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Xarope para a tosse: será que funciona?

Para boa parte das causas da tosse, a hidratação, mel e outras medidas não medicamentosas dão conta do incômodo.

Xarope para a tosse: será que funciona?

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Pode até parecer um par perfeito, mas o xarope nem sempre é a melhor opção para diminuir a tosse, sabia? Isso porque as evidências de que o medicamento realmente funciona vão depender da causa da tosse.

Se o culpado for uma virose, por exemplo, não é o xarope que vai conseguir aliviar o incômodo. E como a tosse é um mecanismo de defesa do corpo para se livrar do vírus, nem é uma boa ideia interrompê-la neste caso.

Já quando a tosse é sintoma da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (conhecida pela sigla DPOC), um xarope mucolítico (daqueles que afinam e soltam o muco das vias respiratórias) pode ser uma opção.

“O benefício do xarope para a tosse é controverso e a sua eficácia depende da causa da tosse. Além disso, alguns estudos sugerem que muitos destes produtos têm eficácia semelhante ao placebo [substância inócua]”, explica Nathalia Tiago, enfermeira especialista em pediatria da Alice.

O que é bom para tosse?

A melhor solução para a tosse vai depender do que está por trás daquele incômodo e há vários tipos diferentes de xarope.

Antes de entrar em detalhes, vale lembrar que toda tosse é uma resposta do sistema respiratório a certas substâncias que irritam ou inflamam a região. Nesta categoria entram desde os agentes infecciosos, como os vírus, a substâncias alérgenas ou mesmo uma baixa umidade do ar.

Dias muito secos e sem chuvas, por exemplo, podem aumentar a probabilidade da tosse – e é fácil encontrar a informação da umidade do ar nos aplicativos meteorológicos. O ideal é que ela fique entre 40% e 70%, segundo a OMS.

Das tosses mais associadas à doenças, ela pode ser um sintoma de:

Tosse seca versus tosse com catarro: quando se preocupar?

Tossir de vez em quando é normal. Afinal, é uma reação do corpo a substâncias que causam irritação no sistema respiratório. Ela vira um problema quando se torna um sintoma mais persistente, que dura mais de três semanas, e vem acompanhada de outros sintomas, como:

  • Falta de ar;
  • Dor no peito;
  • Febre alta;
  • Sangue na secreção expectorada (catarro);
  • Perda de peso inexplicada.

Outro fator de alerta é quando a tosse aparece em pessoas com outras doenças, como asma ou DPOC, que podem ter o quadro agravado pelo sintoma. Vale atenção extra também em bebês e crianças, segundo Tiago.

“Se a tosse aparecer em crianças muito pequenas, especialmente bebês com menos de três meses, é recomendado que se procure um profissional de saúde”, explica a enfermeira, que cita ainda a chamada “tosse de cachorro”.

A condição surge pela inflamação da laringe e tem como característica uma tosse de som áspero e estridente. “É mais prevalente em crianças entre os seis meses e três anos de idade, mas também pode afetar crianças mais velhas ou adultos, e geralmente exige uma avaliação de profissionais de saúde”, completa.

Tosse com catarro: o que pode ser?

Também conhecida como tosse produtiva (já que produz catarro) ou carregada, esse tipo de sintoma geralmente está associado a algumas condições, tais como:

  • Resfriado ou gripe comum;
  • Pneumonia;
  • DPOC;
  • Bronquite;
  • Enfisema;
  • Asma.

Além da tosse, outros sintomas podem vir associados, como coriza (ou secreção nasal), muco no fundo da garganta e mal-estar.

Tosse seca: o que pode ser?

No caso da tosse mais seca, sem catarro, a sensação mais comum é de que a garganta está “arranhando” e também podem estar associados a infecções respiratórias comuns, como resfriado ou a gripe.

Outras causas podem ser:

  • Laringite (inflamação da laringe);
  • Garganta inflamada;
  • Difteria;
  • Amigdalite;
  • Sinusite;
  • Asma;
  • Alergias;
  • Refluxo gastroesofágico;
  • Poeira, fumaça ou outras substâncias irritantes.

“Em alguns casos, quando a tosse é causada por condições como a asma ou o refluxo gastroesofágico, o tratamento adequado destas condições já ajuda no controle da tosse”, explica Tiago.

O que tomar para aliviar a tosse?

Só uma avaliação com um (a) profissional de saúde poderá  ajudar a entender a causa da tosse – e o melhor remédio pode já estar na própria casa, sabia? Nem precisa sair correndo para a farmácia.

Afinal, há tosses que melhoram com o aumento da hidratação e a umidade do ar no ambiente, com ouso de pastilhas que diminuem a irritação da garganta ou mesmo quando incluímos mais mel na dieta.

De acordo com Tiago, algumas das recomendações baseadas em evidências para o controle da tosse são:

Tomar água: ficar hidratado ajuda muitos sistemas do corpo, inclusive o respiratório. Aí vale água, mas também sucos naturais e chás, que evitam o ressecamento das vias aéreas, diminuindo o risco de irritação da garganta e, por consequência, a tosse.

Umidificar o ambiente: dias secos podem ser amenizados com a ajuda de umidificadores de ar ou de ambientes úmidos, como um banheiro com o chuveiro ligado {e aí já vale tomar um banho quente} ou saunas úmidas. A medida é indicada principalmente quando a tosse é causada por ar muito seco ou substâncias irritantes, como poluição e fumaça.

Lavagem nasal: medida pode ser indicada tanto para adultos quanto para crianças, e pode aliviar não só a tosse como rinite alérgica, gripes e resfriados.

Pastilhas para a garganta: quando a garganta está irritada, as pastilhas ou balas mentoladas podem ajudar no alívio temporário, reduzindo a vontade de tossir. Sempre que possível, evite os produtos que tragam, entre os ingredientes, açúcares ou sabores muito intensos, pois podem piorar os sintomas para algumas pessoas.

Mel: além das propriedades antioxidantes e antimicrobianas, que ajudam a combater as infecções respiratórias e reduzir a inflamação na garganta, o mel também tem ação calmante e lubrificante. Afinal, aquela consistência viscosa forma uma camada de proteção, o que alivia a irritação e acalma principalmente a tosse seca e persistente. Quem preferir colocar o ingrediente em chás, soma o benefício da hidratação.

“É importante destacar que o uso do mel para a tosse é recomendado para crianças com mais de um ano de idade. Bebês mais novos não devem receber o alimento pelo risco de botulismo infantil, que é uma doença bacteriana grave”, alerta Tiago.

Xarope para a tosse: quando e qual tomar?

Se a hidratação, lavagem nasal, pastilhas ou mel não derem conta do incômodo, é importante buscar orientação de profissionais de saúde para entender melhor as causas e os possíveis tratamentos para a tosse.

Em alguns casos, os xaropes podem, sim, ser indicados – a depender da causa por trás do sintoma e da composição do produto. Os mais comuns são, segundo Tiago:

Xaropes supressores da tosse: o objetivo deste produto é reduzir a vontade de tossir e, para isso, agem no sistema nervoso central, inibindo os reflexos da tosse. Mas, como a tosse é um mecanismo de defesa para remover as secreções e as substâncias irritantes das vias respiratórias, evitá-la pode não ser a melhor solução, principalmente quando for uma tosse com catarro.

Xaropes expectorantes: estes produtos não evitam a tosse, mas facilitam a eliminação do muco e das secreções. Ingrediente comum nesse tipo de xarope é a guaifenesina, que ajuda a tornar o muco mais fluido. A evidência científica sobre a eficácia destes produtos, no entanto, é limitada, e alguns estudos mostraram resultados inconsistentes.

Xaropes mucolíticos: esta versão também ajuda a afinar e soltar o muco das vias respiratórias, e geralmente possui ingredientes como acetilcisteína ou a bromexina. Em pessoas com diagnóstico de DPOC ou fibrose cística, o uso deste produto pode, de fato, ajudar. Mas a eficácia para outras condições respiratórias não é tão clara, especialmente entre crianças com menos de dois anos, já que elas têm uma capacidade limitada de expectoração. Isso significa que elas não têm força suficiente para expelir o muco quando tossem, e esse tipo de xarope pode não ser indicado a essa faixa etária.

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