Talvez esse não seja o papo mais comum entre os homens, mas é importante que todos saibam: não conseguir manter o pênis ereto em uma relação sexual com penetração {de vez em quando} faz parte da vida – e não é, necessariamente, uma doença. Se o incômodo se torna mais frequente, aí vale entender com um profissional de saúde se não é o caso da disfunção erétil.
A DE {sigla para a disfunção erétil} é uma das disfunções sexuais mais comuns e, na explicação mais técnica, se refere à dificuldade de se obter uma ereção {ou uma rigidez peniana} que seja suficiente para seguir no ato da penetração. Ou seja, pode até subir, mas se ele não permanecer de pé, pode ser a DE.
“Se a pessoa diz que na masturbação a ereção é ótima, mas, quando vai ter uma relação sexual com penetração, não consegue ter uma rigidez suficiente, isso é disfunção erétil”, exemplifica Vinicius Meneguette, médico urologista da Alice e titular da Sociedade Brasileira de Urologia.
Disfunção erétil: quais são as causas mais comuns?
Há dois grandes grupos de causas associadas à disfunção erétil: as orgânicas e as psicológicas {alô, estresse e saúde mental}.
“A causa psicogênica é, com certeza, a mais frequente dos quadros e está inserida, na maior parte das vezes, mesmo nas causas orgânicas. Por exemplo, uma pessoa com problema circulatório por uma doença cardiovascular que apresenta uma perda de qualidade da ereção também vai ter um impacto psicológico que contribui para este quadro”, destaca Meneguette.
Das causas orgânicas, o urologista destaca outros quatro grandes grupos:
- Doenças cardiovasculares: com especial atenção à aterosclerose {formação das placas de gordura nas artérias}, que prejudica o fluxo adequado de sangue pelo corpo, e aos hábitos de vida que prejudicam tanto o coração quanto a vida sexual, como cigarro, sedentarismo e o uso de drogas.
- Doenças neurológicas: desde as mais comuns {como as complicações neurológicas causadas por diabetes} até as mais complexas {como acidentes, traumatismos da coluna e da medula}.
- Problemas hormonais: pessoas com deficiências hormonais graves podem ter como sintoma a disfunção erétil.
- Causas anatômicas: aí entram pessoas que passaram por acidentes com traumatismo ou fratura no pênis, ou com a condição de priapismo {ereção dolorosa e persistente, que não é acompanhada do desejo sexual ou excitação} ou peyronie {formação de um nódulo que impede a elasticidade e expansão natural do pênis}.
Libido é diferente de ereção, sabia?
Há quem confunda ereção com libido – mas são coisas bem diferentes, ok? Para ficar claro, um quiz {de uma pergunta só}:
- Você sente desejo sexual, com vontade de estar em uma relação sexual ou em um ato sexual?
Se a resposta foi “sim”, há libido! Se a resposta foi não, então é preciso dar uma avaliada nesta libido aí.
Agora, mesmo com uma resposta positiva para a questão anterior, se na hora H o pênis não conseguir ficar ereto o suficiente para que ocorra uma penetração, aí é o caso de um problema de ereção – o que pode ser a disfunção erétil.
Disfunção erétil x disfunção sexual: quais são as diferenças?
Disfunção erétil é um dos tipos de disfunções sexuais que existem {e uma das mais comuns}, mas há outras, conforme lembra Meneguette.
“A disfunção sexual envolve, além da erétil, a perda da libido, a ausência do orgasmo, a ausência de interesse sexual e até alterações da ejaculação. Tudo isso é disfunção sexual, que é um grupo bem maior que a disfunção erétil”, explica.
Disfunção erétil: quais são os tratamentos?
Se houver suspeita da disfunção erétil, o primeiro passo é buscar por profissionais adequados {o que na Alice é muito mais fácil}. Isso porque, na sequência, será necessário investigar as causas associadas à condição – e afastar as causas orgânicas das psicológicas.
“Caso seja um quadro psicogênico, o caminho é trazer uma boa orientação, uma boa conversa com a pessoa e o parceiro ou a parceira porque, provavelmente, ninguém falou para eles que essa situação pode ser normal e que, eventualmente, isso acontece”, destaca o urologista.
Se for o caso de algo mais frequente e que tenha uma causa orgânica, o tratamento vai depender de cada caso. “A disfunção tem tratamento e as opções são várias. Desde psicoterapia sexual a medicamentos orais e injetáveis, para casos mais graves. Fisioterapia peniana ou até um tratamento hormonal também podem ser indicados, quando for pertinente”, explica.
Se nada disso der certo {embora essas opções resolvam entre 80% a 90% dos casos, segundo o urologista}, ainda é possível passar por uma cirurgia de implante de prótese peniano, para manter a vida sexual da maneira que a pessoa desejar.
A culpa da disfunção é da testosterona?
Segundo Meneguette, é comum que as pessoas achem que o problema da disfunção erétil é da testosterona – o que não é o caso.
E a indicação da reposição de testosterona é específica: caso haja redução significativa nos níveis do hormônio + presença de sintomas. Quer saber mais? A Alice tem um conteúdo só sobre a testosterona baixa e quando repor.
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