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Tipos de farinha: veja quais são eles e seus benefícios

Variedade de farinhas só cresce; veja as características de mais de 15 tipos e dicas de como usá-los nas receitas.

Pessoa prepara massa com farinha

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Se você tem a impressão de que, toda vez que vai a uma loja de produtos naturais, há cada vez mais tipos de farinhas, você está certo! Assim como as inúmeras novas opções de leite, atualmente encontramos farinhas à base de legumes, leguminosas, oleaginosas e até frutas.

Segundo explica a nutricionista Michelle Ribeiro, da Alice, cada variação tem um conjunto próprio de nutrientes e propriedades que podem ser benéficos para a saúde, dependendo de qual for o objetivo (perda de peso, regulação do intestino, controle da glicemia ou do colesterol etc.). 

Farinha de trigo faz mal?

Muitas dessas farinhas surgiram em substituição à farinha de trigo, mas a verdade é que a farinha de trigo não faz mal à saúde nem deve ser evitada.

A contraindicação para a farinha de trigo é somente para quem é celíaco, ou seja, portador da doença autoimune que causa intolerância ao glúten (a proteína presente em cereais), ou para quem tem algum nível de intolerância ao glúten, explica a nutricionista.

“No entanto, para o restante da população, não tem problema consumir, já que ela também tem benefícios, principalmente a farinha de trigo integral, que terá mais fibras. O problema no consumo é realmente com os excessos, assim como com qualquer tipo de farinha. Mas se for em uma dieta equilibrada, não tem problema algum”, diz ela.

Uma dica interessante é mesclar vários tipos de farinha na dieta (e até no mesmo preparo), para incluir uma oferta maior de nutrientes, como fibras, vitaminas e minerais.

“Se você fica sempre limitado à farinha de trigo ou de mandioca, que são as mais tradicionais, você acaba sempre obtendo os mesmos nutrientes. Ao diversificar, você deixa determinada receita mais rica, nutricionalmente falando”, complementa.

Como saber escolher a farinha?

O primeiro ponto a ser considerado é saber qual o objetivo da sua alimentação. Por exemplo, uma pessoa que busca perder peso deve, além de procurar um profissional de saúde para isso, optar por farinhas que tenham mais fibra, porque como ela dá mais saciedade, a pessoa tende a comer menores quantidades. 

As fibras também ajudam a regular o intestino (o que, por um outro lado, devem ser evitadas por quem está em um quadro de diarreia ou, por algum outro motivo, tem o intestino mais “solto”). 

A informação da quantidade de fibras (e demais nutrientes) fica na tabela nutricional do produto, o que permitirá fazer um comparativo entre as farinhas e optar pela que tem maior quantidade de fibras.

“Às vezes a pessoa tem uma questão específica de saúde e vai necessitar passar por uma avaliação mais individualizada mesmo para ter uma orientação sobre qual a melhor opção. Se eu fosse destacar as mais benéficas, seriam a de aveia, as de frutas (uva, banana verde, maracujá e coco), as de oleaginosas (castanha, amêndoas) e as de leguminosas (grão de bico ou de feijão), pela quantidade de fibras e outros nutrientes associados. Isso, claro, dependendo da proposta alimentar da pessoa e da receita”, aponta a nutricionista.

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Conheça os tipos mais comuns de farinhas

1. Farinha de trigo (branca e integral)

É o tipo mais tradicional e a mais usada pelos brasileiros. Ela é uma grande fonte de energia, pois tem carboidratos, além de potássio e algumas vitaminas do complexo B. Desde 2002, no Brasil, é obrigatório que esse tipo de farinha seja enriquecido por ferro e ácido fólico, como estratégia de reduzir deficiências nutricionais por micronutrientes.

A diferença da tradicional para a integral é que a segunda tem mais fibras – que são ótimas para todos, especialmente para quem tem intestino preso.

Contraindicação: apenas quem tem doença celíaca ou algum nível de intolerância a glúten.

Vai bem em preparos como: pães, bolos, tortas e massas em geral.

2. Farinha de milho

Também muito comum na dieta do brasileiro, tem mais fibra se comparada à de trigo, o que é bom para o controle da saciedade e melhor funcionamento do intestino. Também tem vitamina A, o que ajuda na saúde dos olhos, e tem a vantagem de não ter glúten e poder ser consumida por celíacos.

Vai bem em preparos como: farofa, cuscuz nordestino, tortas salgadas e outras preparações salgadas.

3. Farinha de mandioca

Também é uma fonte conhecida de carboidratos (logo, energia) e muito consumida no Brasil. Tem um pouco mais de fibra do que a de trigo, o que pode ajudar na saciedade e no melhor funcionamento do intestino. 

A farinha de mandioca também tem bastante vitamina C.

Contraindicação: assim como muitas farinhas, a dica é evitar o excesso, sobretudo, neste caso, por quem é diabético ou quem tem alguma alergia prévia. Como não tem glúten, pode ser consumida por celíacos também.

Vai bem em preparos como: farofas, bolos, tortas etc.

4. Farinha de aveia

É uma farinha especialmente rica em nutrientes, a começar pelas fibras. Quem precisa controlar os índices de colesterol se beneficia muito dessa opção. 

Contraindicação: apesar de oficialmente não ter glúten em sua composição, ela acaba sendo cultivada próxima a plantações de trigo ou cevada e pode ocorrer contaminação cruzada. Celíacos ou pessoas com intolerância ao glúten precisam se atentar a isso.

Vai bem em preparos como: é superversátil e pode ser usada tanto em bolos, tortas e pães, como na vitamina de fruta, no iogurte…

5. Farinha de arroz

Ela é fácil de ser encontrada no mercado e não tem glúten em sua composição, por isso costuma ser tão popular. Tem baixo índice glicêmico e fibras, o que confere maior saciedade se comparada à farinha de trigo. Ela também tem vitaminas e minerais, como zinco.

Contraindicação: por ter bastante fibra, deve ser evitada por uma pessoa que tenha intestino mais “solto”.

Vai bem em preparos como: é muito usada para engrossar caldos, sopas, molhos, porque tem amido e muda a consistência do preparo.

6. Farinha de centeio

Por ser à base de um cereal, também tem glúten em sua composição. É bastante benéfica para a saúde, possui bastante oxidantes, ajuda no controle da glicemia e da gordura corporal, além de dar mais saciedade, por também conter fibras.

Contraindicação: não deve ser consumida por pessoas celíacas ou com alguma sensibilidade ao glúten.

Vai bem em preparos como: é uma boa substituta da farinha de trigo nos preparos e pode ser usada em pães, bolos, tortas, massas em geral.

7. Farinhas de amêndoas e castanha (oleaginosas)

São muito parecidas e ambas muito nutritivas por terem uma quantidade parecida de gordura boa, então ajudam no controle do colesterol. Possuem magnésio, potássio, cálcio e nutrientes que são benéficos para o funcionamento do organismo. 

Contraindicação: por terem uma quantidade maior de gordura em relação às outras farinhas, podem ser contraindicadas para pessoas que precisam controlar o consumo de gordura. Também devem ser evitadas por quem tem alergia a castanhas em geral.

Vai bem em preparos como: bastante versáteis, podem ser usadas em pães, massas, bolos e panquecas.

8. Farinha de chia

Um dos maiores benefícios é a quantidade de fibras – além da farinha de linhaça, é uma das que mais têm o nutriente–, o que a torna muito benéfica para a saúde intestinal e para a saciedade. Também ajuda no controle do colesterol por ter gorduras boas (porém menos que as oleaginosas). 

Contraindicação: quem precisa evitar gorduras e quem tem problemas de intestino “solto”. 

Vai bem em preparos como: massas, bolos, doces. Também pode ser misturada em vitaminas de frutas e iogurtes. Dá para usar em cima da comida também, pois não altera o sabor.

9. Farinha de linhaça

Possui ômega-3 e ômega-6, que são gorduras boas, atuando no controle do colesterol. Assim como a chia, tem bastante fibra, conferindo maior saciedade. 

Contraindicação: quem precisa evitar gorduras e quem tem problemas de intestino “solto”. 

Vai bem em preparos como: massas, bolos, doces. Também pode ser misturada em vitaminas de frutas e iogurtes. 

10. Farinha de grão-de-bico e feijão (leguminosas)

A principal vantagem dessas farinhas é que elas também têm proteína vegetal, além de bastante fibra, que ajuda em melhorias do intestino, saciedade, para quem busca o emagrecimento também. Elas têm ferro, então podem ser benéficas para pessoas que sofrem de anemia.

Contraindicação: para quem possui quadros de diarreia e flatulência (formação de gases). 

Vai bem em preparos como: bastante versáteis, podem ser usadas em caldos, sopas, vitaminas, panquecas, sopas, bolos e tortas. 

11. Farinha de berinjela

O principal benefício é a quantidade de fibras, aumentando a saciedade – daí sua popularidade entre quem busca o emagrecimento. Também possui vitaminas, como A e C, ajudando na questão de radicais livres, saúde da pele, dos olhos etc.

Contraindicação: se alguém tiver alergia ou se estiver com algum quadro de diarreia (por ter muita fibra).

Vai bem em preparos como: muito versátil, dá para ser usada em tortas, vitaminas de fruta ou sucos (não altera o sabor). Em bolos ou massas maiores, seu uso é desaconselhado, pois não dá “liga”.

12. Farinhas de frutas: coco, maracujá, uva, banana verde (sem glúten)

Maracujá: rica em fibras (parecida com a de berinjela), tornou-se popular por atuar na saciedade (e é ruim para quem tem intestino “solto”). Dá pra ser usada em suco, vitamina de fruta ou adicionada na comida. Pode ser misturada com outra farinha para preparo de bolos e massas, mas evite usá-la sozinha. Não possui gosto residual de maracujá.

Banana verde: possui um tipo de fibra que aumenta a saciedade e ajuda no controle do colesterol e da saúde intestinal. É muito versátil e substitui bem a farinha de trigo nas preparações, como bolos, massas e pães, e também pode ser usada em sucos, vitaminas e iogurtes. Não tem gosto de banana.

Uva: como é feita da extração da casca da uva, possui alguns antioxidantes naturais, ajudando a prevenir algumas doenças, como as cardiovasculares. Também ajuda a regular o intestino e a saciedade, por ter bastante fibra. Pode ser usada em massas de bolo, mas mais misturada a outras farinhas. Use-a em massas menores, como cupcakes e panquecas, pois em massas maiores pode endurecer a mistura e deixar o bolo mais seco. Não tem gosto da fruta.

Coco: popular, possui bastante fibra (ajuda na saciedade e na saúde intestinal). Pode ser um pouco mais gordurosa do que as demais frutas (não chega a ser igual às oleaginosas). O único porém é o controle no consumo, pois sua gordura é um pouco mais saturada. Dá pra ser usada em panquecas, bolos, pãezinhos, e é uma boa substituta à farinha de trigo. É versátil, pode ser usada em bebidas, como vitaminas, sucos e iogurtes. Possui um leve gosto de coco.

Ebook de receitas saudáveis Alice na cozinha

Como saber usar a farinha na receita?

É importante saber que não é em toda receita que a farinha de trigo pode ser substituída, e também não é qualquer farinha que terá o mesmo efeito na preparação.

“Tem farinhas que não vão dar certo em preparações de bolos, por exemplo, porque elas acabam tendo mais água do que outras ou têm mais fibras que outras… E tudo acaba mudando a consistência do preparo, o que pode até estragar a receita”, explica Ribeiro. 

“O ideal, portanto, é checar o modo de preparo e ter algum conhecimento sobre cada farinha {a quantidade de amido, fibras e gordura que ela tem}, porque alguns tipos dão mais consistência, e aí funcionam melhor em uma torta, por exemplo. Mas outras já não mudam muito a consistência, então podem ser usadas em vitaminas de frutas”, exemplifica.

Veja dicas de substituição de farinhas

  • as farinhas à base das oleaginosas podem substituir a farinha de trigo em receitas de tortas e bolo, por exemplo;
  • a de grão de bico ou de feijão vai muito bem para fazer panquecas;
  • as de chia, linhaça, berinjela, de uva (em geral, as que são à base de vegetais, frutas ou sementes) vão bem em vitaminas de frutas, porque não mudam muito a consistência;
  • as de milho e a de mandioca vão bem em farofas;
  • as oleaginosas (castanhas e amêndoas) servem para preparações de bolos, tortas e pães (massas em geral).

Como a Alice te ajuda a ter refeições mais saudáveis?

Assim que entra na Alice, você define seus principais objetivos de saúde. Se, entre as metas, você quiser se alimentar melhor ou ter uma relação diferente com a comida, a Alice te ajuda a alcançar esse objetivo – seja com conteúdos explicativos {você já conhece o nosso ebook de receitas saudáveis Alice na Cozinha?} ou com orientações personalizadas.

Uma das possibilidades são os nossos Encontros de Nutrição, que são os atendimentos coletivos. Nesses espaços de troca {livre de julgamentos!} os membros da Alice compartilham suas dúvidas e aprendem diferentes aspectos da alimentação, como:

  • Encontro de Comportamento Alimentar, ou como melhorar a sua relação com a comida;
  • Encontro de Alimentação Vegetariana, para quem é vegetariano, vegano ou apenas quer saber um pouco mais;
  • Encontro de Planejamento Alimentar, para quem sabe o que quer comer, mas não consegue colocar em prática;
  • Encontro de Nutrição e Esporte, com orientações sobre os diferentes tipos de suplementos disponíveis hoje;
  • Encontro de Alimentação Equilibrada, para quem se sente um pouco perdido e quer fazer boas escolhas;
  • Encontro de Introdução Alimentar, voltado aos cuidadores dos membrinhos entre os seis e 12 meses.

Para participar, o membro pode buscar diretamente no aplicativo da Alice, no espaço da Agenda, e se inscrever nos encontros que quiser! “Cada encontro traz três temas que são independentes. Se a pessoa não quiser aprender sobre o planejamento alimentar, mas ela viu que na terceira semana desse encontro tem uma aula sobre aprender a cozinhar, ela pode ir só naquela aula”, explica Camila Castello, nutricionista da Alice.

A nutrição da Alice tem sempre o foco de te deixar mais saudável, trazendo novos hábitos alimentares que façam sentido para você. 

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