Faz séculos que a spirulina é cultivada para consumo na América, especialmente pelos astecas, e também na África, mas foi a Nasa que deu visibilidade à spirulina, ao usar esse tipo de alga como suplemento para astronautas em viagens especiais.
Por concentrar muitos nutrientes e antioxidantes, ela vem sendo difundida como um alimento completo e vendida como suplemento em lojas e na internet.
Mas é preciso ter atenção: alguns dos benefícios associados à spirulina ainda carecem de comprovação científica, como vamos explicar.
O que é spirulina?
Spirulina é uma alga verde-azulada, que cresce tanto em água salgada quanto em água doce, sendo classificada como um tipo de cianobactéria.
Ela contém diversos nutrientes, incluindo proteínas, vitaminas (E, K e do complexo B), minerais (ferro, cálcio, magnésio, selênio, zinco e potássio), ômega-3 e clorofila.
Com tanta coisa boa na composição, parece ser um ótimo suplemento, certo? Mas talvez a palavra mais próxima seja complemento.
“São considerados suplementos alimentares os produtos que suprem uma necessidade ou carência nutricional. A spirulina é uma cianobactéria que apresenta nutrientes e antioxidantes, porém sem uma quantidade importante dos mesmos”, destaca a nutricionista Rafaela Schmidt, da Alice.
No caso de certas vitaminas ou minerais, isso quer dizer que nem sempre a quantidade contida é suficiente para que seja considerada uma fonte nutricional.
Outra questão é que a absorção de alguns de seus compostos pelo organismo humano pode ser inviável. É o caso da vitamina B12.
“Alguns alimentos são muitas vezes citados como fontes de B12, mas os estudos demonstram que nem todos contêm a vitamina ativa. Isto é, a forma de apresentação dessa vitamina B 12 não tem um papel ativo no nosso organismo.”
Então a spirulina não traz benefício à saúde? Há efeitos positivos, mas é importante tomar cuidado com um certo superdimensionamento dos potenciais dessa alga, cuja ingestão não substitui a suplementação correta no tratamento ou prevenção de algumas condições de saúde, como a anemia.
“Por conter ferro em sua composição, muitas pessoas acham que a spirulina será suficiente para a prevenção do quadro de anemia, mas a quantidade desse mineral é muito baixa para a considerarmos como uma fonte de ferro”, alerta a nutri.
Benefícios da spirulina em estudo científicos
Por ser rica em antioxidantes, acredita-se que a spirulina possa ajudar a proteger as células de danos oxidativos. O principal componente ativo nesse processo seria a ficocianina, também responsável pela cor verde-azulada da alga.
Alguns estudos apontam que essa substância consegue combater radicais livres e bloquear a produção de moléculas que promovem inflamação. Uma pesquisa feita com ratos sugere que isso se reflete principalmente na imunidade.
A diminuição da pressão arterial é outro efeito positivo em estudo. A redução é associada a um aumento na produção de óxido nítrico, uma molécula que ajuda os vasos sanguíneos a relaxar e a dilatar.
E com uma melhor circulação sanguínea, o cérebro também se beneficiaria. “Temos alguns estudos que comprovam o benefício do uso da spirulina na melhora da atenção e da memória após as refeições. E isso se dá pelo controle maior de açúcar e insulina pós-prandial (medida duas horas depois da refeição)”, assinala a nutricionista Rafaela Schmidt.
Spirulina emagrece?
A spirulina apresenta grande quantidade de proteína {o dobro do carboidrato que possui}. Para se ter uma ideia, uma colher de sopa do produto em pó (7g) pode conter 4g de proteína e 2g de carboidrato, além de cerca de 20 calorias.
Esses dados poderiam sinalizar que ela ajuda a emagrecer? Não! Tampouco dá para afirmar que favoreçam o ganho muscular.
“O que os estudos nos mostram é que, comparada com outras algas, a spirulina contém cerca de 60% de proteína e aminoácidos em sua composição. Mas, para evoluirmos em ganho de massa magra, a dose diária é irrelevante, olhando para a dieta como um todo.”
A dose diária de spirulina recomendada nos rótulos varia de 1 g a 3 g, embora doses de até 10 g por dia tenham sido usadas em estudos sem efeitos adversos.
Essa quantidade não faz muita diferença se o objetivo é nutrir o corpo ou emagrecer. Para se atingir os mesmos objetivos, as proteínas, vitaminas e minerais contidos na spirulina podem ser consumidos dentro de uma alimentação equilibrada!
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