tecido na região da boca, enquanto as vitaminas A, C e E estão relacionadas à integridade desse tecido {ou seja, quando estão em falta, ele acaba mais danificado}.

Já a deficiência de ácido fólico contribui para a degeneração das células da mucosa (o tecido que reveste a boca e outras partes do corpo) aos poucos, o que acaba favorecendo o surgimento das aftas. 

Por fim, a deficiência de ferro está ligada ao enfraquecimento do sistema imunológico {o que pode ter tudo a ver com essas pilantrinhas, como você verá adiante}.

Nessa linha de raciocínio, turbinar o consumo desses nutrientes é uma das linhas de defesa contra as aftas. A nutricionista dá a lista de onde encontrá-los:

  • Vitamina B12: carnes em geral, peixes, ovos, leite e derivados;
  • Ferro: carne vermelha, feijões e folhas verde escuras;
  • Ácido fólico:  feijão branco, verduras de folhas verde escuras,  gema de ovo, fígado, peixes;
  • Vitamina A: peixe, ovo, vegetais amarelo-alaranjados;
  • Vitamina E: vegetais verde escuros, castanhas, ovos;
  • Vitamina C: limão, laranja, caju, acerola, morango.

>> Como montar um plano alimentar para as refeições? Veja passo a passo

Afta pode ser imunidade baixa?

A ciência vem explorando algumas hipóteses sobre a relação entre imunidade e aftas. Em uma delas, conta Lancellotti, o sistema imune “quebraria” as chamadas células epiteliais, que são parte dos tijolinhos que formam a mucosa oral.

Traduzindo: “Quando a imunidade está comprometida, uma das reações do nosso corpo pode ser a destruição de tecidos, incluindo os da região da boca. Situações de estresse que podem levar a uma redução na imunidade e ressecamento de mucosas também podem entrar na equação”, explica a nutricionista.

Essa não é a única hipótese. “As evidências mais recentes apontam que as aftas podem surgir quando temos uma resposta inflamatória exagerada a alguma lesão da boca — ou seja, uma resposta imune mais forte do que o necessário”, comenta o médico de família da Alice.

É como se você machucasse a boca e, na tentativa de curar a ferida, o sistema imunológico exagerasse na dose. Aí a confusão {aliás, a afta} está formada.

E aí, o que é bom para afta? Remédios, pomadas e hábitos

Se uma dessas danadinhas surgirem por aí, a primeira atitude é acertar no cardápio e fugir dos alimentos que vão piorar a situação {ácidos, apimentados e condimentados, lembra?}. 

“A recomendação é preferir preparações em temperaturas amenas e em consistência que não incomode ou intensifique a dor. Comida pastosa pode ser uma boa pedida”, aconselha Lancellotti.

Na hora de higienizar a boca, vá com calma para não provocar nenhuma lesão. Prefira escovas dentais mais macias e enxaguantes bucais sem álcool. 

“Também é interessante evitar o hábito de morder os lábios, a língua e as bochechas”, acrescenta Filho. 

No campo dos remédios para afta, o médico aponta que é comum usar pomadas com efeito anestésico, como a lidocaína, ou corticoides tópicos (para usar no lugar do machucado), como a dexametasona. As duas aliviam a dor, mas só a última também diminui a inflamação local.

O médico lembra, porém, que, na maioria dos casos, a afta some depois de uma semana, sem precisar de nenhuma intervenção.

“O tratamento ajuda a lidar com a dor e o desconforto e facilita que a pessoa consiga realizar boa higiene oral, alimentar-se sem dificuldade e seguir com o seu dia a dia sem problemas.”

Em alguns {raros} casos, o profissional de saúde pode entrar com um antifúngico ou um antibiótico local. Geralmente, isso acontece com pacientes que têm aftas muito extensas ou que têm outras doenças que podem dificultar o tratamento, como diabetes fora de controle. 

Na dúvida, paciência e purezinho em temperatura ambiente nunca fizeram mal para ninguém.

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