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Colágeno: para que serve, quando usar e qual é o melhor

Suplementos de colágeno combatem a flacidez da pele? E as dores nos joelhos? Tire as principais dúvidas sobre essa proteína e sua suplementação.

Ana Araujo
| Atualizado em
8 min. de leitura
Colágeno: para que serve, quando usar e qual é o melhor

Colágeno: para que serve, quando usar e qual é o melhor

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Sendo uma proteína, o colágeno é um dos tijolinhos que compõem diversos tecidos do corpo, incluindo pele, cabelo, unhas, tendões, músculos, ligamentos, cartilagens e até vasos sanguíneos. Essa é a proteína mais abundante no corpo humano.

“Até os 25 anos, produzimos colágeno na mesma quantidade em que degradamos. Depois, a produção vai diminuindo gradualmente, até que os primeiros sinais de flacidez apareçam por volta dos 30 anos”, explica Bruna Falcone, dermatologista da Comunidade de Saúde da Alice.

Daí a relação entre colágeno e juventude. Mas outros hábitos também estão relacionados à perda da proteína (especialmente da que está presente na pele) ou à sua capacidade de se fixar nas células, como fumar, consumir álcool e pegar muito sol sem usar filtro. No caso do colágeno das articulações, condições de saúde como osteoartrose estão entre as principais vilãs.

Já viu que se preocupar com a perda de colágeno não é só uma questão de estética, né? Afinal, olha só quantos tecidos essa proteína compõe. E o mercado está cheio de soluções que prometem trazer de volta o colágeno amado, seja para firmar a pele ou acabar com as dores nos joelhos.

Mas e aí, quais são os reais benefícios do colágeno e como obtê-los? 

Para que serve o colágeno, afinal?

Como bom tijolo que é, o principal papel do colágeno é dar estrutura, força e apoio ao corpo. Olha só algumas das funções em que essa proteína está envolvida:

  • Dar estrutura, força e elasticidade à pele;
  • Ajudar na coagulação do sangue;
  • Fornecer uma espécie de “capa protetora” para os órgãos;
  • Participar da renovação celular da pele.

Tipos de colágeno

Existem 28 {!} tipos de colágeno já identificados, mas esses são os mais comuns, segundo a Cleveland Clinic:

  • Colágeno tipo 1: 90% do colágeno do corpo é desse tipo aqui. É ele que faz parte da estrutura da pele, ossos, tendões e ligamentos;
  • Colágeno tipo 2: encontrado no tecido da cartilagem que dá suporte às articulações;
  • Colágeno tipo 3: está nos músculos, artérias e órgãos;
  • Colágeno tipo 4: mais um tipo que está presente na pele;
  • Colágeno tipo 5: encontrado na córnea dos olhos, em algumas camadas da pele, no cabelo e no tecido da placenta.

Colágeno para pele

A diminuição da firmeza e até do viço da pele pode ser sinal da perda de colágeno. Uma vez que a ciência descobriu isso, logo começou a corrida para alcançar o visual “colagenado” {aquela expressão que usam para dizer que a pele está bonita}. 

Lá no passado, a aplicação tópica de colágeno, seja em produtos ou injeções, foi uma das opções – e até hoje existem produtos com colágeno na fórmula que juram fazer efeito. 

“Porém, essa aplicação não traz benefícios evidentes. Além disso, as injeções que já foram utilizadas no passado causavam alergia em muitos pacientes”, alerta a dermatologista.

Quanto à ingestão de colágeno (seja na dieta ou por suplementação), faltam evidências científicas que confirmem, de forma ampla e categórica, que ela aumenta a elasticidade da pele. Até agora, os estudos que analisaram esses efeitos são pequenos e/ou patrocinados por empresas que produzem suplementos de colágeno.

Apesar dessa reserva, alguns dermatologistas observam de forma empírica efeitos benéficos nos seus pacientes. É o caso de Bruna Falcone, que afirma que o consumo de colágeno pode aumentar a hidratação da pele — o que melhoraria a aparência de rugas finas e linhas de expressão. “Mas esse efeito desaparece logo após pararmos a suplementação”, pondera.

Por isso, quem entrou em cena são tratamentos injetáveis mais seguros, como os preenchedores com ácido hialurônico e os bioestimuladores de colágeno.

O que é um bioestimulador de colágeno?

É uma substância que, quando injetada na pele, ativa os fibroblastos, que são células responsáveis pela produção de colágeno. A injeção faz com que elas se multipliquem e produzam colágeno na região da aplicação.

“As duas principais substâncias usadas atualmente são a hidroxiapatita de cálcio e o ácido poli-L-lático”, exemplifica a dermatologista da Comunidade de Saúde da Alice.

Existem outras tecnologias que também incentivam a produção de colágeno da pele, como a radiofrequência e o ultrassom microfocado. “Pacientes com muita flacidez se beneficiam da associação de técnicas, como usar bioestimulador junto ao ultrassom microfocado. A escolha do que é melhor vai depender de características de cada paciente”, informa.

Colágeno para dores nas articulações: o que já sabemos

A degradação do colágeno também afeta as articulações. Talvez daí venha a crença de que suplementar ou repor a proteína de alguma forma resolveria as dores e desgastes articulares de uma vez por todas.

Mario Ferretti, ortopedista e traumatologista e diretor médico da Alice, é categórico em dizer que não existem evidências robustas de que o colágeno é eficaz para tratar doenças articulares, caso da osteoartrose. Pelo menos não por enquanto.

“Mas vale dizer que alguns estudos vêm mostrando que altas doses de colágeno podem fazer com que ele se acumule na cartilagem, assim como estimula a produção de colágenos e outras proteínas do tecido cartilaginoso”, diz.

Uma pesquisa conduzida por estudiosos da Bélgica e da Holanda apontou que o colágeno suplementado pode ter uma ação anti-inflamatória, pois diminuiu a inflamação das articulações de cavalos com artrose. 

Já um estudo clínico randomizado {método considerado padrão ouro para testar hipóteses} feito com humanos indicou que suplementar colágeno pode melhorar a sensação de conforto e funcionalidade das articulações de pessoas com osteoartrose. 

Apesar do otimismo, essas pesquisas ainda não são suficientes para bater o martelo e dizer que, sim, suplementar colágeno é um caminho eficaz para combater os males articulares. 

“Ainda faltam estudos bem desenhados que possam definitivamente comprovar a eficácia do colágeno para osteoartrose. A ingestão de colágeno pode ter algum benefício que ainda precisa ser melhor compreendido, mas definitivamente não é a solução ou a única solução”, afirma Ferretti.

E aí, qual é o melhor colágeno?

Os tipos mais encontrados no mercado para suplementação são:

  • Colágeno Tipo II não desnaturado: seu nome completo é “undenatured collagen – Type II (UC-II)” que, em bom português, significa que ele não é desnaturado e vem diretamente da cartilagem de frangos. 
  • Colágeno hidrolisado: sua molécula é quebrada em pedaços menores, como um quebra-cabeça desmontado.

E qual é o melhor tipo de suplemento de colágeno? Entre o colágeno não desnaturado e o colágeno hidrolisado, vá com a segunda opção. “Sua vantagem é que, por vir em fragmentos menores, é absorvido com mais facilidade pelo organismo”, defende Falcone.

Alimentação rica em colágeno: mito ou verdade?

Até existem alimentos ricos em colágeno, na forma não desnaturada que acabamos de citar. O problema é que, por ser uma proteína grande, ela será quebrada em aminoácidos para ser absorvida pelo corpo – sim, como se você tivesse comido outra fonte proteica. 

Por isso, comer alimentos ricos em colágeno, como sopas e caldos de ossos do frango, não garante colágeno na pele nem nas articulações {apesar de deliciosos}.

Se o objetivo for ajudar o corpo a produzir colágeno, você pode ter uma dieta com quantidades adequadas de vitamina C, que participa da síntese de colágeno no corpo. 

Então suplementar vitamina C turbina os níveis de colágeno do corpo? Também não é bem assim. “Se os níveis dessa vitamina já estão normais, o que acontece na população geral, suplementa-lá não tem efeito. Isso é recomendado apenas para pessoas com quadros de desnutrição grave”, revela Falcone.

Também vale ter uma alimentação com níveis adequados dessas substâncias que fazem parte da síntese do colágeno:

  • Prolina: aminoácido encontrado em cogumelos, repolho, aspargos, amendoim, trigo, peixe, clara do ovo e carne;
  • Glicina: aminoácido presente na carne bovina e de peru, amendoim e granola;
  • Cobre: mineral encontrado em fígado, lagosta, shiitake, oleaginosas, sementes, vegetais folhosos, tofu e chocolate amargo;
  • Zinco: mineral que pode ser consumido em ostras, carne bovina, suína e de aves, grão-de-bico, feijão, oleaginosas, brócolis, vegetais folhosos, grãos integrais e laticínios.

Ah, e não precisa exagerar nesses nutrientes, o equilíbrio está de bom tamanho!

Palavra final: dá para aumentar o colágeno naturalmente?

Não. Mas dá para cultivar hábitos saudáveis que vão diminuir a degradação do colágeno. Fuja de cigarros e bebidas alcoólicas, use protetor solar e alimente-se bem. 

Quanto à suplementação, agora você sabe que ela não faz milagres, mas pode ajudar na aparência da pele. 

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