Imagine acordar para um dia de trabalho e se sentir pra baixo, completamente sem energia. A sensação de inércia é tão forte que você nem percebe que pode estar com uma estafa mental.
Só de pensar já bateu um desânimo por aí? Pois é, esse é um estado emocional que atinge muita gente em idade produtiva.
A pessoa estafada desenvolve um quadro de cansaço extremo e não percebe, de cara, um motivo aparente para o esgotamento.
Somente após notar a falta de motivação para fazer o que gosta, é que vem a descoberta de que a apatia é resultado do excesso de tarefas e de preocupações.
E como fazer para não chegar a esse ponto? O segredo é investir em uma rotina equilibrada, focada no work-life balance.
O que é estafa mental?
A estafa mental é um estágio avançado de cansaço emocional, que repercute no corpo físico. O cérebro sofre uma sobrecarga e passa a operar de modo disfuncional.
“O pensamento e o corpo ficam mais lentos. Em alguns casos, as pessoas têm perda de apetite e dificuldade de fazer tarefas simples do cotidiano. As relações sociais também podem ser afetadas”, explica a psicóloga Ester dos Santos, da Comunidade de Saúde da Alice.
Lapsos de memória, alterações de humor e dores de cabeça são alguns sinais iniciais do problema.
E quando a rotina é muito atribulada e estressante, outros sintomas podem aparecer e se acumular.
Sintomas de estafa mental:
- Desânimo sem motivo aparente;
- Procrastinação;
- Angústia;
- Sentimento de inadequação;
- Dores de cabeça e no corpo;
- Falta de motivação para fazer o que gosta;
- Falhas de memória;
- Dificuldade de concentração;
- Diminuição da produtividade;
- Insônia;
- Gastrite e má digestão;
- Tonturas;
- Tremores.
Estafa mental é o mesmo que burnout?
A estafa mental é resultado de episódios recorrentes de estresse e pode desencadear outros quadros de saúde.
“A estafa mental é o primeiro degrau para outros problemas, como o burnout e a depressão”, explica a psicóloga.
A profissional acrescenta que, se não tratada, a estafa tende a evoluir para o burnout quando a sobrecarga tem relação direta com as atividades profissionais.
A pessoa estafada também pode desenvolver a depressão porque a letargia impacta a autoestima e a rotina diária.
“A exaustão muitas vezes começa no trabalho, mas extrapola outras esferas da vida. Se você chega muito cansado em casa, provavelmente não vai querer se cuidar ou manter o convívio social”, alerta Santos.
Quem tem mais risco de ficar estafado?
Um exemplo de cansaço extremo que não tem relação direta com as atividades profissionais está na maternidade.
“A estafa mental impacta muito as mães, sobretudo as de primeira viagem. As obrigações de casa, os cuidados com a criança, as noites mal dormidas e a preocupação com o relacionamento vão se somando e muitas mulheres ficam completamente exaustas”, ilustra a psicóloga Ester dos Santos.
No universo do trabalho, o problema pode ocorrer nos mais diversos setores.
As cantoras Mariah Carey e Anitta, por exemplo, já expuseram publicamente que tiveram crises de estafa por excesso de compromissos.
Também são recorrentes quadros de exaustão por rotinas prolongadas nos escritórios ou no home office.
“Um segmento bastante estafado é o de pessoas que trabalham com tecnologia. Não diz respeito necessariamente aos workaholics, que sentem prazer ao trabalhar, mas àqueles que sofrem muita pressão e cobrança. Alguns são freelancers e acumulam atividades visando o retorno financeiro”.
Estou estafado: o que fazer para recuperar o bem-estar?
Para se livrar da letargia causada pela estafa, é importante rever toda a rotina e ampliar os períodos de relaxamento mental.
“É preciso analisar e ter mais propriedade do que se faz durante o dia. Para sair desse estado de estafa, é preciso ter tempo para o lazer, praticar a higiene do sono e incluir atividade física no dia a dia”, recomenda Santos.
Na busca pelo work-life balance, vale diminuir o ritmo de trabalho e reavaliar prioridades nas atividades profissionais.
Dependendo do caso, pode ser necessário contar com ajuda profissional de um médico ou psicólogo para recuperar o bem-estar mental.
Sessões de psicoterapia ou de terapia cognitivo comportamental (tcc), por exemplo, podem ser úteis para encontrar o equilíbrio.
“Às vezes, a pessoa está tão imersa naquela estafa que a capacidade estratégica de resolução de problemas fica comprometida e ela não consegue se organizar. E o psicólogo pode ajudá-la nesse sentido”.
Como tratar e prevenir a estafa mental:
- Busque orientação do seu médico ou psicólogo de confiança;
- Valorize o repouso e o lazer na rotina;
- Pratique a higiene do sono;
- Reveja prioridades e diminua o ritmo de trabalho;
- Encontre maneiras de gerenciar o estresse;
- Estimule as emoções positivas;
- Evite ser multitarefa e pratique a atenção plena (mindfulness);
- Procure relaxar com atividades que liberam a serotonina;
- Tenha uma alimentação equilibrada;
- Faça atividade física regularmente.
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